Ana
Paula Lobo
Convergência
Digital
O
diretor de Desenvolvimento de Negócios Móveis Empresa para a América
Latina da Telefónica, Oliver Martinez Ruiz, admitiu que a concessionária
estuda o uso da infraestrutura de rede da Vivo - que possui uma rede
óptica própria - para ganhar capilaridade nacional e integrar ofertas
fixa-móvel no Brasil. Também sinaliza com o uso do WiMAX para chegar ao
usuário final.
"Já estamos observando essa integração, mas temos
que avaliar se esse uso não irá prejudicar o fomento da banda larga
móvel e criar gargalos na rede, mas é uma opção concreta para termos
crescimento rápido e massivo para atender a demanda de aplicações
corporativas", informou o executivo, que participa do Movilforum
Latinoamérica 2010, patrocinado pela Vivo e Telefónica, e organizado
pela Network Eventos, no Rio de Janeiro.
Martinez também adiantou
que a Telefónica deverá usar o WiMAX - até em função das licenças
obtiidas com a TVA - para ganhar capilaridade de última milha no Brasil.
"O WiMAX é uma opção real para nos permitir crescer", destacou, sem no
entanto, detalhar a estratégia. O diretor também falou dos pilotos da
companhia com o LTE, a 4G, e concorrente do WiMAX, mas não quis falar
dos resultados.
A América Latina é estratégica para o crescimento
mundial da Telefónica. Tanto que a concessionária prevê um crescimento
global de 3% em 2010. Na região, no entanto, há uma estimativa de
crescimento entre 6% a 8%. "De cada 10 euros faturados, oito euros virão
dos países latino-americanos, em especial, do Brasil, onde se prevê um
forte impulso nas aplicações móveis corporativas e da demanda de 3G",
enfatizou.
Para realizar esses projetos, Martinez não falou de
cifras, mas deixou claro que há, sim, verbas disponibilizadas para a
expansão. Ao participar da cerimônia de abertura do evento, o presidente
da Telefônica Brasil, Antonio Carlos Valente, adiantou que o grupo,
este ano, investirá somando os aportes na tele fixa e na Vivo, mais de
R$ 5 bilhões.
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