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Aterramento: Princípios de funcionamento

 

Dentre as causas mais comuns que podem ocasionar distúrbios e danos à segurança das pessoas e equipamentos numa estação de telecom estão as descargas atmosféricas, as sobretensões provenientes da rede elétrica comercial e aquelas provocadas por diferenças de potenciais elétrico entre os componentes dentro da estação.

Para evitar ou mitigar tais efeitos as infraestruturas nos sites de telecom são providas com Sistema de Aterramento, formados por um conjunto de componentes e equipamentos eletro-eletrônicos que tem por finalidade prover:

  • segurança do pessoal de operação, manutenção e usuários contra tensões perigosas;
  • proteção contra sobretensões elevadas que possam provocar danos nos equipamentos;
  • limitação dos níveis de ruído e diafonia ( transferência indesejável de energia de um canal "interferente" para outro "interferido" );
  • uso do terra como caminho de retorno para um dos condutores do circuito de corrente contínua;
  • prevenção contra entrada na rede elétrica local de correntes de alta freqüência geradas por retificadores;
  • atendimento aos requisitos legais, porventura existentes.

A maneira de prevenir os efeitos indesejados provocados por esses fenômenos, que podem chegar a graves conseqüências sócio-econômica (perdas de equipamentos e de vidas humanas), é fazer com que todos os componentes instalados numa estação tenham como referencial elétrico um único meio, a que se denomina o terra elétrico - um corpo ou meio físico que possui praticamente uma capacidade ilimitada de absorver energia, sem alterar o seu potencial elétrico.

O projeto de dimensionamento do sistema de aterramento deve considerar que tais fenômenos ocorrem segundo comportamentos particulares no que se refere a intensidade de energia na dimensão do tempo, e que para tanto devem ter tratamento diferenciado.

E, por hora, é importante dizer que o sistema de aterramento é obrigatório: a baixa qualidade ou a falta do mesmo, invariavelmente provoca queima de equipamentos, sem falar nos riscos humanos.

Num sistema de energia CA da estação telecom é muito importante a sua conexão ao sistema de aterramento da estação de telecom, a ponto das companhias comercias de energia elétrica condicionam a aprovação dos projetos elétricos conjuntamente com o projeto de aterramento da estação.


Recurso da Oi tira da Embratel contrato de R$ 1 bilhão com Pernambuco

 

Três dias depois de a Embratel festejar, com direito a visita ao Ministério das Comunicações, um contrato para fornecer serviços de telefonia e Internet ao estado de Pernambuco, a Oi – que ficou em segundo lugar na licitação – se deu melhor no recurso apresentado contra a decisão. A Secretaria de Administração pernambucana desclassificou o grupo mexicano.

NEC disputa contrato para fornecer TIC à Arena Pernambuco

A NEC está disputando contrato para ser o integrador do que talvez seja o maior projeto para uso de TICs relacionado à Copa do Mundo. Em Recife, o governo de Pernambuco fez uma PPP com a Odebrecht para construir o estádio que receberá os jogos, a Arena Pernambuco, mas não só isso. Como a região escolhida é desabitada, o governo pretende desenvolver uma cidade inteira no entorno para que o estádio não se torne sub-utilizado com o fim dos jogos da Copa.

TIM amplia capacidade do núcleo da rede de 10 para 140 Gbps

A TIM anunciou nesta quinta-feira, 8, o investimento de R$ 20 milhões na substituição de doze roteadores de alta capacidade em sua infraestrutura de rede. 

Ministros acertam incentivos para redes ópticas

O Ministro das Comunicações (MiniCom), Paulo Bernardo, confirmou ter fechado com o Ministério da Fazenda, um pacote de incentivo às empresas que investirem na fabricação local de equipamentos para construção de fibra óptica no Brasil.

Telebras seleciona instituições que vão elaborar tecnologias para rede nacional de telecomunicações

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Telebras já selecionou as entidades de pesquisa sem fins lucrativos que vão atuar em projetos conjuntos nas áreas de redes e infraestrutura de telecomunicações, computação em nuvem, cidades digitais e dados abertos. Elas vão fazer parcerias para o desenvolvimento de tecnologias que diminuam custos de implantação e operação da rede nacional de telecomunicações. A lista das entidades está disponível no site da Telebras.

