O número de assinantes de celular cresce cada vez mais lentamente e, de acordo com previsões da ABI Research, esse crescimento tenderá para zero em meados de 2011.
"Há ainda algum potencial de crescimento em assinaturas de serviços EDGE (28%) e em serviços de voz GSM (8%), mas as assinaturas GPRS estão encolhendo", comentou o vice-presidente de previsões da ABI, Jake Saunders.
"Assinaturas 3G e 3,5G, por sua vez, devem crescer à medida que a 'busca por velocidade' encoraja usuários a fazer o upgrade", disse. "No fim de 2009, havia 181 milhões de assinantes HSxPA. No mundo, as assinaturas de banda larga móvel chegaram a 271 milhões, com uma taxa de crescimento ano após ano de 43%."
Os números globais de assinatura de celular ultrapassaram 4,35 bilhões no fim de 2009, com um crescimento ano após ano de 10,4%.
Efeito da crise
As assinaturas de celular sofreram uma desaceleração perceptível na primeira metade de 2009, época em que mercados emergentes sentiram a crise econômica.
A taxa de adoção diminuiu, e quem já era usuário reduziu os gastos com celular. Mas, desde então, a adesão ao telefone móvel se recuperou, resultando numa penetração de 66%.
A maioria dos países industrializados ultrapassou a barreira dos 100% de penetração no fim da década de 1990, com a ajuda de planos pré-pagos.
"Há uma perspectiva real de que, nos próximos cinco a dez anos, a penetração do celular em alguns países desenvolvidos ultrapasse a marca de 200%", ressaltou o analista Bhavya Khanna.
"Dongles USB, modems embutidos em netbooks, laptops, tablets e eletrônicos testarão a definição de 'assinante móvel'. As operadoras terão que evoluir para múltiplos aparelhos por assinatura, para reter clientes", disse Khanna.
A região de Ásia-Pacifico responde por 45% do mercado global de celular, um salto significativo se comparado aos 29% que detinha dez anos atrás. O segundo mercado é Europa Ocidental (13%), seguido da América do Norte (7,2%).
Na Ásia-Pacífico, a penetração do celular atingiu 52% comparado a 140% na Europa Ocidental e 93% na América do Norte. Espera-se que a penetração do celular incluirá 80% da população mundial até 2014.
Segundo números divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações, o Brasil fechou fevereiro com 91,87 terminais de acesso móvel para cada 100 habitantes.
(Harrington Curve)
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