Evento esportivo adianta aporte na telefonia
São Paulo - A expectativa das empresas que atuam no mercado de voz é de que os megaeventos esportivos que se aproximam no calendário cheguem a proporcionar aumento de 30% nas receitas, dada a grande demanda que será gerada no setor. Apesar do consórcio Embratel-Claro formar o único grupo habilitado a explorar com exclusividade as telecomunicações nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, após vencerem a concorrência para serviços de telecom dos jogos no começo do mês, outras empresas que atuam no setor buscam espaço em outros eventos esportivos, como este ano os Jogos Pan-americanos de Guadalajara (México), e ano que vem os jogos Olímpicos, em Londres (Inglaterra).
Segundo o Ministério do Turismo, estima-se que o Brasil receberá cerca de 500 mil estrangeiros para a Copa do Mundo, em 2014. Para atender à demanda por serviços de voz na época dos eventos, a empresa Bizcel, especializada na locação de linhas celulares e modems, já se apressa em investir na expansão dos seus serviços. "Observamos que nosso faturamento obteve um incremento de cerca de R$ 3 milhões por conta das linhas que alugamos para clientes que foram à Copa da África, no ano passado. Foram 1200 simcards [chips] alugados. Para 2014, esperamos 9 mil simcards", conta Mauricio Farias, diretor Comercial da empresa.
A Bizcel é uma das principais empresas atuantes no mercado de telecomunicações do Brasil. Fundada em 1994 e pertencente ao 7X7, grupo de investimento norte-americano, disponibiliza soluções em vários segmentos do mercado. A Bizcel oferece sua expertise em locação de celulares internacionais, modems de internet 3G e telefones móveis via satélite para pessoas que visam economizar em viagens ao exterior por meio de preços e planos altamente competitivos. Sediada nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, possui a maior área de cobertura internacional, com sinal em mais de 190 países.
Para Faria, esse mercado ainda é pouco explorado no Brasil. A Bizcel fornece tanto smartphones quanto modems para clientes que viajam constantemente para o exterior. O executivo aponta que o atrativo do serviço se deve às baixas tarifas em relação as serviço de roaming. "Temos acordos com operadoras que atuam em outros países, como a Vodafone e a O2. Dessa forma, o cliente pode realizar uma ligação local na Europa por 40 centavos de dólar, por exemplo", diz Faria.
Atualmente, o país recebe ao redor de 6 milhões de visitantes estrangeiros por ano, procedentes principalmente da Argentina (18%), Estados Unidos (14%), Portugal (5%), Itália (5%), Chile (5%), Alemanha (5%), Uruguai (4,5%), Espanha (4%) e Paraguai (4%). A empresa recentemente lançou um novo serviço que possibilita aos viajantes economizar até 80% face ao roaming sem deixar de receber ligações dos seus números pessoais.
O produto possibilita aos executivos o recebimento, em seus celulares internacionais, das chamadas efetuadas para seus números móveis ou fixos utilizados no Brasil.
"Não há mais barreiras para se economizar em viagens internacionais. Ao encaminhar seu número pessoal, fixo ou celular, para um 0800 da Bizcel, o usuário recebe suas ligações diretamente na linha internacional alugada, seja qual for o país de destino ou o período de locação", explica Farias.
Teleconferência
No mercado de conferências via-satélite, a Polycom firmou parceria com a Microsoft para desenvolver novos produtos de transmissão de voz e imagem. Paulo Roberto Ferreira, diretor geral da empresa, disse que as sinergias entre as duas companhias vão ampliar o poder de atuação num mercado que tende a crescer por conta dos megaeventos. "Existem países que estão mais avançados nesse tipo de comunicação. Eventos como a copa e as Olimpíadas vão fazer o mercado crescer de 25 a 30% no Brasil e na América Latina. A tendência de reduzir os custos em viagens também vai favorecer as empresas que trabalham com teleconferência", diz Ferreira.
Investimentos
O mercado de telecom está cada vez mais forte. Segundo estudo do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), o setor vai investir R$ 72 bilhões entre 2011 e 2014. O documento mostra que o setor vai responder por 18,8% do investimento total em infraestrutura, estimado em R$ 378 bilhões no período. O estudo aponta um crescimento esperado mais modesto dos investimentos em telecom e vem ocorrendo desde seu grande ciclo expansivo, no período pós-privatização.
"Esse fato ocorre não apenas porque suas inversões são concentradas no tempo, mas também por dois outros determinantes básicos. O primeiro é a necessidade de realizar investimentos apenas na margem, para manutenção e atualização da capacidade instalada, como, por exemplo, os montantes mínimos requeridos pelo órgão regulador (Anatel). O segundo corresponde a uma lógica concorrencial, onde as empresas competem em nichos específicos de mercado pela introdução de novas tecnologias na busca por crescimento de market share", diz o estudo.
No caso da demanda pelo serviço de internet móvel no País, nicho que deverá crescer mais nos próximos anos segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). Somente no último ano, houve um crescimento de 81,9% dos acessos por modems e aparelhos 3G, como os smartphones no Brasil - passando de 12,9 milhões em fevereiro de 2010 para 23,6 milhões no mesmo mês de 2011. Na semana passada, a operadora TIM (Telecom Itália) ampliou sua oferta de internet móvel no País. A operadora apresentou novos pacotes ilimitados para notebooks, tablets e smartphones, segundo a empresa, com preço fixo mensal sem cobrança excedente de tráfego. "O Liberty Web reforça o foco na oferta de dados, atendendo à demanda de equipamentos mais avançados e de usuários que querem navegação ilimitada, sem a necessidade de controle do tempo de conexão", diz Roger Solé, diretor de Marketing Consumer da TIM.
Acessos
O Brasil fechou fevereiro de 2011 com mais de 207,5 milhões de assinantes na telefonia celular. Nos dois primeiros meses do ano, o Serviço Móvel Pessoal (SMP) registrou 4,6 milhões de novas habilitações (crescimento de 2,28% no ano), com teledensidade de 106,91 acessos por 100 habitantes (crescimento de 2,13% no ano). Do total de acessos em operação no país, 170.681.009 são pré-pagos (82,23%) e 36.885.203 pós-pagos (17,77%).
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