O secretário de telecomunicações do Ministério das
Comunicações, Roberto Pinto Martins, evitou evidenciar o conflito que existe entre dois setores do governo sobre o
Plano Nacional de Banda Larga, mas insistiu na importância da participação das
teles no projeto. "Não há como fazer um plano de banda larga sem a participação
de um setor que tem 200 mil km de cabo óptico e fatura quase R$ 180 bilhões. O
Minicom está trabalhanto em um plano em que a iniciativa privada tem um papel
relevante", disse o secretário. Segundo ele, o plano deverá ser apresentado ao
presidente Lula no começo de novembro.
Martins, contudo, reiterou o que
o governo vem colocando em diversas ocasiões: existem ativos de telecomunicações
controlados pelo Estado e que poderão ser utilizados. "O governo tem ativos
importantes que devidamente estruturados podem contribuir nessa área", disse
durante pronunciamento na abertura da Futurecom, que acontece esta semana, em
São Paulo. Martins reiterou que a prioridade do governo é uma política de banda
larga e que esse objetivo tem que ser buscado por todos.