Mostrando postagens com marcador 3G. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 3G. Mostrar todas as postagens

3G cresce mais de 100% no Brasil

A internet móvel de alta velocidade, o 4G, está mais perto de chegar aos consumidores brasileiros, mas eles parecem ter adotado de vez a tecnologia anterior: o 3G.

No Brasil, 2632 municípios seguem sem acesso à rede 3G

Internet Móvel 3G / 4G - Convergência Digital
:: Ana Paula Lobo*

Na véspera do leilão das frequências 4G - agendado para esta terça-feira, 12/06, na sede da Anatel, em Brasília - o ritmo de expansão da cobertura de infraestrutura 3G segue lento no Brasil. A Vivo segue sendo a operadora com maior número de localidades cobertas: 2789. Em seguida, desponta a Claro, que nesses quatro meses de 2012, deu um 'gás' na sua infraestrutura e chegou a 220 novas localidades, alcançando 877 municípios cobertos. No geral, 66,98% dos municípios com 3G são atendidos por apenas 1 operadora.

Preço dos telefones 3G segue como barreira no Brasil

Internet Móvel 3G - Convergência Digital
:: Da redação

No primeiro semestre, os acessos de banda larga móvel cresceram 35% e chegaram a 28 milhões. Até o final do ano, as conexões móveis devem chegar a 35 milhões de acessos, o dobro estimado para a banda larga fixa no mercado brasileiro.

Smartphones impulsionam vendas de celulares no 1º tri

Internet Móvel 3G - Convergência Digital
:: Da redação

Os smartphones são campeões de venda e alavancaram o resultado da indústria móvel nos três primeiros de 2011. A venda de celulares cresceu 19,8% no primeiro trimestre do ano frente ao mesmo período do ano passado, revela a IDC. Em números, foram embarcados 371,8 milhões de unidades, com destaque para o desempenho dos países emergentes.

Agora é pra valer. Nokia e Microsoft unidas para enfrentar Apple e Google

Internet Móvel 3G - Convergência Digital
:: Ana Paula Lobo*

Agora é para valer. Nokia e Microsoft juntaram forças para disputar um lugar com o Android, do Google, e com a Apple, no mundo dos smartphones. O acordo definitivo entre as empresas foi assinado nesta quinta-feira, 21 de abril, pouco mais de dois meses após o anúncio do acerto entre as titãs no dia 11 de fevereiro e que mobilizou o Congresso de Barcelona.

Planos 3G ditos ilimitados têm restrições de consumo

Quando o assunto é plano de dados, as operadoras de telefonia celular costumam ter uma definição peculiar para a palavra “ilimitado”.

Mesmo com essa denominação, pacotes 3G –padrão de telefonia móvel para transferência de dados em alta velocidade– impõem, sim, limites. Por isso, é bom ficar atento aos asteriscos de materiais promocionais e contratos.

Assinantes de planos ditos ilimitados estão livres para baixar o quanto quiserem, mas, se ultrapassarem certa quantidade de dados, podem ter a velocidade reduzida até o fim do mês.

Esse limite costuma girar em torno de 1 a 2 Gbytes, quantidade suficiente para navegação casual, mas ínfimo se o objetivo é baixar conteúdo pesado, como discos de música e filmes.

Já os planos limitados cobram pelo Mbyte excedente, valor que pode chegar a R$ 3 –se você baixar uma música de 5 Mbytes depois de estourar o limite, por exemplo, terá que pagar R$ 15.

Fonte: Folha Online

Internet móvel: Acirra a disputa entre as teles


Internet Móvel 3G - Convergência Digital
:: Ana Paula Lobo*
 
Com ênfase cada vez maior no consumo de Internet no celular, as teles implementam pacotes atentas ao mercado pré-pago. Depois de a TIM lançar a sua oferta a R$ 0,50/dia, chegou a vez da Vivo lançar o seu, agora, com o preço de R$ 0,33/dia. A navegação, no entanto, será controlada.

O pacote da Vivo foi anunciado nesta segunda-feira, 21. A oferta da empresa é de R$ 9,90 ao mês. O serviço Internet no celular é compatível com aparelhos mais antigos - grande parte da base de terminais no país, com acesso WAP, e smartphones. Mas o cliente só poderá utilizar até 20 MB de dados, na velocidade máxima de 1Mbps.

Passado esse limite, a velocidade de transmissão será reduzida para 32Kpbs - taxa que a Vivo diz ser viável para o usuário checar e-mails e para conexões às redes sociais. Para atrair clientes, a Vivo oferece uma degustação gratuita durante 10 dias. É só solicitar o produto, via SMS, com a palavra 'grátis' para o número 1515.

A primeira tele a investir pesado na Internet pré-paga para celulares foi a TIM, com o Infintity Web, um dos grandes sucessos da estratégia da operadora para se aproximar das classes C e D. A diferença entre os serviços é que o da TIM permite a contratação diária, já a da Vivo exige uma contratação mensal.

O Infinity Web, segundo a TIM, atingiu 1 milhão de usuários únicos por dia. Em dezembro, segundo ainda a TIM, 18% dos assinantes da empresa - mais de 50 milhões - tinham tido algum tipo de acesso à Internet pelo celular. A meta é ampliar esse número para 75% num prazo de três anos.

Qualcomm aposta em 35 milhões de assinantes 3G até dezembro no país



A Qualcomm avalia que, com a queda de preços dos smartphones 3G, o Brasil vive um momento de massificação desses aparelhos. A expectativa da empresa, com base em dados da Wireless Intelligence de janeiro de 2011, é que o País, que encerrou 2010 com 24 milhões de assinantes 3G, deve passar dos 35 milhões previstos para 2011 para 135 milhões de usuários 3G em 2015.

