Banda larga móvel tem atenção especial

Agência Estado


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Com pouco mais de um ano de operação no Brasil, a banda larga pela telefonia celular já corresponde hoje a um terço dos 18 milhões de acessos à internet em alta velocidade do País e a expectativa é de que, já em 2010, ultrapasse o número de conexões pela rede fixa das empresas de telefonia e de TV paga. A previsão de crescimento é do superintendente de Serviços Privados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Jarbas Valente, que coordena um programa preventivo para evitar panes na banda larga móvel.O alerta para possíveis problemas veio principalmente do crescimento acelerado do mercado, que dobrou de tamanho desde o início do ano, chegando a 6,28 milhões em agosto. Esse crescimento levou a Anatel a montar dois grupos de acompanhamento, com a participação das empresas, para avaliar se a expansão das redes estava ocorrendo na mesma proporção. Valente disse, em entrevista à Agência Estado, que o trabalho dos dois grupos - técnico e estratégico - permite identificar onde estão os gargalos do tráfego de dados, onde existe mais demanda e onde é necessário mais investimento.

Uma reunião de avaliação com os presidentes das operadoras está marcada para dia 25 de novembro e o foco será o Natal, quando aumenta consideravelmente o volume de acessos, ligações e a venda de celulares e modems para conexão à internet.

De janeiro até agora, de acordo com o superintendente, as empresas aumentaram em 50% o número de antenas de celulares de terceira geração (3G) para atender o crescimento da demanda por banda larga, chegando a 15,4 mil antenas, de um total de 45 mil.

Além do aumento do número de modems para conexão móvel, foi detectada também uma elevação no uso da internet pelo brasileiro, acima das médias internacionais. Com isso, as centrais de distribuição do tráfego de dados, que tinham capacidade para 2 gigabytes, foram ampliadas para 8 gigabytes e estão passando para 13 gigabytes. De acordo com o plano de prevenção, as empresas estão orientadas pela Anatel a reduzir a publicidade sempre que a demanda ficar próxima da capacidade das redes. A propaganda é retomada, de acordo com a orientação da Anatel, quando a expansão é feita.

A agência reguladora recomendou também às empresas que não usem a mesma estrutura para encaminhar as ligações e as conexões à internet. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.



http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/10/13/banda+larga+movel+tem+atencao+especial+8816042.html