Em breve, o brasileiro vai ouvir falar muito de operadora móvel virtual. Será uma nova telefonia atrelada a grandes bancos e redes de varejo
Imagine uma rede de supermercado ou um grande banco de varejo oferecendo serviços de telefonia móvel (voz e dados) para quem compra seus produtos e serviços. Essa operação já existente nos Estados Unidos e Europa, principalmente, chegará no mais tardar no próximo ano aqui no Brasil.
A operadora móvel virtual - conhecida mundialmente como Mobile Virtual Network Operator (MVNO), é regulamentada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) desde novembro de 2010 e já conta com anúncio de lançamento de pelo menos uma empresa, a Porto Seguro, especialista em seguros para veículos.
Segundo o consultor de novos negócios, Eduardo Prado, que participou ontem da InfoBrasil 2011, a telefonia virtual no Brasil é uma realidade que vai gerar muitos negócios. Acrescenta que as operadoras móveis convencionais (Oi, Tim, Claro, Vivo) vão perder clientes principalmente pré-pagos. Mas também, podem “ganhar dinheiro” no segmento de MVNO, que é criado quando a penetração da telefonia móvel atinge mais de 100% como no Brasil onde o número de celulares ultrapassa o número de habitantes.
“Isso abre o mercado de telefonia móvel para novos players sem comprar frequência”, comenta, adiantando que será uma operadora virtual atrelada a grandes empresas usando a frequência das operadoras existentes.
Prado considera que quando os grandes bancos e redes de varejo montarem suas operadoras virtuais associadas às suas companhias muitas vão migrar para esse novo serviço porque brasileiro “adora promoção”, diz.
Serão bancos, supermercados e grandes redes de varejo oferecendo minutagem de telefonia celular para quem compra seus produtos e serviços. Esses players vão comprar das operadoras existentes minutagem de voz e dados, no atacado, para oferecer aos seus clientes.
O consultor observa ainda que as operadoras virtuais vão competir com as móveis e será o fim da fidelização. Ele adianta que a “canibalização” existirá, mas ao mesmo tempo uma determinada operadora móvel também alavancará novos clientes via uma MVNO de um grande banco de varejo através do apelo da “nova marca” e dos produtos diferenciados da oferta. “Tudo isso é muito bom para o consumidor e para a economia”, conclui.
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