De acordo com a diretora de marketing da Qualcomm, Jaqueline Lee, entre 2011 e 2014 devem ser vendidos 2,5 bilhões de smartphones em todo o mundo e a proporção entre venda de smartphones e telefones celulares deve passar dos pouco mais de 15% de 2009 para cerca de 45% em 2014.

No Brasil, desde agosto do ano passado, de todos os dispositivos 3G, já são vendidos mais smartphones do que feature phones. Para se ter uma ideia, em maio de 2010 a proporção de vendas era de 55% de celulares para 45% de smartphones. Em agosto, o quadro se inverteu para 33% de celulares e 67% de smartphones. Em novembro, as vendas se dividiam em 36% para celulares e 64% para smartphones.

A aposta da Qualcomm na massificação dos smartphones no mercado brasileiro é justificada: "Temos uma forte presença com nossos chipsets na plataforma Android. Somos líderes em escala, número de operadoras e fabricantes e temos cerca de cinco vezes mais modelos de dispositivos Android com nossos chips do que qualquer concorrente", comemora Jaqueline.

Snapdragon

A chegada dos primeiros dispositivos com Windows Phone 7 também está sendo comemorada já que o novo chipset da Qualcomm, o Snapdragon, foi o escolhido para equipar o novo sistema operacional da Microsoft.

A família Snapdragon é composta por chipsets com capacidade de processamento a partir de 1 GHz e previsão de economia de energia entre 50% e 75% e, por consequência, maior duração da bateria dos dispositivos.

Segundo Jaqueline Lee, até o momento já foram lançados 55 dispositivos com Snapdragon em mais de 60 operadoras e outros 125 modelos estão em desenvolvimento, incluindo tablets.

Letícia Cordeiro

Aposta do momento, Android 3.0


Não era novidade que a guerra entre os tablets iriam começar.  A  Apple, pode-se assim dizer, que inventou o mercado de tablets, com seu iPad. Agora a briga está entre  a ios  e Android.
A grande aposta para o momento é o android  3.0, desenvolvido especialmente para tablets e, que pretende chegar para mudar todas as concepções. Como sabemos, no ano passado, a apple  não produziu muitos iPads, apesar da grande comercialização, assim, não conseguiu atender a sede dos consumidores. Ao total, foram praticamente 15 milhões de aparelhos vendidos em apenas 8 meses.
O android por sua vez, decidiu entrar na dança também. Dois tablets com a plataforma android tiveram mais atenção, o Streak da Dell, e o galaxy Tab, da Sansung. Ambos não tiveram um sucesso tão grandioso  quanto o aparelho da Apple. Já havia sido comentado, que as versões do android utilizadas nesses aparelhos não eram recomendadas para tablets. Assim, a versão android 3.0, o Honeycomb foi criada. Nesta opção há vários recursos, perfeita  para uso.
Os consumidores, por sua vez, estão aguardando não somente um android repleto de inovações, mas sim, um que possua as mesmas funções do ipad porém com um preço mais acessível. A Apple, pode-se dizer que, tem uma  certa vantagem com seus concorrentes, não só por ter surgido antes mas por que já ganhou muita popularidade. Assim, quem quiser tirá-la do poder terá um grande trabalho. O Honeycomb promete mudar o jogo do android entre ios no mercado de tablets. Agora nos resta esperar e comprovar.

D-Link lança Modem 3G com tecnologia HSUPA



Noticia enviada por Regiane Fontes
(regiane@dfreire.com.br)



DWM-156 vem desbloqueado e é compatível com serviço 3G de todas as operadoras

São Paulo, janeiro de 2011 - A D-Link, líder mundial no fornecimento de soluções de redes, segurança, armazenamento de dados e vigilância IP, anuncia o lançamento do modem 3,75G DWM-156. Entre as principais características do produto está o acesso à internet com alta velocidade, com suporte a tecnologia HSUPA, por meio do sinal de telefonia celular. Essa é uma atribuição especialmente importante para conexão em locais onde não há rede wireless disponível.
”Por ser um aparelho desbloqueado, o DWM-156 é um equipamento que pode ser utilizado com a rede 3G de todas as operadoras de telefonia celular”, afirma o gerente de produtos da D-Link Brasil para a área de telecomunicações, Giovani Pacifico. “Trata-se de um produto com tecnologia avançada e que reflete os investimentos da D-Link em funcionalidades diferenciadas”, explica o executivo.
Para permitir o acesso à internet, é necessária a utilização de um SIM Card (cartão que armazena dados do assinante) com serviço 3G habilitado pela operadora. Com suporte às redes 3G nos padrões UMTS/HSUPA, o DWM-156 possui a funcionalidade de pen drive, por meio do leitor de cartão MicroSD com capacidade de leitura de um cartão com até 32GB para armazenamento de dados. Além disso, é um equipamento compacto e dispensa a utilização de baterias, cabos ou outros acessórios adicionais.
Ao ser conectado à porta USB de um desktop ou notebook, o DWM-156 permite que os usuários usufruam de todos os benefícios da internet, tais como transferir dados, baixar conteúdos multimídia e acessar e-mails, com mobilidade e em qualquer lugar. A velocidade máxima de download é 7,2 Mbps (megabits por segundo).
O preço sugerido do DWM-156 é R$ 199,00.

Sobre a D-Link

A D-Link é uma das líderes mundiais da indústria de equipamentos para infraestrutura de redes convergentes e seguras. Conta com subsidiárias nos maiores mercados do mundo e com uma extensa rede de distribuidores em mais de 90 países. Presente no Brasil desde 2001, a D-Link oferece soluções de conectividade para Casas e Escritórios, Pequenas e Médias Empresas, Grandes Corporações e organizações de Governo e Educação. Neste mês, a D-Link Brasil também inaugura um novo escritório, mais bem preparado para atender parceiros e clientes da empresa, localizado na região da Av. Luis Carlos Berrini, no bairro do Brooklin, em São Paulo. Com unidades fabris em Taiwan, China, Índia e Estados Unidos, a D-Link tem aumentado cada vez mais a sua produção, reduzindo os custos dos componentes e agilizando a entrega dos produtos da fábrica aos clientes. Com laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento em diferentes continentes, a D-Link é capaz de criar novas tecnologias e trabalhá-las nos laboratórios, levando-as aos mercados de forma rápida e compatível com as necessidades globais e locais de seus clientes.

