GVT investe em música para incrementar consumo de banda larga



Ana Paula Lobo


 Convergência Digital


A GVT criou, em parceria com a Universal Music, também empresa da francesa Vivendi, o Power Music Club, ambiente onde os assinantes dos produtos de banda larga da operadora terão acesso gratuito ao catálogo da gravadora, com mais de 300 mil títulos no país. Também poderão compartilhar suas seleções de músicas pessoais, acompanhar notícias e participar de promoções no Brasil e no exterior.



"Queremos deixar de ser uma empresa de telecomunicações para sermos uma empresa de comunicação. Conteúdo, como chamamos música e entretenimento, é o caminho a ser trilhado para angariamos esse cliente da convergência", destacou Alcides Troller, vice-presidente executivo GVT, em entrevista à imprensa para o lançamento do Power Music Club, nesta terça-feira, 19/10, na capital paulista. O portal tem uma curiosidade: O download das músicas não será permitido. O usuário terá acesso ao streaming ilimitado.



"Essa foi a maneira que encontramos para conciliar o modelo de negócios. O streaming está liberado, mas o download não", explicou José Èboli, diretor de Marketing da Universal Music do Brasil. A repartição da receita, aliás, não foi revelada pelas partes, mas Troller, da GVT, garantiu que o acordo entre as partes começou a ser negociado antes da aquisição da tele pela francesa Vivendi, também dona da Universal.



"Realmente a Vivendi é controladora das duas empresas, mas ela não interferiu diretamente no processo. A ideia de usar música para fornecer serviço de valor agregado para o nosso cliente de banda larga já existia antes. Como já frisei conteúdo e qualidade de rede serão diferenciais de competição no Brasil", afirmou o vice-presidente da GVT.



Os investimentos iniciais do projeto, incluindo a campanha de lançamento do serviço, estão estimados em R$ 2 milhões. Segundos dados fornecidos pela GVT e pela Universal, 80% dos brasileiros se dizem apaixonados por música. Na Universal, o meio digital - internet e móvel - representa 1/3 da receita total.



Na disputa pela banda larga no mercado, a GVT se apoia no discurso de rede de qualidade e de serviços próprios. "Toda a parte de atendimento é feito por funcionários nossos, como também a parte de implantação dos serviços. Isso é um diferencial", destaca Troller Pinto. E sobre o produto disparou.



"Não estamos fazendo um portal de música. É muito mais do que isso. Há uma interação direta com a gravadora, com novidades, com diferenciais. É um clube. Quem é sócio tem vantagem efetiva", salienta. Questionado ainda se a infraestrutura da operadora é capaz de suportar a demanda de vídeo foi taxativo.



"Estamos mais do que preparados. Fizemos uma rede nova e preparada para Internet e vídeo. Não vamos ter problemas de qualidade e de estabilidade do serviço". Mas ciente de que conteúdo e banda larga é um forte atrativo para conquistar novos clientes, a GVT já trabalha com a ideia de abrir o Power Music Club para não-assinantes da empresa a partir de 2011.



O modelo ainda não está definido, mas Troller Pinto assume que há, sim, um grande potencial de negócios à frente. "Jovem,e ainda mais o brasileiro, adora música e podemos ter mais gente participando da iniciativa se abrirmos para clientes de outras operadoras", diz Troller Pinto, sem no entanto, adiantar como seria feita essa política.



Na semana passada, a GVT alcançou a marca de 1 milhão de clientes do serviço de internet com conexão banda larga. Atualmente, 60% dos assinantes da GVT no Brasil contratam planos de banda larga com velocidades iguais ou superiores a 10 Megabits por segundo (Mbps).

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