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Prazo para habilitação de rádios comunitárias vai até dia 23


Entidades interessadas em operar uma rádio comunitária têm 10 dias para se inscrever junto ao MiniCom. Aviso contempla 86 localidades de todo o país
Radiodifuso_2Brasília, 14/02/2011 – Até o dia 23 de fevereiro, o Ministério das Comunicações recebe inscrições para o aviso de habilitação em rádios comunitárias, que contempla 86 localidades de 19 estados do país. Segundo o diretor de Outorgas da Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica, Dermeval Silva Júnior, o aviso não será prorrogado.

O diretor de Outorgas ressalta a importância da inscrição por parte das entidades (fundações e associações comunitárias) com a apresentação da documentação necessária - mesmo que já tenham manifestado interesse antes. “É a única maneira de conseguir outorgas na análise normal do processo”, explica.

Para efetuar o cadastro, são necessários formulários que estão disponíveis mo portal do Ministério das Comunicações (www.mc.gov.br), no item “Rádio Comunitária”. Também é preciso pagar uma taxa de cadastramento no valor de R$ 20,00. Somente podem se habilitar associações comunitárias e fundações legalmente constituídas, que tenham sede no município.

Sobre o aviso de habilitação

O aviso de habilitação é o meio utilizado pelo MiniCom para tornar público o chamamento de todas as entidades que desejem executar o serviço de radiodifusão comunitária em determinadas localidades. O aviso é importante porque indica as localidades com canal disponível para o serviço. Isso permite a participação tanto das entidades que já manifestaram interesse em operar o serviço quanto daquelas que ainda não enviaram ao ministério o formulário de demonstração de interesse, disponível no site. Após a publicação do aviso, as entidades têm um prazo para apresentar toda a documentação solicitada pelo ministério.  A seleção é feita a partir da análise desses documentos. Depois de publicada a portaria de autorização, a entidade deve aguardar a emissão de uma licença de funcionamento para iniciar o serviço.

Para obter mais informações sobre outorgas de Rádio Comunitária, entre em contato com a Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica do MiniCom pelo  endereço eletrônico ssce.atendimento@mc.gov.br ou pelos telefones (61) 3311-6592, 3311-6594 e 3311-6177.

Veja os municípios e localidades abrangidos pelo aviso de habilitação com prazo até 23 de fevereiro:


UF
Localidade
Canal
AM
Japura
200
AM
To n a n t i n s
200
BA
Antônio Gonçalves
285
BA
Caetanos
200
BA
Campo Alegre de Lourdes
285
BA
Cardeal da Silva
285
BA
Ipecaetá
200
BA
Iraquara
285
BA
Itaguaçu
200
BA
Jaguaquara
285
BA
João Dourado
285
BA
Jussara - Distrito de Recife
285
BA
Mansidão - Distrito de Aroeiras
200
BA
Presidente Dutra - Distrito de Campo Formoso
285
BA
Santa Rita de Cássia - Assentamento Antonio Conselheiro II
200
BA
Uibaí - Distrito de Hidrolândia
285
CE
Cedro - Distrito de Santo Antônio
285
CE
Cedro - Distrito de Várzea da Conceição
285
CE
Ibaretama
285
DF
Condomínio Jardim Botânico
251
DF
Riacho Fundo
251
ES
Presidente Kennedy
200
GO
Cidade de Goiás
251
GO
Inhumas
200
GO
Itaberaí
200
GO
Goianésia
200
GO
Goiânia - Jardim Guanabara I
200
GO
Goiânia - Jardim Primavera
200
GO
Goiânia - Goiânia Viva
200
GO
Professor Jamil
200
GO
Rio Quente
254
GO
Santa Terezinha de Goiás
200
MG
Betim
200
MG
Divino das Laranjeiras
285
MG
Monte Formoso
285
MG
Montes Claros
285
MG
Prados - Comunidade Vitoriano Veloso
254
MG
São Francisco - Distrito de Morro
200
MG
Ubaporanga - Distrito de São José do Batatal
285
MT
Guiratinga
285
MT
Juruena
200
MT
Nova Marilândia
285
MT
Peixoto de Azevedo
285
MT
Pontes e Lacerda
285
MT
Sinop
200
PB
Duas Estradas
285
PB
Pararí
200
PB
Passagem
290
PE
Lagoa do Ouro
285
PE
São Lourenço da Mata
253
PI
Corrente
200
PI
Cristino Castro
200
PI
Jardim do Mulato
200
PI
Sebastião Barros
200
PR
Agudos do Sul
252
PR
Ampere
254
PR
Arapongas
220
PR
Campina da Lagoa
285
PR
Campina Grande do Sul
252
PR
Itapejara do Oeste - Vila Barra Grande
285
PR
Itapejara do Oeste - Vila Coxilha Rica
285
PR
Nova Esperança
290
PR
São José dos Pinhais
252
RJ
São João da Barra
200
RN
Açu
285
RN
Apodi - Comunidade Santa Rosa
200
RN
Carnaubais
285
RN
Carnaúba dos Dantas - Povoado Ermo
200
RN
Taipu - Vila Gameleira
200
RO
Ji-Paraná - Distrito de Nova Londrina
285
RO
Porto Velho - Distrito de Nova Califórnia
290
RO
Porto Velho - Distrito de Vista Alegre
290
RO
Presidente Médice - Distrito de Estrela de Rondônia
200
RO
Espigão do Oeste - Distrito de Boa Vista do Pacarana
200
RR
Caroebe
200
RS
Amaral Ferrador
285
RS
Cerro Grande do Sul
198
RS
Espumoso
285
RS
Ijui
290
RS
Jaboticaba - Vila Trentim
200
RS
Jaquirana
200
RS
Rio Pardo
285
RS
Santa Vitória do Palmar
200
RS
São José do Hortêncio
198
SC
Balneário Barra do Sul
200
SP
São Lourenço da Serra
198