Assessoria de Imprensa da D- Link Brasil

DFREIRE Comunicação e Negócios
Debora Freire – (debora@dfreire.com.br)
Vanessa Morais – (vanessa@dfreire.com.br)
Regiane Fontes - (regiane@dfreire.com.br)
Tel.: (11) 5505-8922

Nextel investirá até R$ 5,5 bilhões em cinco anos para entrar no 3G



Contando com os R$ 1,214 bilhões que gastou no leilão da banda H, a Nextel projeta uma necessidade de investimentos de R$ 4,5 bilhões a R$ 5,5 bilhões nos próximos cinco anos para a construção da rede, expansão de sua estrutura e marketing. Esse é o único valor de referência que o presidente da empresa, Sérgio Chaia, detalhou na coletiva de imprensa convocada para falar da vitória no leilão. Segundo ele, o espectro adquirido pela Nextel e as licenças de SMP permitem à operadora dobrar a sua capacidade de crescimento. Hoje, a Nextel está presente em áreas que respondem por cerca de 63% do PIB brasileiro. Com as novas faixas, deve cobrir 90%, ou 183 milhões de pessoas. “É um grande desafio, mas já somos o quinto player, e agora poderemos expandir a nossa oferta”, diz Chaia.

Mas a Nextel, ao levar a banda H, ganhou também obrigações de cobertura, o que não tinha até agora com a oferta apenas do Serviço Móvel Especializado (SME), o que exigirá pesados investimentos. “Temos agora um plano de 100 dias desenhado, período no qual nossa prioridade será contratar pessoas, fechar acordos com fornecedores e traçar os planos de produtos”, afirma Chaia. Mas ele não dá uma data provável de lançamento do serviço 3G, nem diz onde isso acontecerá primeiro. “Primeiro precisamos preparar a rede para o nível de serviço que queremos”, afirma, sem dizer nem mesmo se isso acontecerá em 2011.

Os recursos a serem investidos devem ser gerados, em parte, com o próprio caixa da operação brasileira, que nos primeiros nove meses do ano gerou um EBITDA de US$ 600 milhões, mas a Nextel também afirma ter garantias de crédito de bancos suficientes para o projeto de expansão da empresa. Sérgio Chaia que a operadora está disposta a compartilhar a sua infraestrutura com outros operadores e aberta a negociações para compartilhar a rede dos concorrentes.

Samuel Possebon

Nextel é a grande vencedora do Leilão da Banda H



Desde 2007, quando a Anatel realizou o primeiro leilão do 3G, licitando quatro das cinco bandas disponíveis na faixa de 1,9 GHz/2,1 GHz, o mercado vinha apostando que a Nextel entraria efetivamente no mercado do Serviço Móvel Pessoal (SMP). Responsável por acirrar a disputa e elevar os lances das concorrentes há três anos, mas sem levar nenhuma licença, a Nextel já havia dado um sinal claro de sua intenção de tornar-se o quinto player da telefonia celular, deixando de ser apenas uma prestadora de Serviço Móvel Especializado (SME). A tendência foi confirmada nesta terça-feira, 14, com a venda das últimas frequências disponíveis para a terceira geração: a Nextel foi a grande vencedora da disputa, consolidando sua entrada como um novo competidor no mercado móvel.

Dos 13 lotes negociados, a empresa perdeu apenas dois para as concorrentes CTBC Celular e Oi Celular. Ao todo, a Nextel deverá desembolsar R$ 1.214.492.484,73 pelas frequências arrematadas. Na soma final, a disputa pelos lotes renderá ao governo federal R$ 1.246.342.484,73, aproximadamente R$ 140 milhões a mais do que o preço mínimo estabelecido.

Mesmo com a perspectiva de ter pouca ou nenhuma concorrência pelas faixas, boa parte dos lances iniciais feitos pela Nextel foram acima do preço mínimo estabelecido em aproximadamente 8%. A empresa enfrentou concorrência em cinco dos 13 lotes colocados à venda, vencendo três (contra TIM, CTBC e Oi) e perdendo dois (Oi e CTBC). Essas disputas geraram ágios na casa dos 70%. O destaque foi a disputa pela área de prestação XII, composta por municípios do interior de São Paulo, como Batatais, Brodosqui, Franca e Orlândia. A Oi acirrou a briga pela área fazendo com que a Nextel fosse obrigada a pagar um ágio de nada menos do que 205% para arrematar a região. Em valores nominais, a área custou R$ 18 milhões à empresa, frente a um preço mínimo de R$ 5,891 milhões. Em três lotes leiloados, a Nextel saiu vencedora praticamente oferecendo o preço mínimo, ao fazer lances apenas centavos a mais do que o valor fixado pela Anatel.

A CTBC Celular levou a melhor na disputa pela área VII, composta por cidades do interior mineiro. A empresa pagou R$ 30,5 milhões pela área, correspondente a um ágio de 32,41% em relação ao preço mínimo. Já a Oi Celular arrematou a área X, onde estão situados sete municípios nos estados do Mato Grosso do Sul e Goiás. O lance vencedor foi de R$ 1,350 milhão, gerando um ágio de 65,29% sobre o preço inicial.

O baixo nível de disputa ocorreu porque as atuais operadoras de SMP não puderam participar desta etapa do leilão para não ultrapassarem o limite de radiofrequências licenciadas permitido pela Anatel. Como a agência dividiu a banda em blocos de 10 MHz + 10 MHz, as quatro grandes operadoras móveis extrapolariam o limite caso arrematassem a faixa leiloada hoje. As disputas pontuais ocorreram porque Oi, CTBC e TIM ainda tinham folga para completar o teto fixado pela Anatel em áreas específicas de prestação do serviço.

