Bancas de jornais e revistas deixam de vender cartão de recarga de celular

BANCAS DEIXAM DE FAZER RECARGA DEVIDO AO BAIXO VALOR REPASSADO PELAS OPERADORAS DE TELEFONIA MÓVEL AOS JORNALEIROS

Cerca de 70% das 8.500 bancas espalhadas pelo Estado trabalham com o sistema de recarga. Atualmente, apenas 4% das transações ficam para donos de banca, e eles reivindicam pelo menos 12%

Ana Ligia Noale

Se você costuma recarregar o celular pré-pago nas bancas de revistas e jornais, esta notícia lhe interessa. As bancas vão deixar de fazer recarga devido ao baixo valor repassado pelas operadoras de telefonia móvel aos jornaleiros, segundo o sindicato da categoria.

Cerca de 70% das 8.500 bancas espalhadas pelo Estado de São Paulo trabalham com o sistema de recarga. Porém, o sindicato destaca que, atualmente, apenas 4% das transações ficam para os donos de banca, e eles reivindicam um percentual de pelo menos 12%.

Para o fim da venda, o sindicato também alega que as operadoras usam as bancas como ponto de publicidade sem pagar nada a mais por isso.

O proprietário de uma banca no centro de Rio Claro, Reinaldo Zambone, diz que há mais de um ano optou por parar de vender cartão de recarga para celular pré-pago, e não se arrependeu. “A comissão paga pelas operadoras de telefonia móvel é humilhante. Como não compensava, optei por não vender mais a recarga. Além disso, elas também não pagam pela publicidade na banca, ou seja, ganham bastante dinheiro e repassam uma mixaria para quem vende.”

Para Reinaldo, 12% das transações seriam um percentual válido diante do volume de dinheiro que gira nas vendas de recarga.

Além dos cartões de recarga nos pontos de venda, como as bancas, os usuários de telefonia móvel podem colocar crédito através da Internet, caixas eletrônicos e também via cartão de crédito. “Como a recarga via cartão não envolve dinheiro, eu estou oferecendo este serviço para os clientes da banca que queiram colocar crédito via débito ou crédito”, finaliza Reinaldo.