SÃO PAULO BRASÍLIA - O mercado de telefonia
celular, que já protagonizou os maiores índices de crescimento na
telefonia no País, apresentou no último ano um crescimento 34% menor que
no ano anterior, em confirmação ao que previam os analistas do mercado. A briga
das empresas agora deve ser por colocar uma conta dentro da casa do
cliente, seja ela de banda larga, de telefonia fixa ou de telefonia
móvel pós-paga.
Huber Bernal Filho, consultor da
Teleco, confirma que o movimento de ascensão das classes C, D e E - em
decorrência de projetos sociais do governo - trouxe grande parte do
aumento das bases de pré-pago das operadoras, o que roubou a cena do
pós-pago. A partir deste ano, esta parcela de clientes ganha destaque
também na operadora de telefonia fixa Telefônica (Telesp), que anunciou
ontem o aumento de mais de R$ 1 bilhão em aportes para o período de 2007
a 2010.
Segundo Antônio Carlos Valente, presidente do Grupo Telefônica, serão aplicados R$ 16,3 bilhões no País, o que supera o compromisso de R$ 15 bilhões estimado no período. Além disso, Valente também aposta na expansão do acesso à internet no Brasil. "Queremos que este ano seja o melhor em banda larga", afirma.
O executivo anunciou ontem que o grupo terá no Brasil R$ 3,5 bilhões neste ano - cerca de R$ 600 milhões a mais do que o previsto no começo deste ano. O aporte envolve tanto a concessionária telefônica quanto as outras empresas do grupo, como Vivo, Terra e Atento. Somente na Telefônica serão investidos R$ 2,3 bilhões para expansão dos serviços de banda larga, telefonia fixa e televisão por assinatura.
A operadora deve entrar mais agressivamente na disputa pelo mercado de telefonia fixa, uma vez que enfrenta o fantasma do celular pré-pago, que muitas vezes é a primeira opção de quem não tem telefone. "O grande apelo da telefonia fixa são os pacotes combinados de serviços com banda larga e televisão por assinatura", afirma Bernal, que não descarta a possibilidade de que pacotes que incluam telefonia móvel cheguem ao mercado.
No início do mês, o presidente da Net Serviços, José Félix, afirmou que a empresa tem planos para uma oferta combinada de quadriplay, e uma fonte próxima à Telefônica também afirmou que a operadora considera a possibilidade de uma parceria com a Vivo, que faz parte do Grupo Telefônica, para uma oferta similar.
Pós-pago
Vindo ao encontro da necessidade de ampliar as bases de pós-pago das operadoras, a Serasa Experian divulgou um estudo que coloca o cadastro positivo para o mercado de telecomunicações como uma possibilidade de ampliar esta modalidade nas bases das operadoras com índices superiores a 100% em algumas regiões do País. "Na estratégia de marketing das empresas, o pós-pago é mais duradouro e oferece à empresa a possibilidade de vender mais produtos ao cliente. Para o consumidor a vantagem é o menor custo das ligações", afirma Laércio de Oliveira, presidente da unidade de negócio para pessoa física da Serasa Experian. "O grande benefício do cadastro positivo é trazer mais gente ao mercado e uma consequente redução de taxas", explica.
Segundo o estudo, a utilização do cadastro positivo de crédito para a concessão de planos pós-pagos de celular poderia elevar a penetração da modalidade no País de pouco mais de 17% para 36,1% dos usuários. Oliveira ressalta que uma média das Regiões Norte e Nordeste, onde há maior atuação de programas sociais e a demanda por telefonia aumenta proporcionalmente à renda, os planos de conta poderiam subir de 9,6% para cerca de 18%. "Na Região Nordeste, o número seria quatro vezes maior e na Região Norte, três."
Conforme a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Região Norte é a que apresentou, em janeiro deste ano, o maior crescimento do número de celulares por habitante: 1,5%. O Estado do Amazonas puxou o número, com um incremento em sua teledensidade de 2,4%. O norte é, contudo, a segunda região com menor relação de celular por pessoa - de cada 100 habitantes, 72,1 têm celular. Fica na frente apenas do nordeste, que tem teledensidade de 71,8.
O número de celulares pós-pagos, que historicamente representam rendimento maior às operadoras, tem caído vertiginosamente, ao mesmo tempo em que a camada da classe média dispara no País, e assim amplia o consumo de celulares pré-pagos, que geram mais volume às operadoras, porém têm menor rentabilidade. Em janeiro, o Brasil teve 1,64 milhão de novos acessos à telefonia móvel, levando o País à marca de 175,6 milhões de celulares e assim registrando uma densidade de 91,33 acessos a cada 100 habitantes. Desse volume, 82,62% são pré-pagos.
Por outro lado, o consultor da Teleco Huber Bernal Filho chama a atenção para o fato de que as operadoras têm conseguido realizar promoções para aumentar receitas vindas dos celulares pré-pagos, que dependem de volume para gerar grande receita porque o tíquete médio por usuário é baixo. Para Bernal, porém, a briga pelos clientes pós-pagos divide a maior atenção das operadoras com o mercado corporativo, e o grande vilão é a carga tributária do País, que beira os 40%: "A carga tributária atrapalha as empresas, então o poder aquisitivo do cliente é determinante".
