A aprovação do operador virtual, que vai permitir que bancos e redes
varejistas possam atuar no mercado de telefonia celular, não garante
queda nos preços do serviço. A avaliação é da advogada do Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Veridiana Alimonti.
“A competição não é o único fator que determina o preço das tarifas.
Hoje a telefonia celular já é uma das que mais tem concorrência dentro
do mercado de telecomunicações, e isso não garante uma tarifa baixa”,
disse a advogada, lembrando que as tarifas de telefonia celular do
Brasil estão entre as mais caras do mundo.
A liberação do mercado para a atuação do operador virtual foi
aprovada recentemente pela Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel). Com a decisão, as operadoras de telefonia celular poderão
vender a disponibilidade de suas redes para outras empresas, como
bancos, redes varejistas e times de futebol.
Essas empresas poderão vender telefones e linhas e funcionarão como
representantes comerciais das operadoras. O operador virtual poderá ser
um credenciado, que irá alugar as redes das operadoras, ou um
autorizado, que terá obrigações semelhantes às de uma empresa
tradicional de telefonia móvel.
Para a advogada do Idec, a entrada de novos competidores vai fazer
com que aumente ainda mais o número de consumidores de telefonia do
país, mas isso tem que ser acompanhado de um aumento de qualidade na
infraestrutura e no atendimento.
“O que vemos hoje é que, como a maioria das pessoas que usa o
celular no Brasil tem linhas pré-pagas, as empresas acabam investindo
muito em chamar consumidores e investem menos em infraestrutura, e aí a
gente fica com muitos consumidores insatisfeitos”, avalia.
No Brasil, o número de linhas de celulares habilitadas já chegou a
194,4 milhões, ultrapassando o número de habitantes, que é de 193,5
milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) . Do total de acessos, 82,19% são linhas pré-pagas.
Veridiana Alimonti defende que a Anatel fiscalize de perto as
mudanças e alerta que os consumidores vão ter que ficar ainda mais
atentos para comparar as vantagens de cada serviço. “Essas outras
empresas poderão oferecer vantagens que hoje não existem atreladas à
telefonia celular, como bancos oferecendo descontos para correntistas
ou acesso grátis a serviços bancários no celular, por exemplo. Vai ser
mais um elemento para consumidores colocar na balança na hora de
escolher a prestadora”.
Mesmo com a autorização da Anatel, os bancos ainda devem demorar um
tempo para começar a oferecer o serviço. A Caixa e o Banco do Brasil
informaram, por meio das assessorias de imprensa, que ainda estão
estudando a possibilidade de oferecer serviços por meio do Operador
Virtual, mas ainda não têm projetos.
Da Agência Brasil
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
A partir deste mês, os clientes Vivo contam com mais um atrativo em seus celulares, o Vivo Som de Chamada. Agora os usuários podem es...
-
VSWR (Voltage Standing Wave Radio) pode ser definido como um indicador de quantidade de sinal refletida de volta ao transmissor em u...
Nenhum comentário:
Postar um comentário