Celular desponta como diferencial da Copa 2010

Celular desponta como diferencial da Copa 2010

A Copa do Mundo deste ano terá um diferencial importante em relação à edição alemã do evento, em 2006, quando muita gente ficou sem internet durante os jogos da Seleção Brasileira por conta do entupimento da rede. Agora, além de um serviço de web mais veloz, os brasileiros podem contar também com serviços mobile, cada vez mais inseridos no mercado nacional. Aqui no Brasil, o software Ginga – middleware interativo usado nos conversores e televisores para o Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) – ainda não possui tecnologia móvel. Portanto as operadoras pretendem alavancar as cifras oferecendo pacotes de dados mais robustos e exclusivos. Com o aumento da capacidade das redes 3G, a expectativa, segundo o diretor de produtos e serviços da Vivo, Alexandre Fernandes, é de que "este será o ano da Copa móvel”. Para ele, “o apetite por serviços de vídeo deve crescer pelo menos dois dígitos".
Segundo as operadoras, a TV aberta servirá como opção adicional e não deverá concorrer diretamente com os serviços oferecidos por elas. "O assinante pode ter TV aberta e interessar-se por outros serviços, como pacotes de vídeo, acesso à internet e baixar conteúdo (streaming)", alega Fiamma Zarife, diretora de serviços de valor agregado da Claro. "São formatos diferentes, com conteúdos bem focados para determinados públicos, como desenhos para crianças, notícias e conteúdo adulto", completa.
A Vivo, uma das patrocinadoras oficiais da Seleção, anunciará em breve os seus pacotes especiais para a Copa. Seguindo a parceria de 2006 com a Mowa  – que oferece aplicações móveis – a operadora já colocou no ar o “Repórter Vivo”, que, assim como na Alemanha, irá apresentar notícias, bastidores e entrevistas. "Nossa base de clientes com aparelhos que podem receber vídeo é de 5 milhões de assinantes", declara Fernandes. A operadora, que oferece 500 mil vídeos mensalmente, prevê aumentar o número em até dois dígitos durante a Copa.
Por meio de uma parceria entre a Mowa e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Vivo poderá acompanhar a Seleção Brasileira e, assim, disponibilizar conteúdo exclusivo. Com uma equipe de 30 pessoas, o projeto da operadora inclui recebimento de SMS, acesso aos gols e entrevistas com os jogadores.
Na TIM, o modelo estudado visa aumentar a receita de serviços. "Estamos buscando patrocínio para que o assinante possa ter serviços mais baratos", afirma Flávio Ferreira, gerente de serviços de valor agregado da empresa, que também negocia conteúdo para o evento e está repaginando seu canal de vídeos.
A Oi e a Claro também vêm se movimentando para oferecer serviços direcionados à Copa. O iPhone, por sua vez, terá conteúdo próprio de esportes durante a competição nas lojas App Store e iTunes, independentemente das operadoras. O canal SporTV, por exemplo, possui o aplicativo "Futebol", disponível para iPhone e iPod Touch. O programa oferece gratuitamente informações sobre a Copa, além de vídeos, gols, polêmicas, melhores momentos e reportagens.
Com informações do Valor Econômico