Classes C, D e E somam mais de 52% de audiência na rede
Pela primeira vez as classes C, D e E passaram a responder pela maior parte da população que acessa a internet no Brasil, com 52,8% dos acessos, contra 47,2% das classes A e B, somadas. Segundo a previsão do Interactive Advertising Bureau (IAB), órgão que representa o segmento digital brasileiro, esse mercado deve crescer ainda mais em 2011, com a massificação dos celulares de 3G, que devem passar de 14,6 milhões de aparelhos para 35 milhões até o final do ano, acirrando a briga entre as operadoras por usuários de banda larga móvel.
Para o presidente do IAB, Fábio Coelho, o número de acessos no País deve crescer motivado pelo pela tendência de queda dos preços dos pacotes de banda larga e por programas de governo que subsidiarão parte do valor mensal, como o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Coelho explica que apesar de a maior parte dos celulares no País ser de pré-pagos e de ainda não haver um sinal de mudança nesse horizonte, aos poucos os usuários pré-pagos começam a ter acesso a dados.
"Apenas 30% dos usuários de smartphone no Brasil têm um plano de dados, mas as operadoras estão trabalhando para suprir esta lacuna", diz. Ele cita o exemplo da TIM, que no ano passado lançou acesso à internet para clientes pré-pagos ao custo de R$ 0,50 por dia, trazendo o usuário das lan-houses para o mercado de mobilidade. "O que a TIM fez foi olhar para o tíquete médio gasto pelos usuários de lan-houses e oferecer uma tarifa atrativa para que esse público pudesse ter acesso à internet via celular. Essa campanha agressiva foi o que possibilitou à TIM recuperar o market-share que havia perdido em 2009, podendo voltar a crescer", analisa.
Coelho crê que outro ponto que deve favorecer a penetração do 3G nas camadas populares será a entrada da Nextel no mercado de 3G. A operadora foi a grande vencedora do leilão da banda H, a última faixa disponível para a internet 3G, licitada no final do ano passado. A tendência é de que com a entrada desse novo player o custo da banda larga se torne mais competitivo.
No ano passado, a audiência na internet brasileira foi de 73,7 milhões de pessoas. A expectativa do IAB é que este número cresça 10% em 2011, atingindo mais de 81 milhões de pessoas. A massificação do acesso à internet via celular é um dos fatores que devem favorecer o crescimento da publicidade on-line. "Como o País atingiu a marca de 202 milhões de celulares, as empresas tenderão a aproveitar essa base de usuários, ainda mais com planos de operadoras para massificar o uso de internet nesses dispositivos", avalia.
Bolo
Apesar de a internet representar apenas 4,49% do bolo publicitário (a TV aberta ainda domina com uma fatia de 63,11%), o crescimento do número de internautas deve acelerar os investimentos no segmento. O investimento em publicidade on-line deve crescer 25% este ano, chegando a R$ 1,55 bilhão. No ano passado a cifra chegou a R$ 1, 23 bilhão. Segundo o IAB, no exterior as empresas investem até 20% de seus orçamentos publicitários na mídia digital. No Brasil este montante não chega a 10%.
"As empresas estão percebendo que para se aproximar dos jovens e comunicar-se com as próximas gerações elas terão de estar na internet. Mas ainda há empresas que não percebem este meio como espaço publicitário permanente, altamente segmentado e que pode atingir diretamente o público-alvo", diz.
Pensando na segmentação deste mercado, a entidade aposta no crescimento de aplicativos de geolocalização. "Já é grande o número de pessoas que escolhe opções de entretenimento e consumo a partir da proximidade com o lugar que se encontra, um movimento inverso ao que existia até recentemente, no qual as pessoas consultavam guias e iam até um endereço. O mapa se tornou uma maneira nova de buscar informação a partir de onde o usuário está", diz.
Banda larga nas escolas
Depois das empresas, agora é a vez do governo de dar publicidade ao feito: o Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) já leva conexão gratuita à internet a 91,6% das escolas públicas urbanas do Brasil. O dado é do último balanço divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Até 31 de dezembro de 2010, 57.586 instituições de ensino tinham conexão em banda larga. A meta é que o projeto cubra todas as 62.864 escolas até o fim deste ano. O programa é uma parceria do Ministério das Comunicações, Ministério da Educação (MEC), Anatel e operadoras de telefonia. O levantamento revela que São Paulo é o estado com o maior número de escolas beneficiadas: 7.099. Minas Gerais (6.839), Bahia (5.645), Rio de Janeiro (4.847) e Paraná (3.836) o seguem. Durante todo o ano passado, o programa garantiu internet gratuita a 14.588 instituições federais, estaduais e municipais.
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