TIM prioriza infraestrutura própria e vai ao ataque com Intelig

Ana Paula Lobo
  Convergência Digital 
A integração das operações da TIM e da Intelig estão correndo dentro do cronograma. Em janeiro, por exemplo, foi concluída a integração da força de vendas. E para retomar a disputa na longa distância nacional e internacional, a Intelig reavivou a campanha Disque23 para usuários residenciais e corporativos.

Não à toa, o presidente da TIM Brasil, Luca Luciani, enfatiza que, em 2010, prioridade da companhia é integrar as infraestruturas da TIM e Intelig, de forma a permitir a integração do backbone da Intelig com as redes ópticas ópticas metropolitanas da TIM.

Também integra a estratégia, a ampliação da cobertura 3G para retomada das vendas a partir de junho. Apesar de apostar firme no mundo de dados, a TIM garante que a voz ainda é o grande carro-chefe da rentabilidade.

Em teleconferência para a imprensa para divulgar os resultados do quarto trimestre de 2009 e o balanço da companhia no ano passado, realizada nesta quarta-feira, 24/02, o presidente da TIM Brasil, Luca Luciani, informou que o montante de investimentos da operadora esse ano será revelado na sexta-feira, dia 26, pelos contraladores - Telecom Italia. O executivo, no entanto, foi taxativo: A maior parte dos aportes será na construção de redes próprias e na interconexão das infraestruturas da TIM e da Intelig.


"Vamos juntar ofertas de fixo, móvel, dados e Internet para clientes residenciais e corporativos, um mercado que ficou sem competição desde que a Intelig saiu do mercado", observou o diretor de marketing, Rogério Takanayagi.. Segundo o diretor da TIM, o mercado de longa distância é estimado em R$ 14 bilhões e, a tele, conjugada com a Intelig, tem um grande potencial de conquistar novos assinantes.

Para Luciani, o mercado de voz móvel é o de maior rentabilidade para as teles, apesar de o crescimento do setor de dados ficar acima de 50%/anualmente. O presidente da TIM Brasil forneceu dados onde o mercado de voz móvel crescerá R$ 7 bilhões e o de dados, R$ 4 bilhões, nos próximos três anos. "Temos a convicção que voz ainda tem um grande potencial para crescer apesar da forte disputa e apostamos nela", completou.

Luciani acredita que o mercado de telecomunicações irá crescer 5% no Brasil em 2010, mas não quis fazer previsões de market share para a própria operadora. "Há um grande mercado para avançarmos", destacou. Indagado sobre o Plano Nacional de Banda Larga, Luciani foi cordial. "Ninguém pode desenvolver um projeto dessa monta sozinho. O compartilhamento de rede e de infraestrutura é um projeto nosso, seja com a TIM, seja com a Intelig. Podemos somar esforços", declarou.

TIM em números
O balanço financeiro da TIM reporta que a operadora fechou 2009 com um lucro líquido de R$ 232 milhões de reais, com crescimento de 29% em comparação com os 180 milhões de reais registrados em 2008. A receita líquida de serviços ficou em R$ 3,2 bilhões no quarto trimestre, um aumento de 5,4% em relação ao trimestre anterior e estável em comparação com o mesmo período do ano passado. O lucro líquido entre outubro e dezembro de 2009 atingiu R$ 330 milhões.

No ano, a Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 3 bilhões, com crescimento de 5,6% em relação a 2008. A TIM destaca que o resultado foi alcançado em função da estratégia adotada de relançamento da marca no país, que induziu a renovação do portfólio de ofertas e programas.

A TIM conquistou 6 milhões de clientes no último trimestre, com crescimento de 30% em relação a igual período de 2008. No consolidado do ano, a empresa acrescentou mais 4,7 milhões de clientes.à sua base e encerrou 2009 com 41,1milhões de usuários.

A receita bruta total atingiu 18,1 bilhões de reais, sendo que o faturamento bruto com Serviços de Valor Agregado (VAS) somaram 499 milhões de reais no quarto trimestre, 5,7% superior aos 472 milhões de reais de igual período do ano passado, e acima 0,6% na comparação trimestral.



Convergência Digital 

Nenhum comentário:

Postar um comentário