Teles reduziram investimentos em 30% nos últimos dois anos
Ana Paula Lobo
:: Convergência Digital :: 10/12/2010
O freio das operadoras nos aportes em infraestrutura, especialmente nas redes de Banda Larga nas concessionárias de telefonia fixa, impacta a receita do segmento - o único a apresentar taxa negativa em 2010 - nos dados da indústria eletroeletrônica. E as previsões para 2011 não são animadores, os aportes previstos ficam equivalentes aos feitos este ano - em torno de R$ 10 bilhões. Compras da Telebrás devem impactar os números apenas no ano que vem.
"Os investimentos vêm caindo sensivelmente nos últimos três anos - foram de R$ 13,6 bilhões em 2008 e, esse ano, devem ficar em R$ 10,4 bilhões. Foram as consolidações, a crise, mas também a ausência de regulamentação e da venda de licenças capazes de estimular a competição cooperaram para esse declínio", observou o diretor de Telecom da Abinee, Paulo Castelo Branco.
A participação da Telebrás no impacto da indústria de infraestrutura - em função dos editais para a montagem da rede que suportorá o Programa Nacional de Banda Larga - só deve ser contabilizada nos números de 2011. "Até agora os pedidos ainda não foram expedidos. Então, não há ainda produção", disse Castelo Branco.
Os números da entidade para o setor são absolutamente preocupantes. Os aportes em 2008 foram de R$ 13,9 bilhões - impulsionado pela construção das redes 3G, em 2009, esse montante já caiu para R$ 11,6 bilhões e em 2010, deverá ficar em R$ 10,4 bilhões. E para 2011, as previsões não são diferentes - o setor prevê aportar em torno de R$ 10 bilhões.
Uma das fórmulas para alavancar o setor, segundo Castelo Branco, passa por uma revisão do Fistel - Fundo de Fiscalização de Telecomunicações. "Hoje essa taxa por usuário está em R$ 26,00, mas temos um avanço das comunicações máquina a máquina (M2M). Não é justo fazer essa precificação. O modelo precisaria ser revisto", destacou Castelo Branco.
Os telefones celulares seguem sendo a estrela do setor de Telecom, apesar de virem perdendo o brilho nos últimos dois anos. Em 2009, segundo dados da Abinee, o valor de exportação de celulares foi de US$ 1,4 bilhão. Para 2010, a estimativa é de alcançar apenas US$ 1 bilhão, uma queda de 26%.
Com a valorização do Real frente ao dólar, as importações ganharam impulso. Em 2009, ficaram em US$ 24,9 bilhões. Este ano, a estimativa é que fiquem em US$ 35,2 bilhões, um incremento superior a 40%. No mercado interno, também houve queda. Para este ano são previstas a venda de 61 milhões de terminais, sendo 20% deles smartphones. Em 2009, foram 62 milhões. E em 2008, chegaram a 73 milhões.
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