Antigo executivo da Redmond, Stephen Elop atou a fortuna da Nokia com o Windows Phone 7 |
Quando a Nokia
e a Microsoft anunciaram sua aliança na semana passada, foi uma grande
vitória para a Microsoft e o começo de uma séria mudança corporativa
para a empresa e seus empregados. Não há dúvidas de que a maior
fabricante de celulares precisava fazer alguma coisa; o centro do debate
é se isso era a melhor coisa a ser feita.
Quer ficar por dentro de tudo o que acontece na comunidade de TI e telecom? Assine a nossa newsletter gratuitamente e receba, todos os dias, os destaques em sua caixa de e-mail A companhia tem dominado a indústria de celulares e ainda é o principal competidor em muitos lugares do mundo, mas tem sido seriamente ultrapassada em smartphones – primeiro pela RIM, depois pelo iPhone da Apple e o Android do Google. Nos Estados Unidos, vá a uma loja de sua operadora e tente encontrar um celular Nokia; a companhia já não tem presença no mercado Americano. Mesmo online, as escolhas são poucas. A Verizon e a Sprint não têm celulares da empresa. A AT&T só tem um, o aparelho 6350. A T-Mobile tem dois smarphones (E73 e 5230) mais o extremamente básico 2330. Nós não sabemos os detalhes do acordo que o CEO Stephen Elop fez com a Microsof, embora ele tenha deixado escapar que a produtora de software está pagando à companhia a base de US$ 1 bilhão. Mesmo assim, a Microsoft não sai em desvantagem, não importa o quanto gaste. A empresa precisa de um burburinho positivo e suporte para sua plataforma Windows Phone; juntar-se à Nokia, um grande fabricante de celulares irá ajudar nisso. O acordo também fornece uma forte parceria para penetração no mercado europeu. A Nokia irá participar com o Windows Phone 7 de alguma forma especial, ou será que eles vão ficar em pé de igualdade com outros fabricantes de celulares? Não espere que a Nokia comprometa uma grande equipe para o desenvolvimento do WP7, já que cortar esses custos foi umas das razões pelas quais eles decidiram usar essa plataforma. Isso, provavelmente, também é bom para a Microsoft. Só porque é um bom negócio para a Microsoft, não significa que seja ruim para a Nokia – a situação atual era inaceitável, e a Nokia sabia disso. Como resultado do acordo com a Microsoft, a empresa teve a oportunidade de diminuir consideravelmente sua equipe e custos com software. Mas essa posição definitivamente muda a imagem corporativa da Nokia, e empresas geralmente têm problemas em serem derrubadas de posição. É difícil de dizer o que uma mudança fundamental de direção representa para a Nokia. Esta é uma empresa que pensou muito em si mesma, aceitando o desafio de apoiar não apenas um, mas diferentes plataformas de software para dispositivos móveis por meio de centenas de modelos de celulares. O resultado foi confuso e improdutivo, não algo digno de ser chamado de estratégia. A Nokia não é uma empresa conhecida pela sua concepção de desenvolvimento de software, ainda assim, esse é um grande investimento para ela. Agora eles estão basicamente se relegando ao nível de celulares como a Samsung, LG, Motorola ou HTC. Talvez eles tirem algum proveito com a Microsoft em alguns problemas, mas dada a triste história da Nokia com seus smartphones, seria tolo deixar a direção do Windows Phone 7 em suas mãos. Durante o anúncio do acordo, Elop foi citado por ter dito que o mercado de smartphones é uma “corrida com três cavalos” (Apple, Google e Microsoft), e parte disse é verdade se você considerar que a RIM está indo ladeira abaixo. O problema da Nokia é que o cavalo Microsoft acabou de sair da baia, enquanto os outros dois cavalos já estão correndo há algum tempo. O Android do Google já se consolidou no mercado, então parece que seria melhor ter escolhido essa plataforma. O problema claro com a analogia de Elop é que não há linha de chegada para essa corrida. Se houvesse, sua escolha seria irresponsável, dada a dianteira que seus competidores têm. A maior razão pela qual Elop escolheu a Microsoft foi para salvar o orgulho corporativo da Nokia. Sendo realista, a empresa não podia continuar a arcar com o ônus de manter tantas plataformas de software para seus celulares. A companhia escolheu entre Google e Microsoft, e não pense que ir com o Android iria salvar qualquer um dos caros projetos da Nokia ou impedir a sua equipe de software de ser despedida. Entretanto, se a empresa fizer sucesso com a estratégia do Windows Phone, poderá alegar ter sido uma parte importante no sucesso da Microsoft no mercado de dispositivos móveis. Além disse, a Microsoft está superdisposta a financiar a transição da Nokia. A nova estratégia com o Windows Phone marca o começo do momento “faça ou morra” para a sobrevivência da Nokia no mercado de smartphones. O Windows Phone precisa ter sucesso no forte Europeu da Nokia para ambas as companhias terem um sucesso rápido. Não há uma forma de garantir essa aposta, pelo menos agora que Elop deixou claro que plataformas anteriores com o Symbian e o Meego fazem parte do passado. Se o Windows Phone falhar para a Nokia eles só terão uma escolha viável: começar tudo de novo com o Android. |
Nokia tenta sobreviver com Microsoft
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