Metade dos assinantes da GVT contratou Banda Larga ultrarrápida

Ana Paula Lobo


   Convergência Digital
Às vésperas de fechar o capital - a oferta pública de ações está agendada para o dia 27 de abril - a GVT divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2010, com forte resultado e adição de linhas à base, nesta sexta-feira, 23/04.



A banda larga ultrarrápida foi destaque na apresentação do vice-presidente de Marketing e Vendas da GVT, Alcides Troller. Segundo ele, houve uma forte adesão dos clientes às velocidades de acesso a partir de 10 Mbits, que respondeu por 72% dos pedidos de serviço banda larga da operadora.



"Passamos de 9% no primeiro trimestre de 2009 para 45% neste trimestre. Outro dado importante: 80% dos nossos clientes são usuários do nosso pacote de banda larga. A média mundial fica em 70%", destacou o executivo.



A GVT, respaldada pelo Grupo francês Vivendi, mantém o plano de ganhar cobertura nacional - principalmente no Sudeste e Nordeste. Para alcançar seus objetivos, o investimento da GVT ganhou R$ 200 milhões - passando para R$ 1,1 bilhão até dezembro.



"Telefonia fixa e banda larga seguem como nossas prioridades. TV por Assinatura também o é. Tanto que estamos estudando licença de DTH, porque acreditamos no modelo hibrído, mas ainda não a pedimos para a Anatel", informou Troller. Ao comentar sobre o PL 29 - que abre o serviço para as teles - o vice-presidente diz que a tramitação do projeto no Congresso vive altos e baixos e não é possível determinar quando ele será aprovado.



Com relação à telefonia móvel e às operadoras virtuais - MVNOs - a GVT diz que, neste momento, a intenção da empresa é a de fechar parcerias com as atuais operadoras do serviço. "Acreditamos no modelo de parceria onde todos ganham, pelo menos, até quando a Anatel definir as regras de MVNOs efetivamente. Não sentimos, de fato, que não termos telefonia móvel impacte nosso plano de negócios. Podemos agregar o serviço por meio de alianças estratégicas", destacou Troller.



Os planos de expansão da GVT prevêem a entrada em 15 novas cidades ainda em 2010. O estado de São Paulo -onde a tele não atua - está nesse cronograma- os nomes das localidades não foram revelados pela direção da GVT - mas a cidade de São Paulo permanece para 2011.



"Os novos aportes nos permitirão antecipar nosso cronograma, acredito que em até 45 dias tenhamos as cidades onde estaremos em São Paulo - vital para os nossos planos de cobertura nacional - mas a capital, que fique claro, ficou para 2011", explicou Alcides Troller.



A GVT comemora o resultado obtido no 1º trimestre do ano. A operadora registrou um crescimento de 36,5% na receita líquida atingindo R$ 513,4 milhões impulsionada pelo recorde na adição de linhas à base de clientes – tanto em serviços de voz como de banda larga. Ao final de março, a empresa contabilizou 3,1 milhões de linhas em serviço.



Entre janeiro e março, 301,4 mil novas linhas foram adicionadas à base de clientes, 59,9% a mais do que no mesmo período de 2009. Do total, 132.392 são de voz, 78.465 de ADSL, 88.548 de dados corporativos e 8.205 de VoIP (telefonia sobre IP) com redução equivalente a 6.207 linhas no negócio de provedor de Internet grátis que perde espaço para a banda larga.



O Ebitda Ajustado (Resultado antes dos Juros, Imposto de Renda, Depreciação e Amortização) aumentou 46,8% chegando a R$207,1 milhões que representam 40,3% de margem e um crescimento de 2,8 pontos percentuais sobre a margem do mesmo período de 2009.



O lucro líquido pro forma, desconsiderando a antecipação do pagamento da dívida em dólar (Sênior Notes) que venceria em junho de 2011, foi de R$ 60,4 milhões, 132% maior que no fechamento do primeiro trimestre do ano passado. Considerando os resultados atuais, as perspectivas para 2010 são muito positivas com projeção de 29% de crescimento em receita líquida e elevação de 35% no Ebitda ajustado na comparação com 2009.





Nenhum comentário:

Postar um comentário