Nelson Ito é gerente de negócios estratégicos da D-Link para a área de Services Provider
Quantos serviços sua operadora oferece entre canais de TV, telefonia e
internet? E os “combos”? Uma infinidade de vantagens e benefícios. Mas
você tem de ser fiel: ou assina esta ou aquela operadora. A IPTV, por
sua vez, é a liberdade de decisão do que, quando e como se assiste à
televisão.
O mercado das comunicações está cada vez mais disputado e
democrático. A disputa publicitária pelo horário nobre, entre as
empresas de telecomunicações e as de TV a cabo, é uma programação à
parte para os telespectadores.
Programação, transmissão e conteúdo emergem na nova era da
comunicação e do entretenimento de modo bastante diferente em relação
ao formato que todos nós conhecemos. A IPTV possibilita a transmissão,
via IP (Protocolo de Internet), de conteúdo que pode ser acessado pelo
computador ou pela própria televisão.
Assim como os celulares, a IPTV deve mudar seu status, em breve, de
artigo de luxo para item básico e praticamente obrigatório no dia a dia
das pessoas. A consultoria ABI Research estima que o mercado mundial de
IPTV crescerá, anualmente, cerca de 32% nos próximos cinco anos. No
final de 2014, haverá aproximadamente 79 milhões de assinantes deste
tipo de serviço em todo o mundo. De acordo com a consultoria, as taxas
de crescimento de plataformas convencionais de TV por assinatura, como
satélite e cabo, desacelerarão nos próximos anos, à medida que a IPTV
avançar.
A IPTV é mais uma mídia que desponta para a transmissão de conteúdo
multimídia. Não será mais necessário ir à locadora, pois esta
tecnologia permite assistir, em sua casa, aos lançamentos de filmes e a
seus programas preferidos, ou seja, com total flexibilidade e liberdade
de escolha. A expansão do serviço também enfrenta desafios. Além de
questões regulatórias, sua transmissão demanda banda larga de
qualidade, de 15 Mbps (megabits por segundo) a 20 Mbps, e esta
infraestrutura, por enquanto, é acessada pela menor parcela da
população.
A propósito, a IPTV representa uma excelente oportunidade para as
operadoras de TV a cabo, já que a economia agregada pela tecnologia IP
permite até dobrar o número de canais disponíveis e, ainda, possuir
banda suficiente para ampliar os serviços - entre eles uma oferta
melhor e mais ampla de interatividade, sem muita alteração na rede
destas empresas. Trata-se da convergência entre a programação
televisiva e a capacidade de interatividade da internet.
O sistema de conteúdos digitais de TV, áudio e vídeo, por meio da
banda larga, é a transição para a distribuição digital destes
conteúdos. Esta é a verdadeira convergência digital já anunciada e
esperada pelos consumidores, que, por sua vez, estão cada vez mais
exigentes em relação à liberdade de escolha. E com qualidade, é claro.
É uma profunda modificação no mercado de comunicações e do
entretenimento. O novo mundo das comunicações se abre para todos. A
“guerra dos meios” é irreversível e ganha cada vez mais força. Agora,
cabe às empresas investirem em infraestrutura (e publicidade) para que,
assim, a melhor vença a “guerra”.
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