Contando com os R$ 1,214 bilhões que gastou no leilão da banda H, a Nextel projeta uma necessidade de investimentos de R$ 4,5 bilhões a R$ 5,5 bilhões nos próximos cinco anos para a construção da rede, expansão de sua estrutura e marketing. Esse é o único valor de referência que o presidente da empresa, Sérgio Chaia, detalhou na coletiva de imprensa convocada para falar da vitória no leilão. Segundo ele, o espectro adquirido pela Nextel e as licenças de SMP permitem à operadora dobrar a sua capacidade de crescimento. Hoje, a Nextel está presente em áreas que respondem por cerca de 63% do PIB brasileiro. Com as novas faixas, deve cobrir 90%, ou 183 milhões de pessoas. “É um grande desafio, mas já somos o quinto player, e agora poderemos expandir a nossa oferta”, diz Chaia.
Mas a Nextel, ao levar a banda H, ganhou também obrigações de cobertura, o que não tinha até agora com a oferta apenas do Serviço Móvel Especializado (SME), o que exigirá pesados investimentos. “Temos agora um plano de 100 dias desenhado, período no qual nossa prioridade será contratar pessoas, fechar acordos com fornecedores e traçar os planos de produtos”, afirma Chaia. Mas ele não dá uma data provável de lançamento do serviço 3G, nem diz onde isso acontecerá primeiro. “Primeiro precisamos preparar a rede para o nível de serviço que queremos”, afirma, sem dizer nem mesmo se isso acontecerá em 2011.
Os recursos a serem investidos devem ser gerados, em parte, com o próprio caixa da operação brasileira, que nos primeiros nove meses do ano gerou um EBITDA de US$ 600 milhões, mas a Nextel também afirma ter garantias de crédito de bancos suficientes para o projeto de expansão da empresa. Sérgio Chaia que a operadora está disposta a compartilhar a sua infraestrutura com outros operadores e aberta a negociações para compartilhar a rede dos concorrentes.
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Samuel Possebon |
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