Luís Osvaldo Grossmann
Convergência Digital
O
apetite por espectro das operadoras móveis arrancou risos da platéia
que acompanhou nesta quinta-feira, 11/2, a audiência pública da Anatel
sobre o leilão da Banda H. Na insistência para que a disputa seja
aberta para quem já está no mercado celular - apesar de ser conhecido
desde 2006 que a oferta seria preferencialmente para novos entrantes -
as empresas chegaram a sustentar um risco de 'excesso de competidores'.
Também
argumentaram contra 'a inclusão forçada de um novo player' e a
necessidade de maior escala frente a 'baixa rentabilidade' do setor -
mas fato é que Vivo e Claro já divulgaram resultados de 2009, todos com
lucro financeiro. Na visão das empresas que já atuam no mercado
brasileiro, como defendeu o presidente da Associação Nacional das
Operadoras de Celular (Acel), Luiz de Melo Júnior, a demanda por
espectro é crescente, especialmente com a ampliação da demanda pela
banda larga móvel.
O
executivo,como representante das teles móveis, cobrou do órgão
regulador 'estudos técnicos que justifiquem a necessidade de um novo
entrante'. Isso porque, na visão da Acel, o mercado brasileiro já se
encontra bastante desenvolvido.
O
movimento é compreensível porque as teles estão defendendo seus
interesses, reconheceu um representante da GVT que participou da
audiência pública, mas que preferiu não dar declarações. Além da GVT, a
Nextel, outra nova entrante no SMP, igualmente demonstrou interesse no
leilão.
Embora
não haja nenhuma garantia de que o Conselho Diretor da Anatel vá
perseverar no que prometeu – fomentar o aparecimento de uma quinta
operadora móvel nacional – o gerente-geral de Comunicações Pessoais
Terrestres da agência, Nelson Takayanagi, que conduziu a audiência
pública, ressalvou que as celulares não podem acusar o órgão de estar
inventando uma novidade.
“A
regra do jogo é conhecida desde 2006”, lembrou Takayanagi, após uma das
várias intervenções das operadoras. Em dezembro daquele ano, a agência
aprovou a Resolução 454, com o regulamento sobre condições de uso das
radiofrequências de 800 MHz e 900 MHz (ambas antigas bandas A e B), 1,8
GHz (utilizada pelo GSM) e 1,9 GHz (onde está a banda H) além de 2,1
GHz (que, assim como a 1,9 GHz é usada pelo 3G).
Na
prática, os 10+10 MHz a serem ofertados na Banda H correspondem a um
leilão de 3G, como o realizado em 2007, com preferência para novos
entrantes – ou seja, a frequência só seria aberta as empresas que já
atuam (Vivo, Claro, Oi e TIM) caso não apareça um novo ator
interessado. No mundo real, ninguém acredita realmente que GVT e Nextel
deixarão de disputar.
Além
dos apelos para o fim dessa preferência, as operadoras mostraram muito
interesse nas regras para a eventual devolução de frequências já
adquiridas – caso vençam em alguma parte do leilão, que também vai
ofertar sobras de outras licitações. Nesse sentido, a maior curiosidade
esteve no mecanismo para a devolução ou compensação do que foi pago,
eventualmente, a mais.
Takayanagi
sustentou que isso ainda será definido no edital, mas alegou que a
Anatel dará tratamento isonômico na questão dos preços. “Jamais o preço
será muito menor ou muito maior do que o da última licitação”, afirmou.
A
consulta pública sobre o edital do leilão da Banda H continua até 22 de
fevereiro. Contribuições podem ser encaminhadas pela página da agência
na internet (www.anatel.gov.br) ou por correspondência para a sede do órgão em Brasília.
Fonte: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=21743&sid=8
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