Convergência Digital :: 07/12/2010
Apesar dos recentes confrontos entre as forças da segurança e traficantes, o Rio de Janeiro dá continuidade a seu projeto de se tornar uma Cidade Digital. Em 28 de novembro, a prefeitura inaugurou o projeto “Ilumina Rio” no bairro de Santa Cruz, zona oeste do município. A iniciativa oferece conexão sem fio e gratuita à internet com velocidade de 200 Mbps.
O sinal chega ao extremo ocidente carioca por meio da interligação de torres de transmissão. O sinal é emitido a partir de prédios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na ilha do Fundão, zona norte, e retransmitido por torres localizadas no maciço do Mendanha, formação rochosa que separa essas áreas.
Para obter o sinal, a prefeitura recomenda a compra de antenas de 24 dBi, que devem ser instaladas no telhado das casas. Todo o material de instalação custa em torno de R$ 150 e pode ser adquirido em qualquer loja de informática. Sem a antena, apenas aqueles que moram em um raio de 60 metros da antena instalada em Santa Cruz poderão captar o sinal sem equipamento extra. Calcula-se que cerca de 10% da região, no entanto, está em áreas de sombra.
“A implantação desta plataforma tecnológica é apenas um meio para se construir um grande projeto para que a cidade se organize com base no conceito de Cidades Digitais”, afirma Franklin Coelho, Secretário Especial de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. “A visão de Cidades Digitais implica processo de reorganização territorial que permite ao município avançar em sua real missão de promover políticas de integração, estruturando de forma ágil e transparente serviços de saúde e educação e disseminado a história e a cultura cariocas para o mundo.”
Centro da cidade também conta com wi-fi gratuito
Ao mesmo tempo em que provê melhorias à zona oeste da cidade, uma das mais pobres, a prefeitura do Rio de Janeiro oferece facilidades no centro, onde se encontra a maior parte das empresas fluminenses e é local de grande circulação. Desde outubro funciona na Cinelândia, praça que congrega a Câmara de Vereadores, o Teatro Municipal e a Biblioteca Nacional, o programa “Cinelândia Livre”, que dá conexão gratuita à internet aos frequentadores do espaço público.
De acordo com Guilherme Cunha, diretor comercial da Jevin, empresa contratada para instalar o sistema, o acesso à rede mundial de computadores se dá graças a três antenas posicionadas em cantos diferentes da praça. “O sinal também é percebido em algumas ruas do entorno”, garante.
Os dados da empresa mostram que muitos dos acessos são feitos por meio de smartphones, com picos de até 400 simultâneos. O próximo passo do programa será fornecer acesso também dentro dos prédios públicos. O primeiro será a Biblioteca Municipal.
De acordo com Cunha, além do acesso ser um facilitador para quem trabalha no centro da cidade, pode servir também como uma melhoria para o turismo, uma vez que a zona é bastante visitada. “Um grupo de alemães que visitava o local percebeu que tinha acesso à internet livre e começou a enviar imagens pelo celular”, exemplifica.
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