A operadora brasileira Oi, onde a Portugal
Telecom (PT) está a negociar a compra de uma participação de 23%, vai
poder arrancar em breve com uma oferta de televisão por subscrição em
todo o território do Brasil. Isto porque a Autoridade Nacional das
Telecomunicações do Brasil (Anatel) decidiu na quinta-feira, dia 25, que
as operadoras fixas poderão vender serviços de televisão. Falta agora
apenas uma mudança da lei federal para que esta alteração entre em
vigor.
"A abertura do mercado contribuirá não só para a massificação do
serviço de televisão por assinatura e o aumento de competição,
consequentemente com a redução do preço do serviço, mas também
contribuirá, decisivamente, para a ampliação da infraestrutura
necessária para assegurar os investimentos em redes convergentes que
suportarão as comunicações do futuro no Brasil", refere o comunicado da
Anatel.
Actualmente, operadoras como a Oi ou a Telefónica não podem oferecer
serviços de televisão por subscrição nas regiões onde detêm concessões
de telecomunicações fixas -ou seja, na maioria do território brasileiro.
Com a decisão do regulador e a aguardada alteração da legislação
federal que rege este tema (a chamada "Lei do Cabo"), estas operadoras
poderão passar a oferecer serviços ‘triple play' (com televisão,
telefone fixo e Internet numa só factura) em todo o território
brasileiro. Num país em que a penetração da televisão por subscrição é
ainda baixa, isto representa a abertura de um novo mercado com elevado
potencial de crescimento.
No final de Outubro, o Brasil contava com 9.396.548 domicílios com
televisão por assinatura, mais 3,56% que no mês anterior. A Anatel
calcula que a televisão por assinatura chega a 31 milhões de brasileiros
(16,3% da população).
Além disso, a lei que será em breve votada no Senado brasileiro põe
termo à proibição de grupos estrangeiros adquirirem o controlo das
operadoras de televisão por cabo - o que favorece empresas como a PT, a
Telefónica ou a Telmex, entre outras.
Para a PT, as alterações na legislação dão-lhe a oportunidade de
replicar o modelo de crescimento do Meo no Brasil, através da
participação de 23% da Oi, que deverá adquirir até ao final do primeiro
trimestre de 2011. Devido à aposta no Meo, a PT é uma das operadoras com
maior experiência na área da televisão via protocolo de Internet
(IPTV). É este ‘know how' que a Oi precisa para potenciar a sua própria
oferta de televisão.
Tal como o Diário Económico noticiou ontem, o acordo final entre a PT
e a Oi deverá ser assinado em meados de Dezembro, embora a operação de
compra, de pelo menos 23% do capital da empresa brasileira, apenas
esteja concluída no final do primeiro trimestre de 2010. A PT vai pagar
cerca de 3,7 mil milhões de euros por esta participação.
Filipe Alves
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