Depois da tempestade

Em situações de emergência, mais do que nunca, a população precisa dos serviços de telecomunicações, seja para pedir socorro, seja para mandar notícias a parentes. Da mesma forma, a comunicação é essencial para equipes de resgate. Não à toa, a ONU lista comunicação como uma das três prioridades em casos de catástrofes naturais, depois de higiene e alimentação. O problema é que em muitas dessas tragédias as redes de telefonia fixa e móvel são atingidas e saem do ar. No Brasil, na última virada de ano, dois eventos extraordinários ocorridos em um intervalo de menos de um mês afetaram significativamente as redes de telecomunicações: o incêndio em uma central telefônica da Oi em Salvador, no fim de dezembro, e as fortes chuvas na serra fluminense, no meio de janeiro. À luz desses incidentes, ficou evidente que procedimentos das operadoras e órgãos públicos estão falhos. Mas que medidas podem ser tomadas para prevenir a falta de serviços de comunicação em tais situações? E como reagir para pôr as redes de volta no ar o mais rapidamente possível?

Oi estuda como estender seu backbone ao Amapá

A Oi é dona de um dos maiores backbones do País, com 176 mil quilômetros - entre cabos nacionais, internacionais e redes metropolitanas - mas o estado do Amapá é servido apenas por satélite e permanece carente de um link óptico da operadora.

Cresce a demanda por aluguel de torres para telecomunicações

O mercado de aluguel de torres de telecomunicações está aquecido no Brasil. A Torre Online, empresa que atua nesse segmento com infraestrutura nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, administra hoje 42 torres e planeja alcançar 55 até o fim do ano. "Alugamos espaço nas torres. Algumas são compartilhadas por até dez empresas", revela Diego de La Vega, diretor da Torre Online.

Governo decide que haverá investimentos públicos em infraestrutura

O Ministro das Comunicações Paulo Bernardo esteve nesta quarta, dia 20, com a presidenta Dilma Rousseff para falar do Plano Nacional de Banda Larga e das negociações dos contratos de concessão das teles e do novo PGMU.

Ministro quer obrigar operadores a compartilharem infraestrutura

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje que o governo quer tornar obrigatório o compartilhamento da infraestrutura de redes pelas operadoras de telefonia celular. Ele disse que vai pedir que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) regulamente a questão, que pode baratear o serviço, já que os investimentos das empresas são menores.

"Esse setor tem muita reclamação e uma disputa muito agressiva. Não há problema em ter disputa, mas, no nosso entendimento, se houvesse o compartilhamento, o serviço poderia ser mais barato". Segundo o ministro, o governo também vai estimular que as empresas aumentem os investimentos em infraestrutura e na ampliação das redes de fibras óticas.

Vivo quer concluir backbone nacional de 22,8 mil km até o fim do ano

A Vivo tem como meta concluir até o fim do ano seu projeto de backbone nacional com 22,8 mil km de extensão, dos quais 34% são próprios e o restante virá de acordos de troca de capacidade com outras operadoras (principalmente TIM, GVT, Claro e Embratel). Os dois maiores trechos em construção pela empresa no momento são Brasília-Belém e Belém-Fortaleza. Originalmente, o backbone nacional deveria estar pronto no começo deste ano, mas há nove meses a Vivo esbarra na dificuldade de conseguir licenças para as obras junto a órgãos do governo, como Denit, Ibama e até a Funai, já que parte da rede passará por reservas indígenas. Se as licenças não forem obtidas dentro de 30 dias, a conclusão desses trechos ficará para 2012, afirma o diretor de planejamento e tecnologia de rede da Vivo, Leonardo Capdeville. Como parte do backbone nacional a operadora está implementando junto com a TIM pares de fibra conectando Vitória a Salvador. Há também um trecho em construção entre Goiânia e Cuiabá em parceria com Claro, Embratel, GVT e TIM.
Capdeville defende que toda grande obra nacional deveria levar em conta não apenas seus impactos ambientais, mas também a instalação de equipamentos de telecomunicações. Isso valeria para rodovias, ferrovias, estádios de futebol ou qualquer construção que atraia uma grande concentração de pessoas. "Telecomunicações deixou de ser um desejo e se tornou uma necessidade das pessoas", afirmou. Vale lembrar que o Ministério das Comunicações estuda baixar uma portaria exigindo que qualquer nova construção de rodovia ou ferrovia nacional inclua dutos para passagem de fibras ópticas, conforme divulgou este noticiário duas semanas atrás. Capdeville participou nesta terça-feira, 12, do seminário "LTE Latin America", realizado no Rio de Janeiro.

