ZTE busca visibilidade no Brasil

A gigante de telecom chinesa aumentará no país seu investimento em produtos para o consumidor final, como aparelhos e modem de acesso à internet sem fio

Por Silvia Balieiro, enviada especial a Barcelona*
Wu, da ZTE, durante encontro com jornalistas na Mobile World Congress 2010: de olho no Brasil
 
 
Como líder mundial no fornecimento de equipamentos de telecomunicações e soluções de rede, a chinesa ZTE é uma empresa bastante conhecida pelas operadoras de telefonia móvel e fixa. Porém, entre os usuários comuns, que apenas compram os celulares, a empresa ainda é pouco conhecida no mercado brasileiro. Para este ano, a companhia tem entre os seus objetivos aumentar a sua popularidade. Para isso, aumentará seu investimento em produtos para o consumidor final, como aparelhos e modem de acesso à internet sem fio. A informação foi dada por Wu Zengqi, vice-presidente para América Latina da ZTE, durante o Mobile World Congress, o maior evento de celulares do mundo, que acontece esta semana em Barcelona, na Espanha. Aqui na feira, a empresa mostrou alguns de seus próximos produtos. São aparelhos como o ZTE Bingo, um smartphone ultrafino com uma tela sensível ao toque de 3,2 polegadas, que vem equipado com um acelerador de rede, capaz de, segundo a fabricante, fazer downloads numa velocidade de 7.2 Mbps. Além disso, o Bingo tem uma característica que nem o iPhone conseguiu: o suporte ao Flash, da Adobe.

Bingo: o novo aparelho da ZTE tem algo que o iPhone não tem, o suporte ao Flash
Além do Bingo, a ZTE apresentou outros cinco modelos de smartphones que rodam o Android, o sistema operacional do Google. Quais dos aparelhos serão lançados no Brasil ainda não se sabe. Tudo dependerá de acordos com as operadoras.

O posicionamento da empresa no mercado brasileiro é estratégico para a ZTE. O Brasil representa hoje 2% das vendas totais da fabricante chinesa no mundo e mais da metade do mercado latinoamericano. Além disso, junto com a China, o Brasil é o país que tem apresentado o maior crescimento em vendas. A empresa ainda não fechou o balando do ano passado, mas já adianta que as vendas no Brasil cresceram 92% em 2009, enquanto no mundo o acréscimo foi de 10%. “O Brasil e a China estão numa posição muito parecida no panorama mundial. São países que sofreram menos com a crise e são carentes de infraestrutura tecnológica”, diz Wu.

4G é o futuro
Preocupada com inovação, a ZTE investe 10% do seu faturamento na área de pesquisa e desenvolvimento. “Somos nós que apresentamos para as operadoras o que elas usarão no futuro”, afirma Wu. Neste momento começam a entrar em fase de testes algumas redes 4G. Essa nova tecnologia é uma evolução da atual rede 3G, que promete melhorar a velocidade de transmissão de dados, fazendo o acesso à internet pelo celular se igualar a um acesso por fibra óptica. A maior velocidade dará aos aparelhos móveis a capacidade de acessar conteúdos e serviços multimídia com mais rapidez, além do suporte a vídeos de alta resolução.

* A jornalista viajou a convite da ZTE 

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