Usa banda larga no celular? Eis 5 fatos que você precisa saber sobre LTE


Tecnologia de Internet móvel oferece velocidades de download superiores a 10 Mbps e poderá se tornar padrão entre as operadoras em pouco tempo.

Num tempo em que ainda se briga por preços justos e conexões honestas no mundo sem fio 3G, parece exagero discutir detalhes da próxima geração de banda larga wireless - mas não é. Diversas operadoras, inclusive no Brasil, vêm testando a tecnologia que promete elevar as taxas de download sem fio à casa das dezenas de megabits por segundo e, para alguns especialistas, sua adesão em massa é questão de poucos anos.
Preparar-se para este novo cenário é fundamental tanto para a indústria quanto para os consumidores. Por isso, segue uma lista de cinco fatos que todos precisamos saber sobre a Long-Term Evolution (LTE).
Fato n.º 1
É rápida mesmo - de verdade. A TeliaSonera, operadora sueca que lançou em 2009 seu primeiro grande serviço comercial baseado em LTE, proporcionou uma velocidade média de download de 33,4 Mbps em testes informais realizados no ano passado.
A Verizon Wireless, que usa espectros de banda mais estreitos, estima que mesmo em uma rede superpovoada os assinantes individuais teriam velocidades entre 5 Mbps e 12 Mbps (downstream) e entre 2 Mbps e 5 Mbps (upstream).
Fato n.º 2
Tem menos delay, sim. Redes LTE têm latência menor do que os sistemas de celular anteriores, assim os pacotes sofrem menos atrasos. Isso faz diferença quando o tempo é importante, como no caso de voz sobre IP, vídeo streaming ou aplicações de desktop virtual.
A Verizon diz que a LTE reduz a latência pela metade na comparação com sua rede 3G, e diz que os assinantes LTE têm tido latência de cerca de 30 milissegundos.
Fato n.º 3
Pode vir a ser padrão global. Existem apenas 17 serviços comerciais LTE no mundo até agora, mas 173 outras operadoras planejam aderir ao sistema, segundo a GSM Association.
O WiMax Forum afirma que há 592 redes usando o protocolo WiMax, mas a conta inclui tanto as versões móveis quanto as fixas. Roger Entner, fundador da Recon Analytics, compara a LTE ao GSM, padrão de celular que tomou a Europa e a Ásia, ao passo que as Américas e a Coreia do Sul preferiram inicialmente as redes CDMA. “A LTE vai dominar um território ainda maior que o GSM”, prevê Entner.
Fato n.º 4
Ninguém se preocupa mais com o rótulo 4G. A União Internacional de Telecomunicações (ITU) causou um certo furor no fim do ano passado quando declarou que nem a LTE nem o WiMax poderiam ser considerados 4G enquanto não saíssem as próximas versões, que prometem velocidades de até 100 Mbps.
Depois, a ITU suavizou sua declaração, permitindo que qualquer serviço que ofereça velocidades significativamente melhores que 3G usem o rótulo. E as operadoras que ofereciam formas avançadas de 3G rapidamente passaram a adotá-lo
“A questão virou um problema de marketing”, diz Entner. Interessados em assinar os serviços devem testar as redes e escolher aquela que for mais rápida para ele, recomenda.
Fato n.º 5
Não é tudo isso – ainda. Dependendo de quanto você viajar para fora de sua cidade, poderá descobrir que usa 3G tanto quanto usa LTE, pelo menos por enquanto. A rede LTE da Verizon alcança cerca de 100 milhões de residentes dos EUA hoje, marca que poderá dobrar até meados de 2012.
Sua rede 3G, que cobre cerca de 290 milhões de pessoas, terá cobertura maior que a da LTE até meados de 2013, afirmou a operadora. A AT&T também pretende cobrir seu território 3G com 4G até 2013. Enquanto isso não acontece, aparelhos que operam em modo dual serão fundamentais.
(Stephen Lawson)

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