Fernando Paiva

Telebrás investirá R$ 3 milhões no PNBL

A Telebrás alugará fibras ópticas instaladas nas linhas de transmissão de propriedade da Furnas, Chesf e Eletronorte por R$ 3 milhões, valor que será pago de novembro a dezembro, pois foi prevista uma carência de seis meses

Para a implementação da rede nacional de telecomunicações que atenderá o PNBL, já foram contratados equipamentos e serviços no valor total de R$ 165,5 milhões. Entre eles estão soluções tecnológicas para iluminar as fibras ópticas, infraestrutura para os Pontos de Presença (POPs) da rede, torres e postes e Rede IP (Borda e Core).

O contrato com a Eletrosul não prevê pagamento de aluguel neste ano porque a rede da empresa só deverá ser usada no final de 2011. Todos os contratos firmados têm validade de 10 anos.

A Telebrás aguarda a anuência das agências reguladoras do setor elétrico e de telecomunicações para os contratos firmados com as empresas da Eletrobrás e a assinatura do contrato de cessão do uso das fibras ópticas com a Petrobrás, para iniciar a implementação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).

Já estão firmados os contratos com Furnas, Eletrosul, Eletronorte e Chesf, em fase de validação por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Compuline Telecom cresce em construção conjunta de rede

A operadora de telecomunicações gaúcha Compuline Telecom tem crescido para fora dos limites do Rio Grande do Sul explorando uma demanda das operadoras: a carência de backbone. A companhia, que tem licença de SCM e STFC, oferece um modelo de compartilhamento do investimento com a operadora. Com a rede pronta, parte das fibras é usada pela operadora que contratou a Compuline e parte a Compuline pode dispôr para atender os seus demais clientes, de acordo com o investimento aportado por cada uma das partes. De acordo com Luis Fernando Fuschini, diretor-executivo da Compuline Telecom, o modelo de negócio é estudado projeto a projeto. “Muitas vezes a operadora não tem agilidade para construir rede própria e ela não quer depender das empreiteiras, quer fazer isso com uma inteligência”, diz ele em referência ao fato de a Compuline também ser uma operadora e, por isso, já ter negociado direito de passagem com as concessionárias de energia ou de rodovias, por exemplo. A Compuline tem uma rede de 5 mil km entre backbone e redes metropolitanas de última milha. O último trecho construído pela empresa neste modelo foi São Paulo-Belo Horizonte em parceria com a TIM. Este trecho faz parte de um projeto amplo de compartilhamento entre Embratel, TIM/Intelig, Vivo e GVT, que, segundo Fusquini, vai de norte a sul do País. “Nós somos pioneiros neste modelo. A operadora procurar um provedor de acesso é um modelo novo no mercado”, afirma. Além da construção de backbone a Compuline atua também no fornecimento de última milha. A empresa tem presença local em mais de 120 municípios e, de acordo com o executivo, atua em regiões onde há pouca oferta de rede. “A Compuline está no oeste da Bahia, por exemplo, onde há um predomínio da Oi.” Nextel A operadora está disputando o contrato de preparação da rede da Nextel para os serviços de 3G. Fusquini explica que é preciso preparar o backbone e backhaul da operadora para o aumento no tráfego que a nova tecnologia certamente trará à rede da operadora. A Compuline já apresentou sua proposta, que está sendo analisada pela Nextel. O Grupo Compuline, que também atua em telefonia rural e no aluguel de sites e torres, faturou em 2010 R$ 91 milhões. A expectativa é que o faturamento de 2011 fica entre R$ 120 milhões e R$ 130 milhões, sendo que uma das áreas que mais cresce é a de redes de longa distância. O acionista majoritário da empresa é o diretor presidente, José Paulo Linné. Helton Posseti

