Luis Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz
::
Convergência Digital
:: 04/02/2011
Com
apoio do Ministério das Comunicações, a Associação Brasileira da
Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) calcula que será tranquila a
aprovação da emenda que inclui os tablets nos benefícios de redução de
PIS e Cofins previstos no programa Computador para Todos.
Além disso, a entidade defende alterações no Processo Produtivo Básico
desses equipamentos, o que garantirá redução também de IPI, além do
enquadramento dos tablets nas mesmas regras fiscais dos notebooks.
“O ministro Paulo Bernado apoia a inclusão na Medida Provisória 517 e
também vai conversar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega”, festejou
o presidente da Abinee, Humberto Barbato, após reunião nesta
sexta-feira, 4/3, no Minicom.
Ele acredita que nesse cenário, também será possível convencer os
governadores a fazerem sua parte. “Podemos conseguir que os estados
façam alguma coisa no ICMS, como fizeram quando o governo federal
reduziu impostos dos computadores”, disse.
A pedido da Abinee, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) já
apresentou uma emenda para incluir os tablets na Medida Provisória
editada em dezembro, na qual os modems ganharam reduções de PIS e Cofins
– como Albuquerque vai se licenciar para assumir a secretaria de
infraestrutura do Rio Grande do Sul, o acompanhamento será feito por
outro pessebista, o mineiro Julio Delgado.
Outro passo é adequar o Processo Produtivo Básico (PPB) desses
equipamentos de forma a também garantir reduções de IPI para os tablets
produzidos no Brasil. “Sabemos que empresas como a Positivo ou a Itautec
já tem condições, mas outros fabricantes também podem rapidamente se
adaptar, três ou quatro meses a partir do PPB”, calcula o presidente da
Abinee.
Na véspera da reunião com Paulo Bernardo, a entidade também esteve
com a Receita Federal para tentar convencer o Fisco a igualar o regime
fiscal dos tablets aos notebooks – que a exemplo dos desktops, já gozam
de benefícios tributários.
Desindustrialização
O presidente da Abinee aproveitou a reunião com o ministro para
demonstrar que as telecomunicações são o único dos setores de
eletroeletrônicos a apresentarem queda de desempenho. “As
telecomunicações recuaram 9% no ano passado, enquanto o setor como um
todo cresceu 11%. A perda é muito grande com a desindustrialização, o
câmbio e a falta de investimentos”, lamentou Barbato.
Segundo números da Abinee, as exportações em telecomunicações
despencaram 18,5% no ano passado – de US$ 117 milhões para US$ 95,6
milhões. Ao mesmo tempo, as importações passaram de US$ 146,5 milhões
para US$ 269,7 milhões.
A entidade se comprometeu a apresentar uma proposta de política
industrial específica para setor, mas reclamou principalmente da postura
das operadoras. “São muitas dificuldades. Há pouco planejamento, com
ora excesso, ora falta de encomendas, e até a suspensão de contratos em
andamento”, disse.
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