GVT também quer subsídio e acesso às fibras públicas

: Luís Osvaldo Grossmann

  Convergência Digital



Ao participar da reunião desta sexta-feira, 16/4, do Conselho Consultivo da Anatel, a GVT sustentou que o governo não pode prescindir das operadoras privadas na implantação do Plano Nacional de Banda Larga. A operadora defendeu ainda que as empresas tenham acesso à rede pública de fibras óticas para oferecer o acesso à internet, além de subsídios e cortes de impostos e taxas.
"O governo não pode abrir mão da participação da iniciativa privada nesse plano. O maior problema está na ponta, no acesso, que é crítico nas áreas pobres das grandes cidades, mais até que no interior. As fibras da Eletronet não vão resolver esse problema, mas podem ajudar se forem colocadas à disposição das empresas para ampliar a capacidade", defendeu o vice-presidente de Assuntos Regulatórios da GVT, Carlos Alberto Nunes.
A lógica de Nunes está no conhecimento que as operadoras detém sobre o mercado consumidor. “A iniciativa privada tem o khow-how, sabe como prestar o serviço”, disse. O executivo reiterou ainda que para massificar o acesso à internet,o governo terá de 'compensar' às empresas pelas conexões em áreas de baixa ou nenhuma lucratividade.
“Em boa parte das demais regiões [que não os grandes centros], esse serviço será deficitário. Para compensar isso as empresas precisam receber algum subsídio, além da redução de impostos e de taxas sobre o serviço”, afirmou o vice-presidente de Assuntos Regulatórios da GVT.
IPTV
Ainda durante a participação no Conselho Consultivo, Nunes disse que a GVT tem pretensões de entrar no mercado de distribuição de conteúdo audiovisual. “Aguardamos ansiosamente a mudança na regulação da televisão [por assinatura], pelo PL 29, porque é um mercado em que temos grande interesse”, adiantou.
Ele lembrou que a Vivendi, que comprou o controle acionário da GVT, já opera uma emissora na França, o Canal+. “Queremos entrar no mercado de distribuição de conteúdo, não na produção. Nossa rede já tem capacidade para prestar vídeo sobre IP, mas isso ainda não podemos fazer devido aos impedimentos previstos na Lei do Cabo”, explicou.

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