Febre pelo iPad 2 faz tablet desaparecer do mercado

José Rabelo A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou essa semana a liberação da venda da segunda geração do tablet da Apple, o iPad 2, no Brasil. Segundo a agência, a partir de agora, a comercialização do produto depende apenas da empresa. Com a liberação, as versões Wi-Fi e Wi-Fi + 3G já podem, teoricamente, ser comercializadas no mercado brasileiro. O novo modelo, mais fino e mais leve que a versão anterior, chegou aos Estados Unidos no início de março. A febre para adquirir o novo aparelho foi tão grande que o iPad 2 desapareceu rapidamente da maioria das lojas. O “sumiço” do produto fez com que os preços disparassem na internet. O preço do iPad 2 no site eBay registrou aumento médio de 40%. O consumidor mais ansioso que estiver disposto a pagar o “ágio” para adquirir o novo “brinquedinho” terá que esperar pelo menos de três a quatro semanas. Os brasileiros, que ainda não podem adquirir o produto nas lojas, têm recorrido ao eBay. No ranking mundial da corrida ao iPad 2, o Brasil foi o 12º país que mais comprou o novo tablet. Foram comercializadas 100 unidades. Com as vendas aquecidas, a Apple espera romper a meta de 100 bilhões de dólares ainda este ano. Caso a empresa confirme as projeções, o faturamento deve superar o da Microsoft. Febre passageira Percebendo a Apple cada vez maior no retrovisor, a Microsoft tentou minimizar o bom momento vivido pela concorrente. Para os estrategistas da Microsoft, os tablets são uma “febre passageira”. Eles ainda apostam que smartphones e os laptops vão se confirmar como os computadores de uso geral. Para a Microsoft, ainda há dúvida se os tablets irão realmente vingar. A empresa de Bill Gates parece insistir em contrariar todas as previsões de mercado que colocam os tablets como a bola da vez. Somente no ano passado, foram vendidos 18 milhões de tablets no mundo. Só Apple vendeu quase 15 milhões de iPads. A previsão é de que as vendas de tablets tripliquem este ano.