Telecom e TI sofrem com 'apagão' de profissionais


São paulo - A expansão dos setores de tecnologia  da informação (TI) e telecomunicações encontra um entrave sério no Brasil: o 'apagão' de profissionais especializados. Com a falta de mão de obra as empresas têm investido em capacitação dentro de suas instalações. A NL Informática, por exemplo, seleciona jovens dos últimos semestres de cursos de escolas técnicas, faculdades e universidades do Rio Grande do Sul e os prepara por até dois meses. O aluno que atinge 80% de aproveitamento é contratado. "Falta gente no mercado. Estudamos alternativas nos EUA e percebemos que lá as empresas apostavam em capacitação interna para ter colaboradores melhor formados", conta Nelço Tesser, presidente da empresa.



No caso da Neo Grid o problema é a falta de equilíbrio entre as competências técnicas e comportamentais dos candidatos. Daniele Fonseca, diretora de RH da companhia, diz que a solução foi criar parcerias com universidades para um programa de capacitação gratuito aos alunos, com oportunidade de contratação. "Esse apagão de profissionais é fenômeno global", diz Daniele.



Na TCI os candidatos estão cada vez mais exigentes quanto ao salário  e para contornar o problema a empresa criou um programa de capacitação direcionado a jovens talentos. "Temos taxa de rotatividade na empresa de 40%. Começamos a investir em soluções de capacitação dentro da companhia", fala Fabíola Oliveira, gerente de RH da TCI.



No segmento das telecomunicações, o presidente da Vivo Roberto Lima apontou a escassez de mão de obra qualificada como um dos obstáculos que a empresa vai enfrentar para garantir sua expansão no território nacional. "A guerra salarial é muito forte e isso aumenta a rotatividade", conta Lima.

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