Dataprev afirma que infraestrutura impede inclusão digital


BRASÍLIA - A deficiência do país no setor de infraestrutura, especialmente em telecomunicações, foi apontada nesta quinta-feira (24) pelo presidente da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), Rodrigo Assumpção, como a maior dificuldade para a implantação de projetos importantes na área. Como exemplo ele citou programas de inclusão digital, como o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

O assunto foi debatido hoje durante a abertura do 21º Fórum de Tecnologia da Informação e Comunicação, no Ministério da Previdência Social.

No encontro, o secretário executivo do Ministério da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, destacou que tecnologia permite mais acesso da população aos serviços públicos, com a consequente melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. Ele citou como exemplo a implantação do serviço telefônico 135, responsável pelo agendamento dos atendimentos previdenciários ao público. Gabas lembrou que, antes desse serviço, as pessoas passavam horas na fila, às vezes durante a madrugada, para conseguir atendimento.

Para o presidente da Dataprev, o Ministério da Previdência vai encontrar dificuldades de infraestrutura e de comunicação para fazer com que muitas das 750 novas agências e postos de atendimento comecem a atender o público.

Na tarde de hoje serão apresentadas experiências vividas no país na área da inclusão digital. Também será feita uma exposição sobre o funcionamento de telecentros como espaços públicos e comunitários de inclusão digital.

Boa parte da rede óptica brasileira tem problemas de qualidade, diz CPqD


Cerca de 38% de toda a planta óptica do Brasil apresenta falhas de dispersão de sinal (PMD, ou modo de dispersão de polarização, em português). Em outras palavras, possuem assimetrias e imperfeições que fazem com que as ondas viajem a velocidades diferentes e a propagação dos pulsos ópticos ocorra de forma aleatória, o que limita a taxa de transmissão de dados nas fibras. Além disso, 46% dessa infraestrutura tem seu sinal enfraquecido ao longo do cabo por apresentar atenuação acima dos 0,24 decibéis (dB) por quilômetro, valor mínimo recomendado por organismos internacionais. O diagnóstico é do CPqD. Entre backbone e backhaul, cerca de 30 mil quilômetros de fibras foram analisados. Apesar disso, segundo Edna Aparecida Sabatina Saito, da gerência de Marketing de Produto e Inovação Óptica do CPqD, a amostragem representa a realidade de toda a infraestrutura óptica do país. Grande parte ainda opera com hierarquia digital síncrona (da sigla em inglês SDH), uma tecnologia inferior ao sistema de multiplexação por divisão de onda de luz (da sigla em inglês WDM), que permite a transmissão de dois ou mais canais simultâneos por um mesmo meio de transmissão. “Nosso parque de fibras está bem desatualizado, some-se a isso a mão-de-obra terceirizada que muitas vezes corta e emenda essas fibras de qualquer maneira”, diz.

Apesar da imunidade à interferências eletromagnéticas e da maior capacidade de transmissão de dados em relação aos cabos metálicos, os cabos ópticos são compostos de fibras de vidro ou de materiais poliméricos com capacidade de transmitir luz de diâmetros ínfimos, da ordem de micrômetros (mais finos que um fio de cabelo) até milímetros. Por isso, são muito sensíveis a torções, dobras, trações e demais condições de stress.

