:: Luís Osvaldo
Grossmann
::
Convergência
Digital
Atenta
à iminência da definição do Plano Nacional de Banda Larga, a Oi foi
apresentar nesta sexta-feira, 9/3, uma proposta de colaboração e
participação na meta do governo de massificar o uso de internet no país.
Mas o que chegou a ser tratado como um “novo” plano da operadora para a
banda larga parece uma versão requentada do que tem sido defendido
pelas operadoras há vários meses: o governo reduz impostos e a empresa
promete acesso nos preços pretendidos pelo PNBL.
O pedido de reunião partiu da Oi e foi defendido na véspera pelo
presidente o BNDES, Luciano Coutinho durante a reunião de ministros e
técnicos com o presidente Lula sobre o Plano Nacional de Banda Larga.
Além de Coutinho, alguns ministros defenderam a participação da
concessionária, o que chegou a surpreender o próprio presidente pelas
dimensões do que foi mais tarde jocosamente tradada como “a bancada da
Oi”.
Já o presidente da operadora, Luiz Eduardo Falco, evitou dar detalhes
da exposição de quase uma hora que fez para a ministra-chefe da Casa
Civil, Erenice Guerra, ´para o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Também participaram do encontro o coordenador dos programas de inclusão
digital, Cezar Alvarez, e do Secretário de Logística e TI do
Planejamento, Rogério Santanna.
O executivo disse apenas que demonstrou como a infraestrutura já
existente pode ser aproveitada para fazer o plano de maneira mais
econômica. Mas não perdeu a oportunidade de repetir o mantra de que
o Plano Nacional de Banda Larga não pode prescindir da participação da
empresa, concessionária de telefonia fixa em todos os estados
brasileiros, com exceção de São Paulo. “Somos nós que fazemos a
universalização no país”, afirmou.
A empresa está de olho na prestação do acesso aos usuários,
especialmente diante da possibilidade do governo optar por fazer ele
mesmo esse serviço. Para isso, Falco apresentou uma estrutura de custos e
sustentou que com a utilização de recursos do Fust e com a redução de
impostos, inclusive estaduais (ICMS), seria possível levar o acesso
pelos R$ 35 que representam o teto das projeções do PNBL para custo ao
consumidor.
Nessa linha, a Oi chegou a sugerir que o Plano Nacional de Banda
Larga adote uma estratégia semelhante a que já existe no programa Luz
para Todos – de universalização do uso da energia elétrica –, em que o
governo subsidia parte da conta diretamente aos consumidores. Além
disso, foi considerado que até o fim deste ano, as concessionárias de
telefonia devem levar backhaul a todos os municípios do país.
Ainda que medidas como essas já façam parte das discussões do PNBL e
venham sendo defendidas pelas teles ao longo dos últimos meses, o
governo considerou positivo o movimento da Oi. “A empresa já não tem uma
abordagem que possa colidir com o plano do governo”, salientou o
secretário de Logística e TI, Rogério Santanna.
Nenhum comentário:
Postar um comentário