A Research in Motion, fabricante do BlackBerry, planeja abrir as portas ao uso, por seus clientes, de uma tecnologia criada uma década atrás e que transforma celulares em aparelhos de pagamento.
Todo o setor, da Nokia ao Google, responsável pelo sistema operacional Android, pretende incluir a tecnologia near field communication (NFC)
em futuros aparelhos, para tentar substituir o dinheiro em espécie e os
cartões de crédito e débito na maioria dos pagamentos, de cafés a
ingressos de espetáculos e passagens em meios de transporte.
Os chips NFC permitem troca de dados sem fio em distância de uns
poucos centímetros, o que significa que celulares poderiam ser usados
para pagar por produtos, armazenar passagens em formato eletrônico,
baixar música e trocar fotos e cartões de visitas.
Mas a implementação do NFC para pagamentos vem sendo bloqueada pelos
interesses contraditórios de bancos, comerciantes, fabricantes de
aparelhos e até mesmo operadoras de telefonia móvel, todos interessados
em ficar com uma fatia desse bolo.
- É um ecossistema muito dinâmico, há muita gente envolvida e muita
coisa precisa acontecer antes que surja massa crítica – disse Andrew
Bocking, vice-presidente de software para celulares da RIM.
Enquanto isso, a RIM aproveitará o papel de seus aparelhos como
escolha preferencial nas repartições governamentais a fim de permitir
que eles se tornem documentos de identidade para acesso a esses locais.
Os funcionários muitas vezes precisam usar seus crachás como cartões
de identificação para entrar em um edifício ou acionar um elevador. Há
boa probabilidade de que o cartão e o leitor utilizados sejam produtos
da HID Global, parte da Assa Abloy.
A RIM e a HID Global anunciaram na quinta-feira uma parceria que permitirá a usuários dos novos RIM Bold e Curve o uso desses aparelhos como cartões de acesso aos seus locais de trabalho ou outras áreas de acesso restrito.
- É uma novidade no setor e um marco importante para nós, porque
permite que um aparelho móvel armazene dados de identidade para acesso
lógico e físico – disse Denis Hebert, presidente-executivo da HID
Global.
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