Tendência é piorar

Segundo a especialista, a tendência é que este cenário piore ainda mais se nada for feito. Isso porque os serviços estão exigindo cada vez mais largura de banda e, com a evolução das redes, o enfraquecimento, perda e dispersão dos feixes de luz ao longo do cabo óptico também aumentarão. “Neste ano já começa a surgir as primeiras RFPs (solicitações de propostas) de sistemas de 40 Gbps e a expectativa é que o 100 Gbps chegue entre 2012 e 2013, no Brasil em 2014”, adverte. Ela cita o exemplo de uma grande operadora nacional que migrou uma parte de seu backbone de 10 Gbps para 20 Gbps. “Fizeram e o sistema caiu, pois 73% do trecho daquela infraestrutura não estava apto para atender esse aumento de capacidade”, revela.

De acordo com a especialista, somente 4% de todo esse backbone carecia de substituição de cabos ópticos. Os outros 96% necessitavam apenas de medições, análises e algumas correções, sem grandes investimentos. Reparos de fusões malfeitas e instalações de multiplexadores em pontos estratégicos do link, segundo ela, foram suficientes para restabelecer a qualidade de todo o trecho. “As vezes um equipamento multiplex é o suficiente e sete vezes mais barato que um regenerador”, explica.

Edna cita outro dado para justificar a necessidade da consultoria de uma empresa especializada antes de a operadora construir ou buscar evoluir sua malha óptica: “a operadora gastará 30% em novos equipamentos para fazer o mesmo que faria com um simples serviço de análise e readequação da rede”, diz.

Para PwC, fomento das redes de banda larga passa por políticas de rede e conteúdos


Maurício Giusti, sócio da PriceWaterhouseCoopers, falou durante o seminário Políticas de (Tele)Comunicações, organizado nesta quinta, 24, em Brasília pela Revista TELETIME e pelo Centro de Estudos de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília (CCom/UnB), sobre formas de expandir as redes de banda larga. Alguns elementos que, em outros cenários regulatórios, estão sendo utilizados para fomentar o surgimento destas redes, diz Maurício Giusti, passam pela vetorização da regulamentação, trabalhando com a perspectiva de competição intra-plataforma ou inter-plataformas. Novas redes são fundamentais quando se busca maior competição, diz Giusti. Um dos caminhos, diz ele, é coordenar investimentos com outras áreas, como estradas e linhas de energia para que se contemple redes de telecomunicações. Outro aspecto destacado pelo consultor é o da retirada de restrições aos entrantes e o uso eficiente das frequências. Ele lembrou ainda que qualquer política de expansão e regulação das redes de banda larga precisa pensar em educação, aplicações de governo eletrônico, incentivos de construção de redes e práticas voltadas para pequenas e médias empresas. Para ele, o Brasil segue alguns desses caminhos, mas é importante olhar mais para a experiência internacional.

Competição

Para João Maria de Oliveira, pesquisador da área de comunicações e TICs do Ipea, o Brasil sofre ainda com um problema crônico de concentração das redes e da competição no mercado de banda larga. "Esta concentração parece estar mudando muito pouco de ano para ano, mas a questão deve ser abordada porque a convergência de conteúdos não vai acontecer plenamente sem a competição entre as redes de telecom", diz ele, ressaltando que esse mercado da "convergência" gira perto de R$ 200 milhões por ano se contados todos os setores envolvidos.

Da Redação

Oi, Net e TIM têm visões diferentes sobre regulação das redes convergentes


As operadoras de telecomunicações brasileiras têm visões diferentes sobre como deve ser tratada a regulação das redes em um cenário convergente. Elas participaram do seminário Políticas de (Tele)Comunicações, organizado nesta quinta, 24, em Brasília pela Revista TELETIME e pelo Centro de Estudos de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília (CCom/UnB). Na leitura da Oi, o caso brasileiro não pode ser tratado com base em modelos prontos de outros países. "Temos uma outra realidade de custo de capital, de disparidades econômicas e regionais e de obrigações regulatórias", disse Paulo Mattos, diretor de regulamentação da Oi. Para ele, não é possível falar em regras únicas quando se fala em regulação das redes de banda larga, onde há mercados sem atratividade, onde prevalecem as obrigações de universalização, e os mercados atrativos, em que prevalece a competição. "é preciso pensar em cada um desses mercados de maneira diferente". Ele enfatizou também a necessidade de corrigir assimetrias, como o fato de nem todos poderem prestar todos os serviços nas mesmas redes, como TV a cabo.

