4G: Gargalo será duplicar a infraestrutura atual

Internet Móvel 3G - Convergência Digital
:: Por Fausto Rego

Mudar o modelo e transformar a rede atual da telefonia móvel. Esse é um dos maiores desafios para ter LTE, a 4G da telefonia móvel, disponível nos megaeventos que o país sediará. Por conta da tecnologia avançada e da frequência utilizada - 2,5GHz - o número de ERBs(Estações Rádio Base) necessárias para a oferta do serviço é o dobro das exigidas pelas redes GSM (850 Mhz) ou 3G( 1,9GHz).

Não á toa, por exemplo, a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, baliza os investimentos da Vivo na construção de um backbone nacional com extensão de quase 23 mil quilômetros. Leonardo Capdeville, diretor de Planejamento e Tecnologia da operadora, afirma que a meta da empresa é ter, o mais breve possível, uma rede própria para servir todas as capitais que serão sede da competição – e, “provavelmente”, incorporando a tecnologia LTE já em 2013.
A declaração foi feita nesta terça, 12/4, durante o evento LTE Latin America 2011, no Rio de Janeiro. Além de investir em rede própria, a Vivo estabelece acordos de swap e operação conjunta com outras operadoras, numa cooperação que, para Capdeville, mostra a maturidade do mercado. “A infraestrutura é um desafio para todos e pode ser enfrentada de forma racional. A concorrência não está aí, mas na oferta de serviços ao usuário”, analisa.
De qualquer forma, a estrutura é o gargalo do sistema. Capdeville diz que será preciso dobrar o número de sites nos próximos três anos, para dar conta do aumento da demanda. “Se a gente quer cobertura adequada e volume, não tem outra saída, em que pese o problema da poluição urbana e visual. Comunicação não é mais artigo de luxo, mas sim necessidade”, defende.
Com esse argumento, o executivo espera vencer as dificuldades para obtenção de licenças ambientais que impedem o início de algumas obras. “É uma discussão que devemos ter no Brasil. Todo mundo precisa entender que é preciso criar mecanismos para viabilizar essa expansão”.