Robôs salvam vidas e medem radiação



Toda tecnologia que o Japão emprega na prevenção de terremotos e tsunamis foi essencial para minimizar os danos causados em 11 de março passado. No entanto, a destruição ainda foi devastadora e perdas enormes foram causadas, especialmente na usina nuclear de Fukushima.
Neste momento, sai a tecnologia preventiva e entra em campo a ajuda às vítimas. E na linha de frente dos resgates em áreas perigosas estão os mais diversos tipos de robôs, desde o especializado em encontrar humanos feridos até os corajosos medidores de radiação.
O Departamento de Bombeiros de Tóquio conta, desde 2009, com a ajuda do RoboCue, um híbrido de robô e ambulância, que consegue localizar, resgatar e transportar pessoas em locais perigosos. O equipamento ainda possui visão infravermelho e tanques de oxigênio. O instituto de tecnologia de Chiba também criou o Quince, veículo motorizado capaz de andar em qualquer terreno e com detectores de dióxido de carbono, elemento resultante da respiração humana. Quince ainda pode ser utilizado em casos de ataque terrorista ou vazamento nuclear.
Os altos níveis de radiação nos reatores nucleares de Fukushima colocaram em ação os Monirobo, desenhados especialmente para operar em áreas onde os humanos não podem chegar. “A recuperação das áreas afetadas e o desenvolvimento de robôs de auxílio em desastres está em pleno curso. A Nuclear Safety Technology Center (Nustec) tem enviado robôs, veículos de monitoramento e equipamentos aéreos com medidores de radiação e especialistas a Fukushima”, explica o secretário de economia da embaixada japonesa no Brasil, Fukuyo Takayoshi.
Pesando 600 quilos (boa parte por causa das camadas de proteção contra radiação), o Monirobo é equipado com câmera 3D, sensor de temperatura e de gás inflamável, além de um braço mecânico que consegue tanto colher amostras do ambiente quanto deslocar objetos que possam impedir a locomoção do Monirobo.
A ajuda também está vindo do espaço, já que a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão solicitou a órgãos internacionais imagens de satélite do país antes e depois do desastre, para poder avaliar os danos e localizar possíveis sobreviventes que estejam isolados. Com os dados coletados, já foi possível constatar que a costa japonesa moveu-se quatro metros em sentido noroeste. (R.M.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário