Procuradoria quer explicações para quedas de internet no Acre


FÁBIO FREITAS
FOLHA.COM


O Ministério Público Federal no Acre instaurou procedimento administrativo para investigar as interrupções constantes que têm ocorrido no acesso à internet no Estado.

A Oi, responsável pelos cabos de fibra ótica que permitem acesso à rede no Acre, e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) terão que explicar as causas das falhas e apontar possíveis soluções numa reunião com o Ministério Público marcada para sexta-feira (11).

Na semana passada, houve ao menos três quedas na internet no Acre, segundo o Ministério Público, que aguarda informações detalhadas da Oi e da Anatel sobre horários e locais em que os problemas ocorreram. As interrupções também afetaram o Estado de Rondônia.

'Pelo que apuramos, diversos serviços de saúde pública não puderam funcionar [com a queda da internet no Acre], porque funcionam em sistema integrado de rede. Lojas tiveram dificuldades para operar, houve problemas com uso de cartão de crédito. Vários serviços que a internet hoje viabiliza foram prejudicados', disse o procurador Regional dos Direitos do Cidadão no Acre, Ricardo Gralha Massia.

Segundo Massia, os consumidores afetados pelas interrupções têm direito a ressarcimento automático pelo tempo de internet pago e não provido. Nos casos de outros tipos de danos, será preciso acionar o Procon ou a Justiça.

O dono do provedor de internet Megalink, João Erelith, de Epitaciolândia (227 km de Rio Branco), disse que chegou a ficar quase três dias sem internet na semana passada, entre a tarde de domingo (30) e a manhã de terça (1º). A causa para a queda teria sido a ruptura de cabos de fibra ótica.

A assessoria de imprensa da Anatel informou que técnicos da agência estão trabalhando para apurar o que provocou as interrupções. A assessoria da Oi disse que a empresa ainda não foi notificada e que, por isso, não vai comentar o assunto.

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