Secretaria de comunicação do Minicom quer diminuir burocracia para poder formular políticas

O novo secretário de comunicação eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins de Albuquerque Neto, estabeleceu uma prioridade central para sua gestão. "Precisamos modernizar e agilizar todos os nossos processos internos. É isso que fará com que não sejamos apenas um cartório, como é hoje, e possamos nos dedicar também à formulação de políticas", disse o novo secretário a este noticiário. Albuquerque tem duas metas traçadas: uma de curto prazo, que é eliminar redundâncias e etapas desnecessárias nos procedimentos que hoje são seguidos pela secretaria na análise dos milhares de pedidos e processos. Nesse caso, existe uma data interna de trabalho até 31 de março para que sejam apresentados os primeiros estudos do que pode ser melhorado, e como. "A implementação desses novos procedimentos deve acontecer até maio, e se tudo correr bem, no segundo semestre podemos ter de forma mais clara as demandas e retomar as atividades de outorgas", diz o secretário. Até lá, tudo deve ficar suspenso, explica, "para não aumentar a fila".

A segunda etapa é bem mais complexa e envolve digitalizar os processos internos, torná-los acessíveis para os interessados pela Internet e eliminar a burocracia em papel. Esse trabalho deve levar pelo menos os quatro anos do governo Dilma Rousseff. "Espero pelo menos colocar a semente desse novo projeto". Genildo Albuquerque teve uma experiência semelhante quando atuava no Ministério do Planejamento, que foi a informatização dos processos de convênios entre o Governo Federal e as prefeituras. "Lá, levou dois anos, mas o Ministério do Planejamento tinha muito mais recursos do que aqui". O resultado, diz, foi a eliminação quase que completa de todo o fluxo de papel. "Não pretendemos que a burocracia seja substituída por cópias escaneadas de documentos. Teremos que mudar toda a estrutura de tramitação dos pedidos". Uma das dificuldades dessa informatização, diz Genildo Albuquerque, é a integração entre os processos de outorgas e as demandas pós-outorgas. Outro problema é em relação ao acesso público. "Quanto mais aberto forem esses processos na Internet, mais segurança precisaremos colocar, estabelecer hierarquias, e tudo isso consome tempo. Por isso não posso dizer que tudo estará aberto ao público imediatamente".

Ele diz que hoje o ministério não consegue manter um registro preciso de quantos pedidos de todas as naturezas estão sendo analisados ou do tempo que eles levam para ser processados. Estes pedidos vão desde a solicitação de outorgas até alterações técnicas, societárias e contratuais, sem falar no processamento dos editais de outorga e nos processos sancionatórios.

Sem mudança nas outorgas

A nova secretaria de comunicação eletrônica do Minicom comemora a transferência total das funções fiscalizatórias e sancionatórias para a Anatel como uma forma de desafogar os trabalhos internos. "Nas questões técnicas, isso está previsto em lei. A mudança é uma forma de fazer a lei ser cumprida mais rapidamente", diz. Mas o novo secretário rechaça veementemente qualquer hipótese de alteração do papel de outorga de radiodifusão, especificamente uma transferência dessa função para a Anatel. "Quem faz a análise e concede outorgas é o Ministério das Comunicações e isso está expresso na legislação. Não pretendemos mudar", diz Genildo Albuquerque, deixando claro que se essa discussão acontecer será no âmbito do debate de um novo marco legal das comunicações. "Nada disso ainda está sendo tratado agora", diz.

Problemas futuros

Genildo Albuquerque reconhece que hoje o Ministério das Comunicações tem pouco conhecimento econômico sobre o setor de radiodifusão. Ele se refere às relações entre as empresas (por exemplo, contratos de afiliação), bem como dados sobre empregos, faturamento e programação das emissoras de TV. Uma parte destas informações, sobretudo as de natureza geográfica e contratual, diz o secretário, pode ser conseguida quando tudo estiver informatizado, mas um acompanhamento mais minucioso seria impossível agora e, se for feito, é uma meta de longo prazo, explica.

Sobre as constantes demandas que chegam na secretaria de comunicação eletrônica, sobretudo de parlamentares, o secretário diz acreditar que elas diminuirão quando a tramitação for automatizada e ágil. "Hoje existem demandas que deixarão de fazer sentido nesse novo cenário", explica

Samuel Possebon