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:: Ana Paula Lobo :: 13/04/2011
NEC e Telefônica vão lançar serviços de computação na nuvem no Brasil em setembro, pouco antes de completar um ano do anúncio da aliança mundial entre as empresas para atuação na tecnologia de cloud ( no Brasil, foi feito uma divulgação durante o Futurecom 2010).
O país será o segundo na América Latina - o primeiro será a Argentina, no fim de maio - a replicar o modelo mundial. Iniciativa, depois, será estendida para o Chile e Colômbia. A oferta de serviços envolve, entre outros, Software como serviço (Saas), Comunicação como serviço (CaaS), Infraestrutura(IaaS) e Plataforma (PaaS)e até Desktop como Serviço (DaaS).
A demora para apresentar um produto conjunto foi justificada como necessária para estruturar uma iniciativa consolidada. "Estamos montando um modelo de negócios onde não seremos apenas fornecedores de tecnologia, mas sim parceiros efetivos de negócios", observou o CEO da NEC na Argentina e novo COO da companhia na região, Carlos Martinangelli.
Segundo o executivo, que esteve na capital paulista nesta quarta-feira, 13/04, para participar do anúncio da reestruturação de negócios da NEC na região, com consolidação das operações em São Paulo, como sede latino-americana, o grande ponto da aliança está no conceito da repartição de receita.
"A tele vai comercializar o serviço para o consumidor final a partir da estrutura dela, mas vamos desenvolver e customizar soluções. Não é apenas uma proposta para vender tecnologia. É criar modelos diferenciados de oferta na nuvem", destacou Martinangeli. O CEO da NEC no Brasil, Herberto Yamamuro, complementou dizendo que computação na nuvem terá papel crucial no modelo desenhado pela NEC para ampliar a receita na América Latina.
"Queremos cada vez mais aumentar a receita de serviços na região. Hoje, ela já responde por 62,1%, mas queremos mais. E cloud será um agente crucial nessa tarefa", observa Yamamuro. A aposta da NEC é chegar a 68,1% da receita com serviços na região em 2012. Além da Telefônica - cuja aliança é mundial - a NEC negocia com outra tele regional (Grupo Carso, da América Móvil) para desenvolver modelos de negócios na área. A grande aposta é a nuvem pública e híbrida.
"A nuvem privada não é uma novidade para a NEC. Já fazemos há algum tempo. Mas há uma forte demanda pela nuvem pública e pelo modelo híbrido. Queremos ser um fornecedor de solução ponta a ponta - desde o software até a gestão dos aplicativos e o desenvolvimento de software customizado. Somos uma empresa de TIC e queremos fortalecer essa marca", destacou Yamamuro.
Não à toa, nesse processo de reestruturação da NEC na América Latina, foi criada a sede regional em São Paulo como uma das cinco unidades centrais da companhia japonesa - cloud computing é vista como a melhor forma para aumentar a demanda por serviços. Tanto que ganhou uma atenção especial no modelo mundial.
"Cloud é a consolidação de serviços de TIC", destacou o vice-presidente sênior mundial da NEC Corporation, Toshiyuki Mineno, que veio ao Brasil para anunciar a nova estrutura organizacional. A América Latina terá sede própria em São Paulo, que conduzirá as operações na região, e será comandada por Tadashi Ugajin, responsável pela estratégia de regionalização.
E o desafio dele já está à mesa: Aumentar a receita de vendas de US$ 500 milhões na região para US$ 1,5 bilhão, em dois anos. As outras áreas regionais definidas pela NEC são: Ásia-Pacífico, China, EMEA (Europa, África e Oriente Médio) e América do Norte, além, é claro, da sede no Japão.
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