Telefônica anuncia investimento de R$ 3,5 bilhões

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A Telefônica investirá no Brasil R$ 3,5 bilhões este ano em telefonia fixa, celular, banda larga e TV por assinatura, entre outros serviços, anunciou ontem o presidente da grupo no Brasil, Antonio Carlos Valente. Os investimentos beneficiarão a concessionária e as outras empresas do grupo, como a operadora Vivo (na qual divide o controle com a Portugal Telecom), o portal Terra e a empresa de call center Atento.

Somente na Telefônica, serão investidos R$ 2,3 bilhões.

Valente disse que os investimentos deverão superar o compromisso feito com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2007. Na época, a Telefônica previa investir R$ 15 bilhões no período entre 2007 e 2010. A empresa garante que no fim deste ano terá investido R$ 16,3 bilhões. "O mercado brasileiro é muito importante para a Telefônica", afirmou.
Considerando uma taxa de crescimento de 5% do produto interno bruto (PIB), Valente disse que a expectativa da Telefônica para o País é de que se mantenha o cenário de estabilidade econômica, independente do resultado da eleição presidencial.
O executivo não detalhou os números de 2010, mas afirmou que os investimentos para a expansão da banda larga, uma das prioridades do grupo, devem manter o mesmo patamar do ano passado, de R$ 770 milhões. "Queremos que este ano seja o melhor em banda larga." Hoje, a empresa tem 2,6 milhões de clientes no serviço de internet rápida Speedy.
No ano passado, a Telefônica conquistou 81 mil assinantes do Speedy. Isso equivale a dois meses do crescimento registrado pela empresa em 2007, quando conseguiu 487 mil novos clientes de banda larga durante o ano. O baixo crescimento em 2009 é um reflexo das panes sofridas pela companhia.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) suspendeu as vendas do Speedy durante dois meses. Entre julho de 2008 e junho de 2009, quando a comercialização do serviço foi interrompida, a Telefônica sofreu cinco grandes panes, sendo quatro do Speedy e uma da telefonia fixa.
A Anatel só liberou as vendas depois de a operadora apresentar um plano para garantir a disponibilidade do serviço. O executivo falou que os investimentos feitos no ano passado melhoraram a segurança e a qualidade dos serviços.
Valente voltou a defender a participação da iniciativa privada no projeto do governo de massificação da banda larga e criticou a possibilidade de reativação da Telebrás para ser a operadora da banda larga. "Vai ser uma empresa a mais", comentou.
Ele defendeu a iniciativa privada, alegando que presta um serviço "mais rápido, mais barato e mais efetivo", afirmou. A experiência acumulada pelas empresas privadas, segundo ele, é um fator de vantagem em relação a uma estatal. Semana passada, em entrevista ao Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou a possibilidade de reativação da Telebrás.
Ele não descartou a participação das empresas privadas, inclusive defendeu um entendimento com o governo, mas apontou algumas condições: "Se forem criados incentivos para que o mercado oferte e também pelo lado da demanda haja uma maior capacidade de compra, como o Estado de São Paulo criou a banda larga popular, será muito mais fácil para que esse processo venha a ocorrer". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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