Protestos

A impossibilidade de disputar plenamente a compra da Banda H foi motivo de protestos da Oi e da Claro. Representantes jurídicos das duas companhias registraram seu incômodo com a decisão da Anatel de fomentar a entrada de um quinto player na telefonia móvel, acusando a agência de desrespeitar o princípio da livre concorrência e da isonomia no trato das empresas. Apesar dos protestos, o leilão correu tranquilamente nesta primeira etapa, sem que qualquer liminar tenha sido obtida pelas empresas incomodadas com as regras do leilão para impugnar a disputa. A licitação de faixas será retomada no período da tarde, onde a Anatel venderá faixas de extensão na mesma Banda H e sobras em outras faixas de radiofrequência. Nesta etapa da disputa, todas as empresas poderão participar.

Mariana Mazza

Faixa de 450 MHz terá operadora única, mas poderá ser destinada a uma estatal






 Luís Osvaldo Grossmann



A destinação da faixa de 450 MHz, tida como fundamental para a universalização de telefonia e dados para a área rural, prevê que a radiofrequência poderá ser licitada, mas também explorada em regime público e sob a responsabilidade de algum ente estatal como, por exemplo, a Telebrás.



Ao aprovar o regulamento de canalização e condições de uso da faixa, a Anatel entendeu não ser oportuno definir desde já a forma de autorização. Prevaleceu a indicação da área técnica, além de manifestações das próprias operadoras, de que a exploração com atendimento às áreas rurais não seria viável sem subsídios públicos.



A própria Lei Geral de Telecomunicações prevê que “a licitação será inexigível quando, mediante processo administrativo conduzido pela agência, a disputa for considerada inviável ou desnecessára” – entendendo-se por “inviável” quando apenas um interessado puder realizar o serviço nas condições estipuladas.



Entre as condições estipuladas, a agência já prevê compromissos de cobertura e abrangência, além de obrigações de investimento em pesquisa e desenvolvimento, com ênfase em projetos de desenvolvimento de sistemas de acesso à banda larga para fins de implementação de políticas públicas de inclusão digital.



Nesse sentido, a Anatel deixa em aberto a possibilidade dos 7+7 MHz da faixa de 450 MHz serem atribuídos pela via do chamamento público, podendo aí caber a algum ente estatal a tarefa de cumprir com os objetivos de universalização previstos pelo Ministério das Comunicações na portaria em que privilegia essa fatia do espectro para esses fins.



Assim, tendo em vista o uso dos 450 MHz na política pública, a agência preferiu deixar a decisão sobre a forma de oferta da faixa – se licitação ou chamamento público – para “o início de 2011”, a ser tomada com base em discussões entre a Anatel e o novo governo.



No mais, foi mantido o entendimento de que a pequena fatia de espectro – os 7+7 MHz – justifica que a outorga seja feita a apenas uma prestadora. A lógica da canalização proposta prevê que poderão ser instaladas até quatro portadoras, sendo uma para voz e as demais para dados.



A empresa que for a detentora de autorização de uso dessa faixa, agora definida como multisserviço, deverá estabelecer uma unidade de negócio independente, sendo esta a responsável pela operação e oferta dos recursos de redes aos demais prestadores interessados.

450 MHz: Trunfo para levar banda larga e telefonia às áreas rurais

 Convergência Digital


 Luís Osvaldo Grossmann



A Anatel deve decidir na próxima semana como será o uso da faixa de 450 MHz, indicativo para o leilão esperado de uma frequência que, por suas características, será utilizada para o provimento do serviço de acesso à banda larga fora das áreas urbanas do país.



A proposta chegou a constar da reunião desta quinta-feira, 2/12, do Conselho Diretor da agência, mas a discussão foi adiada por pedido de vistas da conselheira Emília Ribeiro. Ela é relatora do novo Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU 3), que impõe, entre outras, obrigações relacionadas ao acesso à internet e à telefonia fixa nas áreas rurais.



Desde as discussões durante a elaboração do Plano Nacional de Banda Larga, o governo acenou às empresas que o leilão da faixa de 450 MHz teria molde semelhante ao que se deu na disputa pelo 3G da telefonia móvel: preço mais baixo em troca de metas de cobertura mais abrangentes.



Além disso, a expectativa é de que o leilão contemple apenas um “vencedor” para essa faixa, uma vez que se trata de apenas um bloco de 7MHz + 7 MHz. A grande “vantagem” é que faixas mais baixas, como a de 450 MHz, significam um alcance maior e, portanto, menor necessidade de equipamentos.



A oferta da faixa de 450 MHz, no entanto, exigiu uma negociação com atuais ocupantes da frequência, como a Polícia Federal. A PF deverá migrar para outra faixa, provavelmente de 380 MHz, sendo que o custo de “limpeza” dos 450 MHz, estimado em US$ 40 milhões, será coberto pelo Tesouro Nacional.

Cumprimento das metas do 3G é questionado em 10 estados



Florânia é uma cidadezinha do Rio Grande do Norte que não chega a ter 10 mil habitantes. No ano passado, a cidade ganhou uma novidade que mexeu com o cotidiano dos moradores: foi inaugurada a primeira operação de telefonia móvel no local, até então considerado uma "cidade muda" no jargão das telecomunicações. Como toda novidade, o serviço tornou-se um sucesso e mais de 20% da população adquiriu celulares, de acordo com um levantamento informal feito pela prefeitura da cidade. Mas desde o início deste ano, a empolgação inicial dos moradores virou uma dor de cabeça.
"O serviço hoje é muito precário. De 50 tentativas, a gente consegue completar uma ligação. Já reclamamos na empresa, na Anatel e até agora, nada", conta Jonas Cruz de Medeiros, morador da cidade. O prefeito Sinval Salomão (PTB) aproveitou a Marcha dos Prefeitos a Brasília, realizada em maio deste ano, para ir pessoalmente à Anatel relatar os problemas na oferta de celular. Encontrou-se com funcionários do corpo técnico da agência, que prometeram tomar providências para solucionar a situação. Mas nada ainda foi feito, segundo Salomão.

