O ITU-R (International Telecommunication Union Radiocommunication), que define regras e normas para o setor de telecomunicações sem fio, deu uma notícia que pode ser definida como bombástica: eles só irão considerar 4G (próxima geração de celular) apenas sistemas capazes de fornecer 100Mbps de banda para equipamentos móveis e 1Gbps para comunicação fixa.
Assim as tecnologias atuais e concorrentes, LTE e WiMAX, não serão consideradas 4G pelo ITU. Ou seja, ao contrário do que pregam os fabricantes de tecnologia de celular, a próxima geração de celulares serão, no máximo 3,5G (ou 3,9G ou o que o marketing inventar).
O ITU não patenteia nomes, não força ninguém a usar sua nomenclatura, mas devido a sua importância (e importância dos informativos e documentos por eles gerado) tem papel significativo em definir os termos técnicos usados pelo mercado. Sendo assim oficialmente, pelos padrões do ITU, 4G só seriam consideradas as tecnologias como a LTE-Advanced e 802.16m (WiMAX 2).
Além disso isso significa que a disponibilidade de telefones 4G, que estavam sendo anunciados por muitas operadoras brasileiras para 2011-2012 só devem realmente surgir por aqui entre 2015-2017.
O que seria possível com uma conexão 4G
A tecnologia para 100Mbps+ de conexão efetiva via tecnologia celular já está disponível para testes. Já podem ser vistos, em feiras e eventos pelo mundo, apresentações aonde até 4 vídeos full-HD são transmitidos através de um único modem 802.16m. Realmente um feito.
Em termos de tecnologia fixa, 1Gbps+ de banda faz sentido, considerando a enorme demanda de tráfego gerada pelos acessos de 100Mbps. No entanto em ambas especificações: 100Mbps para tráfego móvel (que usa tipicamente antenas de baixo ganho nos terminais) como 1Gbps (para conexões fixas com antenas de maior ganho) o desafio tecnológico é grande.
Como comparação, a tecnologia LTE e WiMAX apresentadas hoje como evolução do 3G, permitem taxas de transmissão efetivas na 2 a 8 Mbps, muito inferior aos 100Mbps exigidos pelo ITU.
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