Um só chip é coisa do passado
Consumidores e empresas investem nos celulares de dois, três e até quatro chips. Tecnologia permite escolher a operadora que tem as melhores tarifas
Leonardo Spinelli
Em termos de tecnologia para o mercado popular de celulares, os chineses estão dando aula de vanguarda. Enquanto os famosos xing lings já aparecem com opção de aparelhos que suportam até quatro chips, a preços abaixo dos R$ 200, a indústria fora da China passou a investir mais nos celulares com dois chips. Hoje é possível encontrar opções de marcas conceituadas no ramo como Motorola, Samsung e LG. Num mercado como o brasileiro onde mais de 80% das linhas são pré-pagas e boa parte da população tem mais de um chip para aproveitar os bônus e promoções das operadoras o desenvolvimento da solução de mais de um chip por aparelho demorou bastante. E a razão é simples, antes a venda de aparelhos era exclusiva das operadoras, hoje o mercado de varejo cresce a passos largos.
“O Brasil sempre foi um país dominado pelas operadoras. As vendas sempre predominaram através delas e os celulares desbloqueados eram poucos. De dois anos para cá os desbloqueados passaram a ter importância nas vendas e neste caso houve um estímulo estratégico da Oi”, avalia Marcelo Guimarães, diretor executivo da divisão CCE mobile, empresa que entra no mercado de celulares com um aparelho dual chip, o Mobi C10. “Há três anos as vendas pelo varejo representava 10% do mercado de aparelhos de celular. Hoje já são 40%. Antes as líderes de mercado em vendas de aparelhos eram a Vivo e a Claro, com os seus modelos bloqueados. Agora a líder é o varejo”, completa.
O consultor de tecnologia Rômulo Cholewa argumenta que o mercado de celulares de dois chips é altamente promissor. “Empresas que consideramos confiáveis como a Motorola e LG passaram a investir no segmento, apesar de ainda tímidas. Mas todo mundo hoje em dia tem duas linhas e a tendência é de crescimento. Logo logo chegam os smartphones dual chip”, salientou.
O técnico em câmeras digitais Danilo Damasceno é um desses profissionais que passaram a utilizar a solução para aliviar o bolso, tanto na economia como no volume transportado. “Há sete meses tenho um xing ling de R$ 120. Tenho duas operadoras e acho mais prático, mesmo quando a linha de uma operadora dá ocupada quando estou falando pela outra. Fica o registro da chamada”, explica. Marcelo Guimarães diz que o desafio da CCE vai ser grande, neste momento em que as principais empresas do setor passaram a apostar nos dual chip. “Elas também estão entrando neste mercado, pois este é um fenômeno recente. Em países como os EUA, onde o mercado é dominado pelas operadoras, ainda não é possível encontrar este tipo de solução. Mas o dual chip vem crescendo muito em todo o mercado da América Latina, China e Índia em progressão geométrica”, disse.
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