A tentativa de solucionar o problema localmente, com a gerência regional da Anatel no Rio Grande do Norte, também não deu certo por enquanto. "Nos deram uma semana de prazo para resolver. Com uma semana, recebi um e-mail da Anatel dando prazo até 15 de agosto. E continuamos esperando", reclama o prefeito. As falhas de comunicação não estão restritas à Florânia. Ao menos outras três cidades vizinhas (Serra Corá, Lagoa Nova e Serra Negra do Norte) também estão com atendimento precário.

"O telefone funciona esporadicamente, lá pelas seis horas da manhã. Depois, não tem mais sinal", relata o prefeito. "A situação é horrível, porque a gente não tinha telefone celular antes, mas também não tinha problema. Agora temos que enfrentar isso. E a responsabilidade acaba caindo sobre a gente, os políticos da cidade", desabafa. Salomão se preocupa com o fato de, em nenhum momento, a Anatel ter demonstrado que irá punir a empresa responsável pela oferta pelo mau serviço prestado.

E existe um agravante: mesmo com o serviço funcionando de forma absolutamente precária, o prefeito e moradores ouvidos por esta reportagem asseguram que todos continuam sendo cobrados religiosamente pela prestadora. Procurada para se pronunciar sobre os problemas, a empresa responsável pelo atendimento na cidade não se pronunciou até o fechamento desta matéria.

Demanda muito alta

Segundo levantamento feito pela fiscalização da Anatel, o problema de Florânia não é um caso isolado. Para se ter uma ideia do volume de reclamações, a equipe de fiscalização criou um plano de trabalho para investigar as inúmeras denúncias enviadas à agência. No momento, 26 denúncias estão sendo apuradas em 10 estados da federação: Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Pará, Pernambuco, Amazonas, Rio de Janeiro, Paraíba, Alagoas e Piauí. Florânia está na lista de fiscalização.

O alto nível de reclamações registradas na agência revelou não só um possível descaso das operadoras em cumprir as obrigações de expansão da telefonia móvel no Brasil - que, diga-se de passagem, não saiu de graça para a sociedade, já que a Anatel reduziu os preços das faixas no leilão do 3G para incluir as contrapartidas que agora não estão sendo atendidas plenamente. As falhas no atendimento mostraram também que muitas operadoras subestimaram o potencial desses novos mercados.

Diretores de operadoras móveis sempre justificaram a não expansão para essas localidades no interior do país alegando que a demanda não cobriria os custos de implantação da rede móvel. Jaguaretama, no Ceará, é um exemplo de como essa premissa pode estar errada. A telefonia móvel na cidade, também com menos de 10 mil habitantes, foi um sucesso de aceitação. Um sucesso tão grande que afetou a qualidade do serviço e fez com que os vereadores da cidade mandassem uma carta à Anatel com muitas críticas à operação e à falta de fiscalização.

O vereador José Juraílson Bezerra Brito (PSDB) conta que o serviço foi instalado no ano passado e, desde então, as falhas são frequentes. "Esse serviço é de uma precariedade a toda prova. Tanto a recepção das chamadas quando as ligações feitas pelos telefones daqui ficam cortando o tempo todo", afirma o vereador, destacando que, no início da noite, quando mais pessoas tentam ligar, praticamente não há como completar as chamadas. Esta reportagem pôde comprovar a veracidade das denúncias. Só foi possível contato com os entrevistados por meio de telefone fixo, pois nenhuma das dezenas de ligações feitas aos celulares das fontes ouvidas foi completada.

Mas um detalhe torna a situação de Jaguaretama digna de nota com relação às projeções de consumo feitas pelas empresas de telefonia móvel nessas regiões mais distantes. Pelos cálculos das autoridades locais, praticamente metade da população de 10 mil habitantes já possui celulares. O percentual é inquestionavelmente acima das expectativas da operadora responsável por instalar o serviço na região, a Vivo.

Por meio de sua assessoria, a Vivo confirmou que a cidade passa por problemas de recepção, mas garantiu que todas as medidas possíveis estão sendo tomadas para solucionar a situação. Uma delas já foi feita. Em novembro do ano passado, frente à intensa demanda naquele momento, a operadora expandiu a capacidade da Estação Rádio-Base (ERB) que atende a cidade. Mas, segundo a própria empresa, as denúncias reveladas pela TELETIME News mostram que a ampliação não foi suficiente.
"Estamos estudando agora a instalação de uma nova ERB na cidade, mas ainda não temos como estimar quando isso será feito", declarou o porta-voz da empresa. "A demanda, não só nesta cidade, tem sido surpreendente e exigido uma grande atenção da empresa para que o serviço continue sendo prestado com qualidade", diz a empresa.
Jaguaretama também está na lista do mutirão de fiscalização de denúncias da Anatel. A notícia é boa para os vereadores, que passaram por uma situação tragicômica quando fizeram a primeira denúncia à gerência regional da Anatel. Após aguardar por semanas a chegada da equipe de fiscais, a Câmara Municipal de Jaguaretama recebeu uma carta da gerência pedindo desculpas por não ter enviado a equipe por conta de uma falha administrativa: a equipe de fiscalização acabou sendo deslocada para uma cidade no Rio de Janeiro com nome parecido com o da cidade cearense. Desde então, ninguém da fiscalização apareceu na cidade onde o problema realmente está ocorrendo.

