Mais de 3 milhões de novos acessos de banda larga
foram comercializados no Brasil somente em 2009, totalizando 15,06
milhões de conexões e um crescimento de 26,4% em relação à base
instalada no primeiro trimestre do mesmo ano. Os números são de um
estudo da consultoria IDC Brasil, que revela também que o destaque ficou
para a banda larga móvel, com mais de 1,6 milhão de novos acessos e
crescimento de 82% em relação a 2008.
xDSL
O levantamento também revela que o acesso via xDSL, predominante
no mercado, está perdendo a posição de hegemonia. De acordo com Samuel
Rodrigues, analista do mercado de Telecom da IDC, este mercado equivale a
cerca de 67,9% do total de conexões de banda larga, excluindo o acesso
móvel. "Quando incluímos a banda larga móvel, esse número cai para
51,6%". Já a tecnologia cable modem utilizou estratégias agressivas de
preço e produtos bundle do principal provedor desse tipo de acesso para
conseguir aumentar sua representatividade em cerca de 0,7% no mercado.
Satélite e wireless
Soluções wireless e satélite ainda se apresentam muito mais como
alternativas para localidades não atendidas pelas tecnologias
convencionais e a banda larga via satélite ainda sofre com a expansão
dos serviços 3G e perde pequena cifra de clientes regularmente.
Residencial lidera
O segmento de maior crescimento foi o residencial, com um
incremento de 46% ante a sua base no fim de 2008. "As ofertas de
velocidades maiores por preços mais baixos e os acessos entrantes com
preços também cada vez mais atrativos foram os principais fatores para
esse aumento", completa o analista. Também merece destaque o segmento
das grandes empresas, que atingiu marca superior a 250% de crescimento
devido à inserção do acesso móvel.
Conclusões
O estudo concluiu que em 2009 a inclusão digital, a banda larga
móvel e os preços oferecidos foram os principais motivadores para o
crescimento do mercado de banda larga. "O primeiro deve-se à queda nos
preços de PCs e notebooks, que proporcionou o aumento na comercialização
e criou um acelerador de vendas de conexões, principalmente nas
velocidades entrantes. O Governo também incentivou esse movimento de
inclusão com a implantação das cidades digitais. Já a expansão da
cobertura 3G e a questão dessa tecnologia ser encarada como uma nova e
interessante opção de acesso, ajudaram a impulsionar o ganho de base da
banda larga no cenário nacional. E, por fim, a oferta de velocidade cada
vez maior pelo mesmo preço tem atraído usuários que podem, inclusive,
migrar da internet discada para as velocidades entrantes", finaliza o
analista.
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