Interior do Amazonas continua sem serviço de telefonia de qualidade

NEY MENDES/ACRÍTICA) A audiência pública para discutir problemas de telecomunicações, na segunda-feira (4), terminou com respostas inconsistentes e evasivas por parte das operadoras. O autor da propositura, o deputado estadual Sidney Leite (DEM), bem que se esforçou para tirar algo mais das empresas, mas elas enviaram para o debate basicamente gerentes operacionais com limitada autonomia para falar, o que frustrou a plateia. A TIM, no entanto, prometeu que ampliará a sua cobertura no município de Envira (a 1.208 quilômetros de Manaus) até o dia 31 de maio. Uma das frustrações dos vereadores e comunitários do interior, presentes à audiência, é que as operadoras não têm obrigações legais de atender com celular as áreas rurais dos municípios. Essa autorização é um serviço privado motivado pelo “interesse econômico e a concorrência”. A obrigatoriedade contratual serve apenas para as sedes dos municípios. Os representantes das operadoras deram respostas evasivas e inconsistentes durante audiência para discutir serviço de telefonia realizada na última segunda-feira (4) Quanto à telefonia fixa, é uma concessão na qual a lei estabelece a universalização, neste ponto estão inclusas a OI e a Embratel. “Estamos internalizando as solicitações para depois darmos as devidas respostas”, disse o responsável pela área de operações da Oi, Cássio Alvarez. Repostas semelhantes foram dadas pelas outras operadoras. Em Anori, com a troca de postes por parte da concessionária de energia os cabos dos telefones fixos estão jogados no chão. Em Autazes os vereadores pediram para retirar os ‘orelhões’ porque que estão servindo apenas de casa de caba. “As operadoras admitiram que oferecem um serviço de péssima qualidade, mas não souberam explicar por que sua estrutura está abandona, no caso da Oi, por que não há manutenção, por que há tantas interrupções e se estão vendendo mais linhas do que a capacidade”, disse Leite. Em 2010, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aplicou R$ 60 milhões em multa às empresas, principalmente por falta de qualidade do serviço e cobrança indevida.

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