Banda larga móvel rural depende de acordo com a PF


Por Verônica Couto, para o IDG Now!

PF gastou US$ 100 milhões em equipamentos de rádio que operam na frequência do serviço - de 450MHz a 470MHz e precisará deixá-la livre, segundo modelo do Plano Nacional de Banda Larga. O edital deve prever o ressarcimento.

A liberação das faixas de frequência de 450MHz a 470MHz para telefonia móvel (SMP) em áreas rurais, prevista no modelo de Plano Nacional de Banda Larga a ser apresentado ao presidente Lula nas próximas semanas, depende de um acordo com a Polícia Federal.
O motivo: a PF investiu 100 milhões de dólares em equipamentos de trunking (rádio) que operam nesta faixa de frequência, e precisará deixá-la livre. De acordo com o gerente de engenharia de espectro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Marcos Oliveira, uma possibilidade será incluir, no edital, a obrigação de ressarcimento desses recursos pela operadora que comprar espectro para prestação dos serviços.
Oliveira diz que estão sendo feitas reuniões com representantes da PF para chegar a uma estratégia de liberação da faixa. O projeto para aproveitamento da faixa 450MHz a 470MHz deverá contar com verbas de fundo setorial, de acordo com o representante da Anatel, para viabilizar o modelo de negócios para atendimento em áreas de baixa densidade populacional. Ele participou, junto com representantes de operadoras e da indústria, de debate sobre regulamentação da comunicação móvel, nesta terça-feira (30/03), em São Paulo, durante o lançamento da 10ª Rio Wireless International Conference, programada para acontecer no Rio de Janeiro no dia 12/05, com as redes de quarta geração da telefonia móvel como tema.
Se o acordo para uso das frequências de 450 MHz a 470 MHz em telefonia móvel for fechado, a PF vai migrar seu serviço de trunking para a faixa de 380MHz a 400MHz. A faixa de 360MHz a 380MHz será destinada ao chamado serviço limitado, e a de 225MHz a 270MHz, para redes Meesh ou Ad hoc. Oliveira lembra que, em tese, o leilão dessa frequência estava previsto para sair até o final do ano. E que há, no governo federal, uma pressão para uma solução que a permita integrar o Plano Nacional de Banda Larga. A tecnologia é propícia à inclusão digital por oferecer maior alcance, logo menores custos de implantação. Quanto mais baixa a faixa, maior a abrangência. Por exemplo, em 2,5 GHz, o alcance é muito menor.

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