Projetos equivocados

Segundo o gerente-geral de Fiscalização da Superintendência de Radiofrequência e Fiscalização (SRF) da Anatel, José Joaquim de Oliveira, o mutirão de fiscalização das denúncias já foi iniciado. O técnico confirma a suspeita de que, em muitos casos, as empresas podem ter projetado mal o interesse dos consumidores nessas localidades, gerando as falhas na prestação do serviço. "A maior parte parece ser subdimensionamento da demanda", avalia Oliveira.

Fontes das operadoras admitem que em várias cidades já há registro de lucro com o atendimento compulsório fixado pela Anatel. "A demanda dos clientes superou muito a expectativa das empresas", afirma um funcionário de uma das empresas vencedoras do leilão do 3G. A drástica redução da incidência de um problema que há anos atormentava a fiscalização da Anatel é outro indício de que a operação das móveis nas "cidades mudas" é um sucesso com relação à demanda dos moradores.
Há tempos a Anatel tem depreendido grandes esforços para controlar o uso de telefones sem fio de longo alcance, equipamentos que permitem ao consumidor criar uma espécie de "extensão" de um número fixo localizado em uma região próxima. Essa extensão é assegurada via radiofrequência, mas usa uma fatia do espetro destinada à Aeronáutica, o que causa graves problemas de interferência nos aviões que sobrevoam uma área onde esse equipamento está em uso. Segundo o gerente-geral de Fiscalização, as denúncias de interferência causadas por estes equipamentos caíram drasticamente desde que as obrigações do 3G começaram a ser implantadas, sinal de que os consumidores desses aparelhos viraram clientes das operadoras móveis.

Mariana Mazza

Banda larga móvel vive um bom momento

Ataide de Almeida Jr.



Em apenas oito anos de funcionamento, o número de assinantes do serviço de internet móvel 3G no mundo já soma mais de 500 milhões. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que mais de 4,5 milhões de acessos são feitos por modems 3G, o que corresponde a 2,6% de todo o mercado da telefonia móvel de 2009. “A mobilidade, a qualidade do serviço e a baixa penetração da banda larga fixa podem explicar essa procura. Em muitos lugares, principalmente em cidades menores, o 3G pode ser a única alternativa de banda larga para o usuário”, explica Paulo Breviglieri, diretor corporativo da Qualcomm no Brasil, empresa especializada em tecnologia 3G.

No entanto, a grande procura por esses serviços também tem gerado dor de cabeça, principalmente para os consumidores. De agosto do ano passado a janeiro de 2010, a Anatel recebeu mais de 45 mil reclamações contra a tecnologia 3G, sendo pouco mais de 20 mil relacionadas à velocidade. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor também divulgou um levantamento com as quatro maiores operadoras de telefonia móvel do Brasil sobre o acesso ao 3G. O resultado: os serviços são insatisfatórios e frustram as expectativas dos consumidores.

Além disso, o estudo revelou que a propaganda e a velocidade nominal das conexões são enganosas. As empresas se defendem e dizem que todas as cláusulas contratuais estão disponíveis para consulta e que os clientes são informados sobre as oscilações de velocidades. “No início foi feita muita propaganda pelas operadoras, o que despertou um interesse muito grande e a demanda acabou superando a velocidade das operadoras para equipar a rede e garantir a capacidade de adaptação e para enfrentar o tráfego de dados”, afirma Breviglieri.

Enquanto empresas de telefonia móvel e consumidores brigam, a indústria investe pesado em dispositivos que utilizam e que acessam a rede 3G. A empresa Huawei detém 60% do mercado nacional de modems USB de acesso 3G, com mais de um milhão de terminais vendidos desde a implantação no país. “O mercado hoje em dia é comprador, existe uma carência muito grande de banda larga móvel e a empresa oferece aparelhos com taxas de transmissão diferentes para todos os públicos”, afirma Luis Fonseca, diretor de terminais da Huawei. Na World Mobile Congress, em fevereiro, a empresa mostrou o primeiro modem capaz de funcionar com as tecnologias 4G, 3G e 2G no mundo.

Na área dos aparelhos celulares, a produção também está em crescimento. Os primeiros celulares chegaram ao Brasil no começo de 2004 e tiveram uma fraca aceitação de um público acostumado a apenas a fazer e receber ligações. Atualmente há mais de 80 modelos disponíveis que possuem o serviço 3G e que tentam satisfazer o novo mercado dos apaixonados por tecnologia. De acordo com um estudo da Bango, empresa especializada na coleta de dados da telefonia móvel, o acesso à internet por smartphones cresceu 600% entre dezembro de 2008 e o mesmo período do ano passado.

Se houve aumento na procura pelos serviços, a oferta de conteúdos para a telefonia 3G também não ficou para trás. As empresas investem em sites com suporte aos browsers de smartphones, mais velozes, mas com praticamente o mesmo conteúdo que é acessado de um computador comum. “O que acresceu bastante ao 3G foi permitir o acesso a conteúdos somente com um celular. Além de dar ao usuário a possibilidade participar mais da internet”, afirma Denis Ferreira, diretor da Compubusiness, empresa que implanta e mantém sistemas tecnológicos em pequenas e médias empresas. Ainda segundo Denis, a maior revolução está na possibilidade de os próprios usuários da internet incluirem os conteúdos nessas novas tecnologias. “Essa é a libertação da informação, ela não está presa mais a grandes empresas”, explica.

A tecnologia 3G ainda traz a possibilidade de download de músicas, baixar e enviar vídeos em alta velocidade e dar acesso a televisão no celular, além de permitir víideochamadas. No entanto, o problema da velocidade pode ser um empecilho para essas inovações. “Mesmo com uma conexão dessa forma, ainda sim conseguimos fazer conteúdos mais direcionados e que conseguem atender o público. Há questões limitadas ainda hoje, como as videoconferências, mas esperamos que, com a evolução da tecnologia, isso possa ser superado”, afirma Denis.