Para Paulo Matos, o modelo atual também distorcido por dois fatores: a VU-M, que tira receita das fixas e passa para as móveis, e a perda acentuada de base na própria telefonia fixa. "Perdemos um milhão de clientes por ano, o que representa R$ 1 bilhão de faturamento, a cada ano que passa". Para Paulo Mattos, é preciso estimular concorrentes que tragam novas redes e o compartilhamento de investimento em infraestrutura. "Além disso, as empresas só fazem investimento se tiverem perspectivas de ter benefícios com essas redes".

Para André Borges, diretor de regulamentação da Net Serviços, ainda que o modelo atual tenha funcionado (e o crescimento da Net é o maior exemplo), é possível incentivar novos operadores de telecomunicações (especialmente TV a cabo) em mercados que hoje são quase rentáveis. "Com pequenos ajustes podemos viabilizar estas cidades", disse. Ele lembrou que onde a Net entrou concorrendo em serviços de telefonia e banda larga, houve investimentos da incumbent. "E isso aconteceu com outros operadores competitivos também", disse.

O executivo da Net também mostrou receios sobre regular coisas que hoje não são reguladas e estão funcionando, como conteúdos. "é preciso tomar cuidado para não engessar nem amarrar".

Mario Girasole, diretor de regulamentação da TIM, citou exemplos internacionais de regulação de redes para assegurar a expansão da banda larga e lembrou que no Brasil ainda há aspectos da regulamentação em relação ao compartilhamento que não estão sendo colocados em prática, como a regulação da oferta no atacado. "Mas o mais importante é que se busque formas de baixar o custo de implantação de novas redes, e isso passa pelo compartilhamento de investimentos", disse.

Da Redação

Justiça dos EUA barra transferência de tecnologia da Motorola Solutions para Nokia Siemens


A justiça norte-americana atendeu a um pedido da Huawei e proibiu a transferência de qualquer propriedade intelectual pela Motorola Solutions para a Nokia Siemens Networks. A decisão não é definitiva e o mérito da ação ainda será julgado. A Motorola Solutions era a unidade de negócios de infraestrutura da Motorola, cuja venda para a Nokia Siemens foi acertada em meados do ano passado. A Huawei mantinha há quase dez anos um acordo de revenda de equipamentos 3G com a Motorola, o que deu a técnicos da companhia norte-americana acesso a patentes da parceira chinesa. Com a venda da Motorola Solutions, a Huawei teme que parte dos seus segredos industriais sejam repassados ilegalmente para a Nokia Siemens. As informações são do site Rethink Wireless (www.rethink-wireless.com).

A vitória parcial da Huawei na justiça veio na mesma semana em que a empresa chinesa sofreu uma derrota estratégica nos EUA ao desistir de comprar a 3Leaf Systems devido à rejeição do governo norte-americano ao negócio.

Da Redação

Mercado de infraestrutura de redes móveis crescerá 23,5% até 2015



O mercado global de infraestrutura de redes móveis deve recuperar o crescimento após dois anos seguidos de queda, registrados em 2009 e no ano passado. A expectativa é que esta indústria atingirá faturamento de US$ 42 bilhões em 2015, expansão de 23,5% na comparação com 2010, quando tal receita fora de US$ 34 bilhões, segundo dados do Dell'Oro Group.

A empresa de pesquisa de mercado citou que somente a receita oriunda dos investimentos em redes de Long Term Evolution (LTE) devem saltar de US$ 350 milhões, em 2010, para US$ 7,7 bilhões em 2015.

Já os aportes em redes de 3G (WCDMA) tendem a praticamente dobrar no período, totalizando US$ 30 bilhões em 2015, contra os US$ 16 bilhões do ano passado.

A maior demanda por dados móveis puxada pelo aumento do uso de tablet PCs e smartphones foi apontado pelo Dell’Oro Group como um desfio para as operados e como a principal impulsionadora dos investimentos destas em rede.