Cadastro
Na onda do cadastro positivo, a Equifax firmou recente parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) para disponibilizar ao mercado um cadastro das micro e pequenas empresas nacionais que usam softwares originais. A iniciativa envolve cerca de 10 mil empresas em todo o País.
"No momento de uma concessão de crédito ou ações judiciais, são informações que podem ser levadas em conta", explica Claudia Amira, diretora de Soluções da Equifax . O projeto, que teve início em setembro do ano passado, também está sendo feito em países como Argentina e Chile e tem como foco autenticidades de sistemas operacionais e pacotes de softwares de escritório.
Segundo Antônio Carlos Valente, presidente do Grupo Telefônica, serão aplicados R$ 16,3 bilhões no País, o que supera o compromisso de R$ 15 bilhões estimado no período. Além disso, Valente também aposta na expansão do acesso à internet no Brasil. "Queremos que este ano seja o melhor em banda larga", afirma.
O executivo anunciou ontem que o grupo terá no Brasil R$ 3,5 bilhões neste ano - cerca de R$ 600 milhões a mais do que o previsto no começo deste ano. O aporte envolve tanto a concessionária telefônica quanto as outras empresas do grupo, como Vivo, Terra e Atento. Somente na Telefônica serão investidos R$ 2,3 bilhões para expansão dos serviços de banda larga, telefonia fixa e televisão por assinatura.
A operadora deve entrar mais agressivamente na disputa pelo mercado de telefonia fixa, uma vez que enfrenta o fantasma do celular pré-pago, que muitas vezes é a primeira opção de quem não tem telefone. "O grande apelo da telefonia fixa são os pacotes combinados de serviços com banda larga e televisão por assinatura", afirma Bernal, que não descarta a possibilidade de que pacotes que incluam telefonia móvel cheguem ao mercado.
No início do mês, o presidente da Net Serviços, José Félix, afirmou que a empresa tem planos para uma oferta combinada de quadriplay, e uma fonte próxima à Telefônica também afirmou que a operadora considera a possibilidade de uma parceria com a Vivo, que faz parte do Grupo Telefônica, para uma oferta similar.
Pós-pago
Vindo ao encontro da necessidade de ampliar as bases de pós-pago das operadoras, a Serasa Experian divulgou um estudo que coloca o cadastro positivo para o mercado de telecomunicações como uma possibilidade de ampliar esta modalidade nas bases das operadoras com índices superiores a 100% em algumas regiões do País. "Na estratégia de marketing das empresas, o pós-pago é mais duradouro e oferece à empresa a possibilidade de vender mais produtos ao cliente. Para o consumidor a vantagem é o menor custo das ligações", afirma Laércio de Oliveira, presidente da unidade de negócio para pessoa física da Serasa Experian. "O grande benefício do cadastro positivo é trazer mais gente ao mercado e uma consequente redução de taxas", explica.
Segundo o estudo, a utilização do cadastro positivo de crédito para a concessão de planos pós-pagos de celular poderia elevar a penetração da modalidade no País de pouco mais de 17% para 36,1% dos usuários. Oliveira ressalta que uma média das Regiões Norte e Nordeste, onde há maior atuação de programas sociais e a demanda por telefonia aumenta proporcionalmente à renda, os planos de conta poderiam subir de 9,6% para cerca de 18%. "Na Região Nordeste, o número seria quatro vezes maior e na Região Norte, três."
Conforme a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Região Norte é a que apresentou, em janeiro deste ano, o maior crescimento do número de celulares por habitante: 1,5%. O Estado do Amazonas puxou o número, com um incremento em sua teledensidade de 2,4%. O norte é, contudo, a segunda região com menor relação de celular por pessoa - de cada 100 habitantes, 72,1 têm celular. Fica na frente apenas do nordeste, que tem teledensidade de 71,8.
O número de celulares pós-pagos, que historicamente representam rendimento maior às operadoras, tem caído vertiginosamente, ao mesmo tempo em que a camada da classe média dispara no País, e assim amplia o consumo de celulares pré-pagos, que geram mais volume às operadoras, porém têm menor rentabilidade. Em janeiro, o Brasil teve 1,64 milhão de novos acessos à telefonia móvel, levando o País à marca de 175,6 milhões de celulares e assim registrando uma densidade de 91,33 acessos a cada 100 habitantes. Desse volume, 82,62% são pré-pagos.
Por outro lado, o consultor da Teleco Huber Bernal Filho chama a atenção para o fato de que as operadoras têm conseguido realizar promoções para aumentar receitas vindas dos celulares pré-pagos, que dependem de volume para gerar grande receita porque o tíquete médio por usuário é baixo. Para Bernal, porém, a briga pelos clientes pós-pagos divide a maior atenção das operadoras com o mercado corporativo, e o grande vilão é a carga tributária do País, que beira os 40%: "A carga tributária atrapalha as empresas, então o poder aquisitivo do cliente é determinante".
Cadastro
Na onda do cadastro positivo, a Equifax firmou recente parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) para disponibilizar ao mercado um cadastro das micro e pequenas empresas nacionais que usam softwares originais. A iniciativa envolve cerca de 10 mil empresas em todo o País.
"No momento de uma concessão de crédito ou ações judiciais, são informações que podem ser levadas em conta", explica Claudia Amira, diretora de Soluções da Equifax . O projeto, que teve início em setembro do ano passado, também está sendo feito em países como Argentina e Chile e tem como foco autenticidades de sistemas operacionais e pacotes de softwares de escritório.
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