Já ouviu falar de uma empresa que simplesmente desapareceu? Pois foi
isso mesmo que aconteceu com a operadora celular brasileira Unicel, de
acordo com informações do jornal Valor Econômico.
Como aponta a reportagem, nem mesmo a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) sabe sobre o paradeiro da companhia, e até
publicou um comunicado no “Diário Oficial da Uníão”, em agosto, dizendo
que “a Unicel se encontra em local incerto e não sabido.” Procurada pelo
jornal, a Anatel também não soube informar se a operadora continua em
atividade.
E, como não poderia deixar de ser, a Unicel sumiu do mapa sem deixar
rastros, mas deixando muitas reclamações – mais de 70 no site Reclame
Aqui, principalmente sobre falta de sinal de rede, e outras 36 no
Proteste em 2010 – e inúmeras dívidas como suas heranças malditas. No
entanto, até mesmo as ações contra a empresa, que incluem pedidos de
falência, caminham lentamente na Justiça porque os oficiais não a
encontram para entregar as notificações.
A companhia está devendo cerca de 100 milhões de reais referentes a
pagamentos de licenças compradas em leilões realizados pela Anatel em
2005 e 2007, sendo uma para atuar na Grande SP e outra uma faixa de
extensão – as licenças podem ser perdidas caso os pagamentos não sejam
efetuados, de acordo com a Anatel.
Segundo o Valor, a “operadora fantasma”, cujo nome comercial é Aeiou,
não envia informações à Anatel desde maio deste ano, quando tinha 14
mil clientes no país, número que representava apenas 0,007% dos
assinantes móveis brasileiros. Lançada em 2008 na Grande SP, a Unicel
planejava chegar a 500 mil assinantes em um ano, mas não passou dos 22
mil no auge.
A Unicel esteve envolvida em outra polêmica no ano passado, após
surgirem suspeitas de um suposto favorecimento para a operadora por
parte da ex-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, no ano passado, cujo
marido, José Roberto Camargos Campos, trabalhava como consultor da
operadora celular.
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