Da redação
::
Convergência Digital
:: 02/03/2010
O ex-ministro e ex-deputado José Dirceu publicou nesta terça-feira, 2/3, em seu blog,
uma extensa nota com o que chamou 'de ponto final no caso Eletronet'.
Nela, considera que o episódio é um ataque eleitoral, sustenta que são
caluniosas as reportagens que o acusam de fazer lobby relacionado à
rede de fibras óticas da Eletrobrás e que o objetivo é, além de atingir
a candidatura da ministra Dilma Roussef à presidência pelo PT, minar o
Plano Nacional de Banda Larga.
A nota é, no fundo, um apanhado dos desmentidos dados ao longo da
última semana pelo próprio José Dirceu como também pela Eletrobrás,
Advocacia Geral da União e pelo ex-ministro Luiz Gushiken. Vão na linha
de demonstrar que não há lucro para sócios privados da Eletronet e que
Dirceu não teve participação no projeto de utilização das fibras óticas
para a oferta de acesso banda larga à internet.
“A consultoria que prestei à empresa Adne, do empresário Nelson dos
Santos, ocorreu entre março de 2007 e setembro de 2009. Começou,
portanto, dois anos após a empresa Contem Canadá ter adquirido do
grupo norte-americano AES 51% da Eletronet, por R$ 1, em troca de
assumir percentual idêntico da dívida da empresa, estimada atualmente
em R$ 800 milhões. Logo, se minha consultoria (à Adne, não à Star
Overseas ou à Contem) se iniciou dois anos depois de o empresário ter
feito tal negócio de risco, não pode ter sido eu a sugerir-lhe que
fizesse a aposta. Àquela época, 2005, eu sequer conhecia Nelson dos
Santos”.
“A Folha passou a semana tentando manter o caso aceso. Com a já
esperada ajuda da revista Veja, que novamente mirou a pena caluniosa
contra mim. Os dois veículos dizem que participei ativamente da decisão
sobre os rumos da Eletronet, notícia previamente desmentida em
entrevista do ex-ministro Luiz Gushiken, publicada por O Globo, na 5ª
feira. Nessa reportagem, Gushiken conta que foi em sua gestão à frente
da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo que começou a se
pensar no uso da rede de fibras da Eletronet.”
O ex-ministro reproduz ainda as notas divulgadas pela AGU e pela
Eletrobrás em resposta as reportagens que acusam Dirceu de fazer lobby
em benefício do empresário Nelson dos Santos, da Star Overseas, que
comprou participação na Eletronet e, segundo o próprio declarou à
imprensa, espera lucrar R$ 200 milhões com a eventual reativação
daquela empresa.
Tanto a AGU quanto a Eletrobrás lembram que o governo retomou a
posse da rede de fibras óticas do sistema de transmissão e distribuição
de energia, fibras que são da Eletrobrás e que foram cedidas à
Eletronet – uma sociedade em que o grupo AES tinha 51% e a Eletropar
49%.
Lembram, ainda, que por conta da ação de retomada da posse das
fibras, diante do pedido de falência da Eletronet, a Eletrobrás
apresentou caução (R$ 270 milhões) destinada a atender “exclusivamente
eventuais direitos de credores da Eletronet e não dos seus sócios”.
Além disso, sustentam que “eventual reativação da Telebrás não vai
gerar receitas ou direitos de crédito para a massa falida da Eletronet,
seus sócios, credores, ou qualquer grupo empresarial com interesses na
referida massa falida”.
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