Enfim, o PL 29/2007 foi aprovado na Comissão de
Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) em uma rápida
votação, unânime, nesta quarta-feira, 2. A votação pode ter sido
rápida, mas a sessão durou mais de dez horas, com duas suspensões por
conta da Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados. Apesar da
vitória de hoje, comemora com muitos aplausos de todos os presentes na
comissão, a batalha para a aprovação do PL 29 ainda não terminou.
O segundo capítulo da votação será na próxima
sessão da CCTCI, agendada para a quarta-feira, 9, quando serão votados
os destaques mantidos pelos deputados mesmo após as negociações que se
alongaram durante o dia de hoje. Cinco assuntos serão votados em
separado. Dois deles já eram esperados: cotas e contribuição de fomento
para a produção de conteúdos nacionais.
As duas emendas destacadas pelo deputado Paulo Bornhausen
(DEM/SC), autor do projeto, pedem a exclusão completa dos capítulos que
tratam desses temas (capítulos V e VI). Esses tópicos são os mais
polêmicos do lote de destaques.
Outro tema com votação separada está em um destaque de autoria
do deputado Jorginho Maluly (DEM/SP), que pretende ampliar o conceito
de espaço qualificado, incluindo programas jornalísticos, esportivos,
religiosos, de auditório e debates no rol para da classificação do
conteúdo. Alguns segmentos acreditam que este destaque já foi
contemplado em parte pelo relator, deputado Paulo Henrique Lustosa
(PMDB/CE), em seu complemento de voto e que a alteração não precisa
mais ser feita.
Lustosa incluíu no rol de programas que compõe o "conteúdo
qualificado" programas de variedades, que antes estavam no lote de
exclusões. Com essa mudança, diversos programas já veiculados hoje e
que não eram considerados "qualificados" passam a ter essa
classificação já com o texto-base aprovado.
Uma proposta surpreendente que também passará por votação em
destaque foi feita pelo deputado Sandes Júnior (PP/GO). O parlamentar
sugere que o Estado arque com os custos do must carry. O assunto não
foi apaziguado nas negociações e será debatido na próxima quarta.
Por fim, o deputado Júlio Semeghini (PSDB/SP) apresentou
destaque sugerindo que o mesmo período de transição para o cumprimento
das cotas de veiculação de conteúdo seja concedido aos novos entrantes
no mercado. Pelo texto aprovado hoje, a transição, de dois anos, vale
apenas para quem já está atuando no mercado de TV paga e mude sua
licença para o Serviço de Acesso Condicionado (SAC). Caso o destaque
seja aprovado, a política de cotas só passaria a valer plenamente em
2011 para todos as empresas de TV por assinatura, sendo elas já
atuantes no mercado ou novas autorizadas.
Durante a sessão, o projeto chegou a receber 23 destaques, mas
as negociações conduzidas pelo presidente da CCTCI, deputado Eduardo
Gomes (PSDB/TO) e por Lustosa asseguraram a redução para apenas cinco,
facilitando os trabalhos na próxima reunião. Mesmo segmentos reticentes
ao projeto agora defendem que nenhum destaque deve ser aprovado, nem
mesmo o que põe fim às cotas de programação. Assim, é bastante provável
que a CCTCI consiga concluir ainda neste ano a votação do PL 29, com a
análise e deliberação dos destaques na próxima semana, contrariando boa
parte das apostas de que o projeto só sairia da comissão em 2010.
Mariana Mazza
Fonte: http://www.teletime.com.br/News.aspx?ID=157995
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