Costa diz que não tem mais o que falar sobre banda larga

O Ministro das Comunicações, Hélio Costa, optou por não fazer nenhum comentário sobre o Plano Nacional de Banda Larga nesta segunda-feira, 29. Único ministro ausente na cerimônia de lançamento do PAC, Costa brincou ao ser questionado sobre os motivos de o plano não ter sido incluído no plano de investimentos do governo. "Hoje não vou falar nada sobre banda larga. Hoje sou banda estreita", afirmou, após cerimônia de concessão de canais de TV digital realizada ao mesmo tempo em que ocorria o anúncio do PAC.

Mais tarde, depois de um evento no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - sede provisória do Planalto, que passa por reformas -, Costa resolveu anunciar a iminente mudança na estrutura da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). Conforme antecipado por este noticiário na última sexta-feira, 26, a estatal deverá virar uma sociedade anônima de capital fechado, a Correios do Brasil S/A.

Costa deverá conversar com lideranças políticas nesta terça, 30, para prepará-las para o recebimento da medida provisória que fará a mudança na empresa. "É uma medida muito importante porque vai dar condições para que os Correios se modernizem e possam competir no mercado internacional", avaliou. O ministro não entrou em detalhes sobre a proposta, mas o texto ampliaria as atividades dos Correios, permitindo que ele passe a prestar serviços eletrônicos.

Essa seria a porta de entrada para que os Correios possam disputar de fato o posto de "gerente" do PNBL no lugar da Telebrás. Ao ser questionado sobre o assunto, Costa esquivou-se. "Sobre o PNBL, acho que vocês (jornalistas) têm que perguntar às áreas competentes, que são a Casa Civil e o Ministério do Planejamento. O que o Ministério das Comunicações tinha a contribuir com o plano está no relatório de 250 páginas que já foi entregue", afirmou o ministro, citando a proposta paralela elaborada pela pasta em parceria com as empresas no ano passado.

Mariana Mazza