Um novo mercado que se abre para o uso da rede 3G na área de conteúdos é o de lojas de aplicativos para celulares. Programas de localização geográfica, acesso a contas de bancos, ao Twitter, a programas de bate-papo, ou aos que usam a voz por IP, no qual o usuário não paga a ligação, estão entre os aplicativos que podem ser utilizados. “Esse novo mercado só é possível hoje pelo fato de poder baixar pelo celular e ser atualizado por ele. É um provedor de conteúdo que ajuda o dia a dia das pessoas e usa a rede 3G”, explica Denis.

Congestionamento
O Federal Communications Commission (FCC), órgão do governo dos Estados Unidos responsável pela empresas de telefonia, divulgou uma nota que demonstra certa preocupação com a popularização de gadgets que utilizam a tecnologia 3G. De acordo com o FCC, esses novos produtos, como o novo iPad, podem causar um congestionamento na rede de telefonia móvel do país por tornarem mais simples que em um notebook a navegação e o download de conteúdos.

Para piorar, a empresa norte-americana Bridgewater Systems apresentou um relatório sobre o crescimento na troca de dados em serviços da telefonia móvel. “Os smartphones somam quase 20% do total de vendas de aparelhos no mundo, pois o iPhone mudou a dinâmica desse setor. Os usuários estão usando mais dados, gastam mais tempo online. O smartphone também educou uma geração em como utilizar vídeos, músicas e navegar na internet”, exemplifica o relatório.

A Bridgewater Systems ainda cita o pronunciamento do presidente da AT&T, operador oficial do iPhone nos Estados Unidos, em que diz que o smartphone da Apple “resultou em uma experiência na rede que não é padrão suficiente para a demanda dos consumidores de centros urbanos”. Em 2013, diz o documento, 95% de todo o tráfego de rede da telefonia celular será de dados.

Um dos diretores do Plano Nacional de Banda Larga do governo norte-
americano também afirmou no blog do órgão que esses problemas de congestionamentos não são novidades no país. Em 1996, quando a AOL decidiu permitir o uso ilimitado da internet, os usuários ficaram por vários meses com dificuldades na conexão. Para resolver o problema, a AOL aumentou a capacidade dos servidores e modernizou o sistema. Do mesmo modo, afirmou o diretor, o congestionamento provocado pelo uso das redes 3G poderá ser solucionado se as empresas se adequarem às novas particularidades dos consumidores.

No Brasil, o maior problema está nas grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, mas o congestionamento das redes 3G ainda não é preocupante. “Por enquanto não temos esse problema. Mas, com a quantidade de frequência da rede que as operadoras têm hoje para prestar o serviço, elas vão chegar ao limite em poucos anos”, afirma Paulo Breviglieri, diretor corporativo da Qualcomm no Brasil. Para evitar chegar a esse ponto, o diretor da Qualcomm explica que a adoção de uma outra faixa de frequência seria o melhor caminho. “A faixa de 2,5Ghz é a que será utilizada para a quarta geração da telefonia móvel no mundo inteiro”, explica.

Operadoras tentam recuperar o prestígio do 3G

Ataide de Almeida Jr.



Pelos índices da Agência Nacional de Telecomunicações, apesar do crescimento, é visível o descontentamento com o 3G no Brasil. Os usuários reclamam da falta de conexão, da velocidade baixa e até mesmo do alto consumo de bateria dos telefones celulares equipados com a tecnologia. As operadoras de telefonia móvel dispõem de várias ofertas de planos e velocidades de conexão, mas o consumidor deve ter em mente o uso que fará da tecnologia 3G. "Existem usuários que procuram as operadoras apenas para checar e-mails e outros que usam mais intensamente, para downloads e vídeos. Eles devem procurar o serviço que atenda as suas necessidades", explica Paulo Breviglieri, diretor corporativo da Qualcomm no Brasil.

Foi atrás de um serviço que pudesse suprir a falta de uma boa operadora com internet banda fixa que a funcionária pública Marianna Caixeta, 25 anos, optou pelo uso da tecnologia 3G da Claro. "Não encontrava uma operadora com um bom custo-benefício para a instalação da internet onde moro e resolvi experimentar o 3G", explica. No entanto, várias foram as dificuldades, principalmente para a escolha de pacote de dados e preços. "Escolhi o de 1GB, mas não sabia que tinha limite para dados e, quando percebi, a velocidade estava muito baixa por eu ter ultrapassado esse limite."

A velocidade e a dificuldade de conexão são os principais problemas apontados pela funcionária pública. "Sempre estava abaixo do que contratei. Mesmo com o site informando que havia cobertura 3G em Águas Claras, em vários locais ele passava para Edge, o que piorava ainda mais a situação." Outra questão que incomodou bastante Marianna foi o preço do cancelamento do serviço. "Compensava eu continuar pagando a mensalidade por um ano, do que pagar a multa para cancelar", afirma. Após o tempo de contrato, a funcionária pública optou por uma internet banda larga em casa.

Se por um lado o serviço é alvo de reclamações, por outro há os usuários que confiam e garantem o funcionamento do produto. A professora Deise Ramos, 24, teve contato com a tecnologia 3G na escola onde trabalha e passou a utilizar para fins didáticos. "A escola ofereceu o serviço e pude utilizar para procurar conteúdo informativo na internet e passar para os alunos", afirma. Quanto aos problemas de velocidade e conexão comuns a outros usuários, a professora diz que existem, mas que são pontuais. "Poucas vezes tive dificuldades em navegar. A velocidade fica instável em alguns períodos do dia, mas ainda sim consigo acessar o que quero", explica.

Além de utilizar a internet móvel para busca de conteúdo para os alunos, os professores da Escola Classe 45 da Ceilândia sobem conteúdo para o site da escola, como fotos e mensagens aos pais. "Eu sei que muitas pessoas relatam problemas frequentes com o 3G, mas acredito que a tecnologia cumpre a função do modo que tem que ser", afirma.

