O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, criticou nesta quarta-feira as operadoras de telefonia celular, que têm sido alvo de reclamações constantes dos usuários e recentemente sofreram sanções da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo Bernardo, que participou, na manhã de hoje, de uma audiência pública das comissões de Ciência e Tecnologia, de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado, a demanda pelo serviço oferecido pelas empresas de telefonia móvel tem crescido nos últimos anos, aumentando, consequentemente, o lucro.
"No ano passado, o número de linhas de celular habilitadas cresceu 19%, e a previsão de alta em 2012 é de 15%. O mercado está demandando. As empresas não têm razão para reclamar. Tem que ter qualidade, o consumidor tem que ser respeitado e tratado como o que ele é: aquele que paga a conta. Ele tem que ser bem tratado nessa relação", afirmou o ministro.
Paulo Bernardo elogiou a medida tomada pela Anatel de suspender a habilitação de novas linhas da Oi, TIM e Claro em todo o País - medida que foi revertida na última semana. Segundo ele, "apesar de dura, severa e drástica", as medidas foram "importantes". Além de proibir a venda de chips das três operadoras (apenas uma foi punida em cada estado), a Anatel exigiu que as empresas apresentassem planos detalhados de investimentos até 2014, que deviam prever o aumento da demanda que o serviço terá devido aos eventos esportivos que o País vai sediar nos próximos dois anos.
O presidente da Anatel, João Rezende, não descartou a adoção de novas sanções contra as operadoras se os problemas continuarem ocorrendo. "Se necessário, vamos adotar novas suspensões", disse. Segundo ele, a agência está preocupada com a grande quantidade de reclamações recebidas pela Anatel - cerca de 6 milhões por ano - e vai cobrar das operadoras que elas tratem melhor os consumidores nos canais de atendimento direto.
Antenas
Uma das críticas de Paulo Bernardo e de João Rezende é a quantidade de antenas que distribuem o sinal para celulares e modens 3G. Ambos defenderam que as operadoras passem a compartilhar o equipamento, de modo a desafogar o serviço. Paulo Bernardo chegou a propor que as operadoras que não adotarem a medida paguem tarifas seis a oito vezes maiores do que as empresas que fizerem o compartilhamento.
O diretor executivo da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), Eduardo Levy, afirmou, no entanto, que nem todas as antenas podem ser compartilhadas. Além disso, para melhorar o serviço prestado, é necessário aumentar, "e muito", a quantidade de antenas instaladas em todo o País. "Inclusive para implantar a tecnologia 4G", disse.
O diretor executivo da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), Eduardo Levy, afirmou, no entanto, que nem todas as antenas podem ser compartilhadas. Além disso, para melhorar o serviço prestado, é necessário aumentar, "e muito", a quantidade de antenas instaladas em todo o País. "Inclusive para implantar a tecnologia 4G", disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário