Vencer essa
barreira é vital para as operadoras: com o aumento da competição, a
tarifa do minuto de voz tende a cair
As operadoras de celulares
de terceira geração (3G) enfrentam uma realidade desafiadora. O número
de usuários disparou e o ano deve fechar em 10 milhões, mais que o dobro
dos 4,5 milhões de 2009. Mas a receita com serviços, o filão do setor,
é muito baixa no país. As operadoras faturam em média US$ 13 mensais
por cliente, e deles apenas 12% são provenientes da venda de serviços,
ante 21% no México e 25% nos EUA, diz Erasmo Rojas, diretor da 3G
Américas, associação das companhias que usam o padrão GSM.
Vencer essa barreira é vital
para as operadoras: com o aumento da competição, a tarifa do minuto de
voz tende a cair, intensificando a necessidade da oferta de serviços de
valor agregado. Mais de 70% dos clientes nas redes 3G são pessoas que
adquiriram modem para acoplá-los aos notebooks e têm baixo consumo de
serviços. Uma pesquisa da Acision, empresa que oferece plataforma de
serviços para as operadoras móveis, mostra que a média de rentabilidade
no acesso à internet móvel é de apenas US$ 1 por megabyte trafegado,
enquanto que nas mensagens (SMS) no celular chega a US$ 243.
Um dos caminhos seguidos
pelas operadoras foi abrir uma guerra de preços para atrair o cliente de
dados. A TIM lançou um pacote que permite trafegar 100 megabytes por
mês a R$ 9,90 (clientes corporativos em planos pós-pagos). Para Rogério
Takayanagi, diretor da operadora, o futuro da rede 3G está nos telefones
inteligentes. Ampliar a oferta de aplicativos para eles é um movimento
que ganha adeptos. A Claro anuncia uma loja de aplicativos "widgets",
ícones que baixados no celular permitem automatizar tarefas e facilitar o
acesso a sites.
Parar
de vender planos ilimitados com modems grátis foi outra estratégia comum
das operadoras. O perfil do usuário da internet móvel é o mesmo da
fixa, com alto consumo de vídeo, diz Flávia Bittencourt, da Oi.
Resultado: 5% dos assinantes consomem 80% da banda e sobrecarregam a
rede. "A ideia é oferecer uma tarifa por determinado tráfego de
quilobits de dados e taxar o excedente", afirma Takanaiagy, da TIM, que
em breve terá um novo portfólio de serviços.
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