A hora da escolha
A relação pacote de dados e velocidade disponível é um dos fatores que deve ser analisado antes da solicitação do serviço. As operadoras oferecem planos modestos com apenas 100MB de dados e velocidade de 1Mbps por R$ 29,90 ou uso ilimitado e velocidade de 7.2Mbps por R$ 189,90. "O usuário deve primeiramente buscar um plano compatível com seu perfil de uso, verificar a cobertura 3G da operadora, para não ficar na mão, e comparar os valores", explica Paulo Breviglieri, diretor corporativo da Qualcomm no Brasil.

As principais operadoras do mercado apresentam as suas vantagens. A Vivo e a Claro são as que possuem a maior cobertura, enquanto a Oi ainda está em uma fase intermediária. Além do consumidor, a Tim aposta no mercado corporativo e é a única a oferecer a velocidade de 7.2Mbps. "Em termos de desempenho todas elas estão no mesmo estágio tecnológico, mas em determinado ponto a cobertura e o sinal de uma pode ser melhor que a outra", afirma Breviglieri. Do mesmo modo, é importante verificar a possibilidade de roaming nacional e internacional junto às operadoras, caso o cliente queira viajar e continuar conectado a internet.

A escolha do modem 3G também é importante para o bom funcionamento da rede. O consumidor deve estar atento à velocidade que o modem suporta, pois não adianta contratar o serviço mais rápido, sendo que o aparelho não consegue processar. "Os modems conseguem atingir as velocidades previstas conforme o manual técnico, o que acontece com a velocidade do 3G não é limitação do modem, mas sim das redes", explica Luis Fonseca, diretor de terminais da Huawei. Para quem já tem o chip 3G e um pacote da operadora, mas não está satisfeito com o modem, a saída é procurar um desbloqueado. Os preços variam de R$ 199 a R$ 499.

De acordo com as operadoras, os principais problemas de recepção e de velocidade da tecnologia 3G são devidos a fatores ambientais, obstáculos entre o cliente e a antena, como montanhas e matas fechadas, e a distância das torres de transmissão. Assim como na banda larga tradicional, o número de usuários conectados ao mesmo tempo também pode influenciar na velocidade de conexão.

CONTRIBUA

Está disponível na internet um mapa colaborativo, que dá oportunidade ao usuário de dizer como está o sinal 3G na cidade ou região onde mora. O site Mapa com Sinal 3G possui ainda um blog com as principais novidades da tecnologia e também uma pesquisa informal que pretende avaliar as operadoras e a qualidade do sinal no Brasil. Até o fechamento desta edição, o site havia recebido 922 respostas. Os índices mostram que 27% dos que responderam consideram a velocidade ruim e 47% ainda acreditam que o serviço é caro.

» Escolha o seu

 - (Huawei/Divulgação)
Huawei E226

Um dos modems 3G mais usados pelas operadoras, o Huawei E226 suporta até 7.2Mbps e dá a possibilidade ao usuário de receber e enviar mensagens SMS. O modem também atua onde o sinal 3G não está disponível. De fácil instalação, basta plugar e usar. É indicado para computadores com Windows 2000, XP, Vista e Mac.

 - (Huawei/Divulgação)
Huawei E156B

O modelo E156B da Huawei tem menor suporte a velocidade, até 3.6Mbps. Como vantagem, ele possui uma entrada para cartões de memória Micro SD. Também é capaz de receber e enviar SMS e funciona com a rede 2G. Compatível com Windows 2000, XP, Vista, Mac e Linux OS.

 - (Nokia/Divulgação)
Nokia CS-10

O modem da Nokia utiliza velocidades de até 7.2Mbps. É indicado para usuários do Windows XP, Vista e Mac. A facilidade fica por conta do plug-and-play: basta inserir o cartão SIM no dispositivo, ligá-lo ao computador e navegar.

 - ()
Sony Ericsson MD300

A Sony Ericsson traz como opção o MD300 com suporte a velocidades de até 3.6Mbps. Com ele, há ainda uma antena integrada. Feito para usuários de Windows 2000, XP, Vista e Mac. Também oferece suporte a mensagens SMS.

Escolha a operadora

» Claro
Cobertura: 390 cidades do Brasil
Roaming: nacional e internacional
Velocidades disponíveis: até 1Mbps
Pacote de dados: 100MB, 250MB, 500MB, 1GB, 3GB e 5GB
Valor: R$ 29,90 (100MB), R$ 49,90 (250MB), R$ 69,90 (500MB), R$ 79,90 (1GB), R$ 89,90 (3GB) e R$ 119,90 (5GB).

» Vivo
Cobertura: 586 cidades no Brasil
Roaming: nacional e internacional
Velocidades disponíveis: não trabalha com velocidades
Pacote de dados: de 250MB, 500MB, 1GB e 2GB
Valor: R$49,90 (250MB), R$ 79,90 (500MB), R$ 89,90 (1GB) e R$ 119,90 (2GB)

» Oi
Cobertura: 49 cidades do Brasil
Roaming: nacional e internacional
Velocidades disponíveis: 300Kbps, 600Kbps e 1Mbps
Pacote de dados: 2GB (300Kbps), 5Gb (600Kbps) e 10GB (1Mbps)
Valor: R$ 69,90 (300Kbps), R$ 89,90 (600Kbps), R$ 119,90 (1Mbps)

» TIM
Cobertura: 61 cidades do Brasil
Roaming: nacional e internacional
Velocidades disponíveis: 300Kbps, 600Kbps, 1Mbps e 7Mbps
Pacote de dados: Ilimitados
Valor: R$ 59,90 (300Kbps), R$ 89,90 (600Kbps), R$ 119,90 (1 Mbps) e R$ 189,90 (7Mbps)