Aplicativos em alta, redes próximas de um colapso, adverte UIT
Internet Móvel 3G - Convergência Digital
:: Ana Paula Lobo* Em Barcelona, no Mobile World Congress, que acontece esta semana, os aplicativos são o nome do jogo. Fabricantes e operadoras miram os desenvolvedores de software com o intuito de unificar plataformas e ampliar a receita com os serviços de dados - enfrentando rivais como Google e Apple - impulsionados pela demanda contínua dos smartphones e da banda larga móvel.
A indústria móvel vive, em função disso, um ciclo de negócios bastante aquecido. Mas nem tudo são flores. A União Internacional das Telecomunicações (UIT) decidiu chamar a atenção para o tema gargalo das redes, preocupada com a explosiva combinação de forte consumo e baixa qualidade da infraestrutura.
A entidade sugere a adoção de medidas “urgentes” pelos governos para garantir o crescimento da banda larga móvel. Segundo o secretário geral da entidade, Hamadoun Touré, a implantação acelerada de fibras óticas e uma grande disponibilidade de espectro serão imperativos para que se evite gargalos de rede.
Isso porque, observa a UIT, usuários de smartphones já consomem, em média, cinco vezes mais capacidade de dados do que aqueles que utilizam os celulares comuns. Com o número de smartphones crescendo dos atuais 500 milhões para cerca de 2 bilhões em 2015, operadoras já têm que empregar diferentes estratégias para atender a demanda – e nem todas estão sendo bem-sucedidas.
“Operadoras móveis vêm investindo bilhões na melhoria e ampliação da capacidadade das redes, mas em cidades de altíssima demanda, como San Francisco, Nova York ou Londres, continuamos a ver consumidores frustrados com os problemas crônicos de indisponibilidade de rede”, sustenta o secretário geral da UIT.
Segundo ele, “planos nacionais de banda larga robustos que garantam mais espectro e a implantação mais rápida de redes de fibras óticas, que são essenciais para o backhaul das móveis, são vitais”. Segundo a UIT, 98 países contam com planos nacionais de banda larga em andamento, número que deve crescer até o próximo ano.
No ano passado, Touré liderou a criação da Comissão da Banda Larga pelo Desenvolvimento Digital com o intuito de incentivar os governos a promoverem a banda larga como ferramenta chave para o desenvolvimento. O relatório da comissão, entregue ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, recomenda que os líderes mundiais tenham foco na banda larga, evitando limites a novos participantes do mercado e taxações severas aos serviços relacionados. Além de garantirem a disponibilidade de espectro.
Empresas da Europa e dos EUA já se mobilizam pela disponibilidade dos “espaços brancos” – as frequências que separam as faixas em uso – além do “dividendo digital”, ou seja, a fatia de espectro que pode ser devolvida pelas radiodifusoras com a digitalização da televisão e do rádio. A UIT acredita que as teles de outros países logo seguirão o mesmo caminho.
Por enquanto, para aliviar a carência de capacidade, operadoras vêm empregando diversas estratégias, como o investimento em redes WiFi e incentivos para que consumidores instalem suas próprias femtocells – redes domésticas pela qual os telefones 3G podem falar via a banda larga residencial. Também há a tentativa de penalizar consumidores que demandam muita capacidade de consumo com o aumento dos preços de serviços.
*Com tradução de Luis Oswaldo Grossmann
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