GVT, com interatividade e alta definição, desafia a concorrência na TV paga

Ana Paula Lobo e Luiz Queiroz
  Convergência Digital 

Com alta definição e interatividade e com a promessa de pacotes mais flexíveis - os preços variam de R$ 59,90 a 129,90, a GVT desembarca no mercado de TV por Assinatura e sustenta que chegou ao segmento para se tornar um dos players de mercado


A operadora combinará os recursos do DTH com o IPTV e, em função disso, num primeiro momento, só terá o serviço nas cidades onde oferta banda larga - 106 cidades. Expectativa é tornar o serviço comercial em meados de outubro. Até lá, há pilotos em andamento.
No lançamento da GVT TV, realizado nesta quinta-feira, 15/09, na capital paulista, o presidente da GVT, Amos Genish, deixou claro que TV por assinatura não é mais um negócio para vender telefonia e banda larga. "Ao contrário dos nossos concorrentes que apostaram na TV para reter os clientes, acreditamos que esse é um negócio que tem potencial crescente e ganhará, até, vida própria mais à frente", afirmou, sem no entanto, abrir muitos detalhes de como será essa divisão da TV dos demais negócios.
A expectativa da GVT é que dentro de 10 anos, terá muito mais clientes em TV, do que a base conquistada no mesmo período de tempo em Telecom. Genish, no entanto, foi taxativo ao dizer que,neste momento, não há qualquer interesse da GVT (que tem a Vivendi como controladora) produzir conteúdo.
"Seremos distribuidores de conteúdo no Brasil. Apesar de a Vivendi ser geradora de conteúdo, não é esse o nosso foco agora", sustentou. O modelo de TV paga da GVT combina duas tecnologias o DTH, via satélite, e o IPTV, recém-aprovado para ser utilizado pelas teles com a sanção do PLC 116, na última segunda-feira, 12, pela presidenta Dilma Rousseff.
A interatividade, inclusive, uma das grandes apostas da GVT para conquistar clientes, acontecerá via IP da banda larga. Por isso, diz o vice-presidente da operadora, Alcides Troller, o serviço só estará disponível nas cidades onde há a oferta de banda larga - 106 cidades.
"Para termos acesso às redes sociais - o Twitter é o primeiro deles - para termos VOD(Video on demand) com qualidade - precisamos da nossa rede de banda larga. Por isso, o combo inicial", justifica Troller. Para também conquistar a preferência do consumidor, a GVT promete pacotes flexíveis e a incorporação de canais de alta definição (HD) em todos eles - do básico ao mais sofisticado.
"Fazer programação é a base mais complexa do trabalho que consumiu 14 meses da GVT. Modificamos bastante o modelo e teremos preços de 25% a 50% mais baratos do que os concorrentes", sustenta. Os pacotes programados pela operadora são: O Super HD, sai por R$ 59,90, com 41 canais de vídeo, dos quais 26 pagos e 5 em HD; o Ultra HD, que sai por R$ 89,90, 45 canais pagos e 9 em HD; e o Ultimate HD, que custa R$ 129,90 com 72 canais pagos e 14 HD. Esses preços estão vinculados ao combo da banda larga e telefone fixo. Haverá ainda a oferta de pacotes adicionais de filmes e esportes.
Os investimentos da GVT em TV por assinatura estão estimados em R$ 650 milhões - R$ 200 milhões este ano e R$ 450 milhões em 2012. A plataforma IPTV é fornecida pela Ericsson e os conversores são da SAGEM. Todos eles preparados para a interatividade via rede IP.
Em entrevista à CDTV, do Convergência Digital, Alcides Troller, conta o cronograma de lançamento da GVT TV e diz que, neste momento, a cidade de São Paulo, por exemplo, está fora do lançamento, uma vez que não há ainda a oferta de banda larga para os usuários residenciais na capital paulista. DTH 'puro' não está nos planos.

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